Amy
No dia seguinte acordei cedo – precisava procurar um emprego – minhas economias não durariam por muito tempo. Fiquei pensando em Rose e o quanto ela me fazia falta. Sentia até de quando ela me irritava.
Acabei sorrindo com esse pensamento.
Noite passada havia pegado o telefone inúmeras vezes, afim de ligar para ela. Mas tinha medo do que poderia acontecer. E hoje acordei decidida a ligar para ela, não aguentava mais esperar. Peguei o telefone mais uma vez e disquei seu número.
Não atende.
Não atende.
Não atende.
Não atende.
— Alo — disse Rose com uma voz sonolenta.
— Rose, sou eu — falei
— Lou... é você mesmo? — Perguntou e senti as lágrimas escorrendo. — Não acredito, porque demorou a ligar? Não sabe o quanto fiquei preocupada.
Sorri.
— Eu estou bem...— suspirei — como você esta? Ele apareceu ai?
— Eu estou indo... com um pouco de saudades, mas to bem. — ela disse, e eu também sentia muita falta dela. —E você, como esta? — perguntou nervosa e eu senti que ela me escondia algo.
— Eu estou bem — falei — Mas você ainda não me respondeu.
— Que bom que está bem. Fez novas amizades? perguntou
— Rose...— suspirei — o que aconteceu?
— Desculpa Amy, mas preciso ir. — disse e desligou sem me dá tempo de responder.
Estranho.
Eu sabia que alguma coisa havia acontecido.
Não fazia muito sentido ela desligar assim.
Estava sentada tomando meu café e tentando pensar o que poderia ter acontecido com Rose. Sai dos meus pensamentos quando ouvi a campainha tocando.
Quem será agora?
Comecei a andar até a porta e suspirei antes de abrir. Sorri quando vi quem estava ali.
— Amy — disse Julia, como sempre alegre — espero não está atrapalhando.
— Não está, na verdade estava sem fazer nada — falei e ela sorriu.
— Que bom então, hoje irei te mostrar a cidade — falou alegre.
— O que? Não precisa Julia.
— Claro que precisa, para de ser chata.
Sorri e concordei, afinal, eu não conhecia nada ali. Já estávamos indo em direção ao seu carro quando Julia atendeu ao telefone. Ela começou a conversar com alguém e parei de ouvi - lá, pensando em como Rose estava esquisita.
— Amy? — Chamou Julia e eu a olhei — Me desculpa, mas eu preciso resolver um problema. Mas não se preocupe, você terá seu guia — falou mais alegre, o que me assustava um pouco.
O que será que ela queria dizer com "você terá seu guia"?
— Oi maninha — disse uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar. O olhei e ele estava ainda mais bonito do que a última vez. — Amy — eu o olhei e sorri, ganhando um sorriso de volta.
Que sorriso.
— Já está entregue Amy, se divirtam — disse e saiu apressada.
— Vamos então? — perguntou Dylan e eu concordei.
***
Cheguei em casa no final da tarde, Dylan tinha me mostrado boa parte da cidade, e confesso que era tudo muito lindo. E ele como sempre um cavalheiro, me levou até a porta. Sorri com aquele simples gesto. Ele era diferente. E disso eu tinha medo.
— Obrigada Dylan — o agradeci e ganhei um sorriso em troca. — Eu vou entrar — disse.
— Espera...— falou um pouco rápido. — Eu vou a um jantar amanhã e gostaria.... — Suspirou antes de continuar — é, eu gostaria que fosse comigo — disse por fim.
Ele queria me levar a um jantar?
Tá certo que teria outras pessoas.
Mas ele queria que eu fosse com ele.
Eu.
— Eu adoraria — disse e me arrependi. O que estava fazendo ? Isso era errado.
— Certo. Te busco as oito? — disse e eu concordei. — Então combinado, agora preciso ir — disse olhando seu relógio. Ele se aproximou e disse — Até amanhã Amy — e beijou meu rosto, o que fez eu me estremecer inteira.
— Até amanhã — falei depois de me recuperar. Ele foi embora e eu entrei em casa. Será que era tão errado eu querer ser feliz?
Parei de pensar nisso e comecei a fazer algo para comer. Era tão triste comer sozinha. Terminei de comer e coloquei a louça na pia e fui deitar.
Precisava conversar com alguém.
Então peguei o telefone e liguei para Rose. Chamou e caiu na caixa postal.
Droga!!!
Estava com um pressentimento ruim.
Comecei a pensar na família de Dylan, eles pareciam tão felizes. Eu estava fazendo o que prometi a mim mesma que não faria.
Estava me apegando.
Eu tinha medo. Oliver era uma homem cruel, e se eu fizesse amigos, ele iria me atingir com eles. Tinha receio de ele conseguir me achar ali.
Dylan.
Ele era tão diferente do Oliver. Porque eu o estava comparando ?
Eu não posso me apaixonar.
Não agora.
Não por ele.
Coloquei um filme para assistir – mas confesso – não estava prestando atenção em nada daquele filme. Fiquei pensando no jantar com o Dylan.
Eu sei que não seria somente com ele, e teriam várias outras pessoas lá. Mas estava ansiosa. Na verdade, parecia mais uma adolescente boba.
Sorri.
Continuei com meus pensamentos até me entregar ao sono.
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Encontrando o amor
RomanceDepois de perder a pessoa que mais amava, Louise resolve fugir para bem longe de seu ex marido. Agora ela precisava recomeçar, e foi tentar seguir sua vida no Texas, tentar esquecer o passado. Mas como esquecer aquele que tirou a vida de quem mais a...