Piloto

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~Narrado por Luna Valente~

Oi, tudo bem? eu sou a Luna... Sabe, eu já passei por muita coisa... hoje eu sou uma pessoa alegre e animada, uma pessoa mudada, depois de tanta coisa terrível que aconteceu comigo... E hoje vou te contar tudo, mas vamos começar do começo...
Há muitos anos atrás, uma garotinha, Sol Benson, morava com sua mãe e seu pai em uma mansão fabulosa em Buenos Aires, mas um dia... Um acidente aconteceu, a casa pegou fogo, e... E ela perdeu tudo, famila, casa... Tudo... e foi embora pro México e foi batizada como Luna Valente, foi adotada por um casal simpático e vivia bem, mas não era feliz, não sem sua mãe, tinha apenas um amigo e nada mais... E pra ajudar na sua recuperação, sua mãe adotiva a deixava escrever cartas, pra mãe morta... Cartas como essa:

"Oi mamãe, estou com saudades. Vai demorar muito aí no céu? Eu queria muito te ver. Será que Deus não deixa você vir me visitar? Só um pouquinho?
Beijos. Luna"

É. Bem triste. Mas é a realidade, infelizmente. 
Essa menina cresceu, e se tornou uma adolescente, fria e antipática, sem amigos, sem amores... Apenas sua família... Não era porque ela não queria, mas sim porque ninguém se aproximava, não ainda. Até que um dia ela se mudou para Buenos Aires. Não se sentiu mal na mudança, pois não fazia diferença, ela já não sentia nada havia tempo... Um dia, passeando por uma das ruas, ela conheceu uma garota, Âmbar. Era sua vizinha de porta, então se viam todos os dias, mas nunca se falaram de verdade. 

Âmbar:_ Oi, posso sentar aqui?
Luna:_ Fica a vontade - Diz Luna
Ambar:_Você nova aqui?
Luna:_ Sou
Ambar:_ Mas você não tem muitos amigos, né?
Luna:_ Quem liga? - Fala Luna com um tom de deboche
Âmbar:_ Eu ligo. Eu te vejo todo dia passeando sozinha, com essa de sono e sentando sempre aqui nesse banco...
Luna:_ Esse banco... - Diz Luna com saudades - Eu e meus pais nos sentavamos aqui, eles me levavam no parquinho e eu voltava correndo, aí eles sentavam neste banco e compravamos sorvetes... Mas agora tudo tá tão mudado
Âmbar:_ Eles...- Âmbar engole seco - Eles morreram?
Luna:_ É... Mas eu não gosto de falar disso
Âmbar:_ Me desculpa... Ah é... Nem te perguntei seu nome. Eu sou a Ambar
Luna:_ Eu sou Luna
Âmbar:_ Prazer em conhece-la - Diz estendendo a mão para Luna
As duas conversam por um tempo
Luna:_ Acho melhor eu ir
Âmbar:_ Até mais - diz Ambar acenando para ela

Luna saiu e foi pra casa
Luna entrou e se deitou... E decidiu fazer mais uma carta, sobre sua primeira amiga:

"Mamãe, 
A quanto tempo, né? Como você está? Eu ainda tô com saudades de você... Mas tenho uma noticia:
Eu fiz amizade com uma pessoa, e ela não fugiu de mim... surpreendente. 
Bom, mamãe, sei que já fiz cartas maiores, mas por hoje é só
Beijos. Luna"

Pois é... Ainda é muito triste.
Demorou muito tempo.. mas acho que Luna melhorou

Longas cartas para ninguémOnde histórias criam vida. Descubra agora