slytherpuff? × ji+kook

ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ᴛʜʀᴇᴇ.

CARAS, eu reescrevi esse capitulo inteiro, sério. Tá menor que antes mas to um pouco mais satisfeita. Espero que vocês gostem, não esqueçam de votar e de comentar (por favorzinho)!

Jungkook chega no dormitório com o rosto molhado por conta de algumas lágrimas derramadas no percurso até a sala comunal de sua casa. Ele ainda cultivava alguma esperança de que o mais velho pudesse ter algum porquê de agir como agia, alguma explicação absurda: sua alma lufana não conseguia acreditar que ele realmente fizesse tudo aquilo apenas pelo prazer de atormentá-lo, mesmo que tudo indicava a essa conclusão.

Jeon precisava parar de mentir para si mesmo: ele gostava um pouquinho de Park. Gostar gostar, não só gostar. Todo estudante de Hogwarts que se sente atraído por meninos tem uma quedinha pelo sonserino – o que servia de consolo para o garoto, como uma desculpa barata por se deixar atrair por alguém com um caráter duvidável daqueles.

A verdade é que, quando Jimin chega perto dele, a maior parte dele, a que sente raiva do menor, não dá espaço para a parte do crushzinho estúpido que ele tem. Parece que, ao ver o semblante dele, só se lembra de sua parte insuportável e irritante, esquecendo das vezes que Jimin tratou-lhe como um ser humano decente.

O que na verdade é bom, imagina se Jungkook tivesse uma recaída na frente dele? Seria uma experiência horrorosa e não culparia quem tirasse sarro dele por todo resto de sua vida.

Porém agora, com Jungokook completamente sozinho e deitado de bruços em sua cama, essa vozinha irritante dentro de si acorda, não conseguindo evitar o pensamento sobre o flerte que o garoto lhe direcionara. Ou o sonserino era um ator nato, o que o mais novo não ousava duvidar, ou ele poderia não estar fingindo...

Xingamentos incontáveis para o sonserino são feitos na mente de Jeon, até que ele ouve um barulho de alguém limpando a garganta.

Puta que pariu.

– Hum... você está bem? – Taehyung, seu colega de quarto, pergunta para o corpo deitado caoticamente na cama. A cabeça de Jeon levanta do travesseiro, que a segundos atrás estava servindo de esconderijo para o rosto do mesmo, e encara o colega.

– To ótimo.

– Parece estar mesmo – o outro dá um sorriso tímido. – Você está passando mal ou algo assim? Posso te levar até a Madame Pomfrey se você quiser.

– Não, não precisa, obrigado – Jeon tenta recompor sua postura e senta na cama. – É só... nada importante.

Taehyung o olhava como se soubesse de tudo o que Jeon estava omitindo. Será que o garoto era algum tipo de Legilimente? O sorriso de canto ainda estava lá, como se Jungkook fosse tolo por tentar esconder o motivo do surto.

– O que Jimin fez dessa vez? 

Jungkook trava. 

– Como você sabe...?

– Agora você confirmou a suspeita – ele sibila. – Bem, sou amigo dele e vi ele tendo um mental breakdown quando eu estava voltando para a escola, depois do jogo de quadribol. Ele não me explicou o que aconteceu, mas mencionou o seu nome. Pensei em vir aqui pra checar.

– Oh. – Oba!  Meu colega de quarto veio aproveitar pra rir da minha cara também! – Legal. Mas, como você viu, eu to muito b...

– Não – o garoto diz, irredutível, e se senta ao lado de Jungkook. – Olha, sei que não sou tão próximo assim de você, mas eu conheço Jimin e sei quando ele faz merda e se arrepende. Se você me dizer o que ele fez agora, posso tentar ajudar.

Jeon pensa por uns instantes, mas não sabe organizar palavras coerentes para ilustrar o que havia acontecido naquela árvore.

– Hum... não sei se quero falar sobre isso. Mas... – Ele pausa, pensando se deveria continuar essa conversa. Decidiu que sim. – Ele é um sádico de merda ou algo assim?