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Capítulo 5

Boa noite pessoal - e aí estão gostando da história?

Ainda tem muita coisa para acontecer e esses dois prometem fortes emoções!!

Heitor

— Tem alguma coisa a mais acontecendo? – ela sempre foi muito perceptiva, e foi fácil detectar que eu também tinha algo que não estava contando.

— Talvez – levantei da cama impaciente, preocupado e pensando em como ou com quem eu poderia saber mais a respeito e quem sabe tirar a dúvida que estava me consumindo.

— Fale, por favor. Precisamos entender e saber se podemos fazer algo a respeito, e quanto antes melhor, provavelmente, talvez eu já tenha esperado demais, não vamos permanecer no erro.

— Eu tenho me sentido fraco, mesmo depois que me alimento, é como se o sangue animal não fosse mais o suficiente para mim. E talvez, não sei, mas me ocorreu agora que talvez possa ter algo a ver com a transfusão. Não faço ideia ainda, mas teremos que buscar mais informações a respeito do que foi feito, pode ter prejudicado você. Inferno, nunca vou me perdoar se algo de ruim estiver acontecendo – acabei falando mais do que queria, mas estava muito preocupado, eles agiram por impulso, aparentemente havia dado certo, mas agora começávamos a perceber ou desconfiar de que poderíamos ter nos enganado.

— Heitor, por favor – sentia o desespero em sua fala, e voltei imediatamente para o seu lado ao vê-la com os braços esticados em minha direção, totalmente perdida.

— Calma, vamos nos acalmar primeiro e ver se aos poucos tua visão vai voltando, depois vou tentar achar alguém que possa nos ajudar com isso – a abracei, enxuguei suas lágrimas e tentei mudar de assunto, minha cabeça parecia ter um furacão dentro dela, meus pensamentos acelerados, mas eu não queria a assustar ainda mais.

— Como foi a conversa com a Carol? – foi a única coisa que me veio à mente no momento.

— Foi boa, eu estava com saudades dela. Gosto da forma com que ela ainda me vê. Simplesmente como a velha amiga da faculdade, uma pessoa que não te defende, nem te acusa, mas que me ouve, me aconselha e cuida de mim, como sempre fez.

— Sabe que a Natália está morta de ciúmes né? – era engraçado ver como minha amiga amava minha mulher, era como se as duas fossem irmãs.

— Ela vai sobreviver – ao menos minha menina estava sorrindo.

— Tem uma outra coisa que achei estranho esta noite – percebi que ela estava se lembrando de mais alguma coisa, e meu corpo já ficou em alerta.

— O que foi Vivian? O que mais está acontecendo? – eu não queria demonstrar, mas estava apreensivo.

— Ao sair do apartamento de Carol, quando decidi vir correndo, eu imaginei uns pingos de chuva, e logo começou a chover, quando estava aqui perto, imaginei que ela poderia parar, e parou. Achei isso muito estranho, como se o meu desejo estivesse sendo atendido – não poderia ser, ou era? Pensei.

— Pode ser o teu dom. Ainda não o tínhamos identificado, e trata-se de algo muito raro em nossa espécie, mas imagino que não tenha sido apenas coincidência. Vamos ter que testá-lo novamente, e entender melhor como isso foi acontecer – não era normal em nosso clã esse dom, eu não iria a assustar com mais isso, mas teria que entender o que estava acontecendo.

Depois de um tempo ela comentou que estava começando a recuperar a visão, mas ainda estava um pouco embaçada, novamente eu a acalmei e tentei parecer forte e confiante.