Remember Me

chapter six - o amor não pode ser esquecido

"Eu não sei de nada com certeza, mas a visão das estrelas me faz sonhar" — Vincent Van Gogh.

Harry não acredita que está fazendo isso, ele se sente como um adolescente, luzes do carro apagadas e abaixado no banco, óculos de sol mesmo sendo quase uma hora da manhã.

A casa está completamente escura, a não ser pelo feixe de luz da lanterna de Louis que pisca por apenas dois segundos antes de deixar tudo na escuridão novamente.

Um minuto depois ele está entrando no carro de Harry e jogando sua mochila no banco de trás.

— Isso foi divertido — diz ele ajeitando a franja e colocando o cinto de segurança.

— Você não precisava transformar isso em um filme de ação, sabe? — Provoca Harry enquanto liga o carro.

— Talvez — diz Louis mexendo no rádio —, mas a minha vida anda tão louca e sem sentido que eu resolvi ousar.

— Certo — diz Harry rindo enquanto manobra o carro e segue para a saída do condomínio.

Louis troca de estação diversas vezes, resmungando algo sobre as músicas.

— Essa é boa — murmura ele.

— Você costumava gostar de Imagine Dragons — comenta Harry ao perceber a música —, não me impressiona ter escolhido essa.

Ele não diz nada por vários segundos, apenas absorve a informação e escuta a música.

— É legal que eu possa descobrir as músicas novamente — diz ele finalmente —, mas minha mãe não me deixa escutar nada, ela tem medo que eu consiga acessar a internet de alguma forma, mas eu já entendi que não posso usar, além disso, em 2009 eu nem ligava muito para isso.

— Mas sua mãe não está aqui e eu posso te mostrar algumas músicas se você quiser.

— Obrigado, eu acho que vou surtar se ficar mais uma semana sem ouvir alguma coisa — comenta Louis rindo.

Harry apenas acena em resposta, dirigido com os olhos fixos na estrada. É inacreditável pensar que Louis está sentando ao seu lado e suas mãos não estão tocando um ao outro.

Ele aperta o volante e trava o maxilar.

— Algum problema? — Pergunta Louis olhando para ele.

Quero colocar minhas mãos em você, em todo o seu corpo, mas não posso.

— Não — diz Harry sorrindo amarelo e olhando de relance para Louis.

— Ok — diz o garoto —, aonde vamos?

— Surpresa — responde Harry —, e eu sei que você não gosta — completa ele rapidamente, sabendo o que Louis iria dizer antes mesmo dele abrir a boca.

— Você me conhece muito bem — observa Louis.

— Nós nos conhecemos há anos — diz Harry encolhendo os ombros, tentando mostrar que aquilo não é nada demais.

— Imagino — responde Louis e algo em seu tom de voz faz Harry ter certeza de que ele sabe alguma coisa.

Mas como ele poderia ter descoberto? Louis não tem acesso a internet e nenhum meio de comunicação, Harry não disse nada, e certamente as pessoas ao redor de Louis não disseram.

A menos que ele se lembrou de alguma coisa, e, se isso aconteceu, Harry precisa descobrir o que é.

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Harry estaciona o carro na encosta de um morro e Louis torce o nariz automaticamente, antes que ele possa questionar o motivo de estarem ali, Harry salta do carro.