Uma noite sangrenta

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Balançando galhos, espantando os bichos, comendo frutas, la estava eu Guts brincando na floresta, nada era tão legal quanto aquilo, fingir ser um herói, como meu pai e minha mãe, realmente eu gostava muito de ouvir as histórias de aventura e emoção, ação e tragédia, de meus pais, eram sempre tão vibrantes seus contos, que até emocionavam a quem ouviste, então com suas falas e suas armas, eu fingia, pois desejava ser também um herói, mas após parar de brincar por estar exausto vi que estava escurecendo e decidi voltar para minha casa, a cada passo um cheiro de fumaça sentia, a cada passo mais quente ficava, fogo cobria minha casa, o que eu menos queria tinha se realizado, meus pais, estavam mortos, meu lar destruido, e ao lado, demônios rindo e bebendo para comemorar a morte da minha família, imediatamente entendi, tinha que me esconder, aquele garoto de 5 anos que brincava, ja não existia mais, agora eu teria que sobreviver, então do jeito mais silencioso possivel, fui para a floresta novamente, me escondendo entre os arbustos, rezando para não se encontrado, adormeci.

Quando acordei, estava no mesmo lugar, fui até minha casa que ja não estava mais la, meus pais também tinham sumido, a única coisa que ali restava era certamente a tristeza, que me preenchia mais e mais a cada minuto, logo o pessoal da vila souberam do acontecimento, por respeito lhes fizeram um enterro, mas isso só me deixava mais triste, realmente nunca poderia vê-los novamente, lagrimas saiam de meus olhos sem eu ao menos querer, era uma tristeza incontrolável.

Após o enterro eu estava completamente perdido, sabia que ninguem iria me acolher, pois estavam assustados com o que os demônios fizestes com meus pais, mas prometi a mim mesmo que não iria morrer, eu iria sobreviver, não por vontade, mas por vingança, eu iria vingá-los. Peguei o que tinha sobrado de minhas coisas, coloquei em uma bolsa, e decidi que iria viajar pelo mundo, pois ali ja não havia mais lugar para minha pessoa, enquanto andava pela estrada desértica, algo puxou minha visão e imediatamente olhei uma casa, simples mas muito calma, o catavento que ali também existia, me acalmava e sem perceber la estava eu, do lado da casa, não sei por que pois não acredito em destino, mas sentia que aquele era o lugar, aonde eu deveria estar, era como se algo me falasse "Fique, Fique", a porta então se abriu de vagar, e um homem barbudo e cheio de cicatrizes se deu a olhar-me, no começo fiquei com medo, mas após seu primeiro gesto, esse medo sumiu, colocando sua mão na minha cabeça, ele me olhou e disse "Você me parece cansado e sozinho, não tens aonde dormir e muito menos aonde ir, seus olhos me dizem isso, entre, tome uma chícara de chá e depois descanse, pois também vejo uma grande tristeza em seu coração", sem ao menos eu falar uma palavra, ele me viu por completo, realmente tudo que ele me falaste estava certo, e sem pensar duas vezes eu entrei em sua casa, tomei sua chícara de chá, deitei-me e descansei.

No outro dia entretanto, me senti estranho, entrei na casa de um desconhecido, comi de sua comida, bebi de sua bebida, e ocupei sua cama, porém ao acordar me senti nostálgico, tirei os pés do chão e comecei a andar, fui para fora aonde o mesmo senhor estava cortando lenha, ele me olhou e me perguntou "O que você realmente quer?", eu entretando fiquei sem respostas, não sabia o que queria e por isso decidi sair da minha cidade natal, porém ao não conseguir achar uma resposta, só uma palavra saiu de minha boca "Vingança" eu disse, o senhor sério me olhou e perguntou "Vingança? pelo que quer se vingar?", sem precisar pensar eu lhe respondi "Preciso vingar-me de um certo alguem por uma certa causa, pois se não me vingar, não poderei mais viver", provavelmente não foi a resposta que ele esperava, mas, um sorriso estampou seu rosto, e mais uma vez ele me disse "Para se vingar é preciso ser forte, e você não conseguirá no seu estado atual, mas sinto que devo lhe ajudar, porém se você realmente quiser continuar vivendo pela sua vingança, eu mesmo vou matá-lo", no começo não entendi muito bem a ultima parte de suas falas, até o momento meu único objetivo era vingar-me, e do nada me falam para não viver disso?, é realmente muito estranho, mas concordei com o Senhor, que decidiu me ajudar, também não sei por que me ajudar, pois eramos estranhos, mas pela primeira vez, acreditei que o destino realmente existe.

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