Amy
No dia seguinte acordei bem cedo – na verdade não consegui dormir – eu não queria admitir, mas estava ansiosa para o jantar que iria com o Dylan.
Fiz minhas necessidades, tomei meu café e sai de casa. Precisava entregar alguns currículos. Precisava trabalhar o quanto antes. Fiquei pensando em Rose.
Será que Oliver havia ido lá?
Porque ela ficou tão estranha?
Precisava descobrir o que estava acontecendo.
****
Cheguei em casa no final da tarde e sai correndo me arrumar – hoje era o jantar com o Dylan – tomei um banho demorado e fui atrás de alguma roupa.
Que droga!
Não tem nada aqui.
Comecei a jogar as roupas em cima da cama, para vê se achava algo descente. Oliver não gostava quando usava um vestido mais decotado, ou um pouco justo. Ele dizia que estava parecendo uma oferecida e com o tempo parei de me arrumar para sair. Já que sempre que o fazia, eu era castigada quando chegava em casa.
Estava cansada de procurar, quando eu o vi. Era um vestido vermelho longo , com um corte na coxa. Não era muito decotado – o que agradeci muito – não gostava de roupas decotadas. Ele era perfeito. Eu o usei uma única vez.
Depois de coloca - lo, me olhei no espelho e me permitir sorrir. Quanto tempo fazia que não me sentia feliz assim? Ouvi a campainha tocando e comecei a ficar nervosa. Respirei fundo e sai correndo – resultando em uma quase queda, por conta dos saltos – abri a porta e ele estava lindo.
— Amy... — disse e ficou me olhando de cima a baixo — Você está linda.
Eu sorri.
— Obrigada Dylan — falei tímida — Você não está nada mal — disse rindo.
Ele deu risada.
Que risada...
— Vamos? — perguntou e eu assenti. Fomos até o carro e Dylan abriu a porta do carro para mim. Ele era um cavalheiro mesmo. — O que você faz? — perguntou quando já estávamos dentro do carro.
— Por enquanto não tô trabalhando...— disse.
— E seus pais? — comecei a ficar nervosa. Por que daquelas perguntas?
— Estou me sentindo em um interrogatório — falei e ele sorriu.
— Eu só quero conhece - lá — ele me parecia sincero, mas não poderia falar sobre meu passado. Afim de terminar com aquilo, liguei o rádio e fiquei em silêncio. Ele pareceu entender que não queria falar e não disse mais nada. — Chegamos — disse depois de alguns minutos.
Sai do carro e o acompanhei até a porta. Ele parecia chateado. Mas por que?
Uma senhora abriu a porta e eu nem havia percebido que Dylan tinha batido na porta. Depois de me apresentar para aquela Senhora – que segundo Dylan se chamava Lorena – entramos e fomos em direção aos pais dele.
— Amy, que bom que veio — disse dona Isabel.
Ficamos ali conversando, enquanto os homens foram pegar as bebidas. Fiquei observando o lugar e era tudo muito lindo. Uma mansão.
— Amy, pode me acompanhar até o banheiro? — perguntou Julia.
— Claro...— disse e a segui.
— Está tudo bem? — perguntou ela assim que chegamos — Você parece distante.
— É impressão sua — o que ?
— Ahn... Entendi — falou, mas eu sabia que ela não estava convencida.
— Você não queria ir no banheiro?
— Na verdade não — disse — eu quero falar do meu irmão — falou por fim e vendo a confusão em meus olhos, continuou — ele parece gostar de você... — onde ela queria chegar?
— Não estou entendendo Júlia.
— Dylan já sofreu muito Amy, e eu vejo como ele olha para você — desabafou — eu não quero que ele se machuque. Mas eu vejo que você tem um olhar perdido, como se já tivesse sido machucada também — falou e eu abaixei a cabeça — Você pode confiar em mim — eu sabia que podia, mas não deveria.
— Julia...— ela me interrompeu.
— Eu sei que não te conheço a muito tempo, mas eu gosto de você Amy. Eu posso te ajudar...
— Não, você não pode...— falei segurando as lágrimas — eu agradeço a preocupação, mas eu tenho que ir.
— Amy, espera... Você não pode guardar isso só pra você — falou
— Eu não quero colocar ninguém em perigo Julia — falei — me desculpa — disse e sai dali. Precisava pensar um pouco.
— Amy? Meu Deus, o que aconteceu? — falou Dylan
— Não foi nada, eu preciso ir pra casa... Não se preocupe, eu pego um táxi.
— O que ? Claro que não, eu levo você. Só vou avisar meus pais e já volto — disse e indo em direção aos pais. Fiquei ali no mesmo lugar, o esperando. — Pronto, vamos? — dei um sorriso fraco e concordei.
Fizemos a viagem até a minha casa em silêncio, fiquei pensando no que Julia havia me dito. Será que eu deveria contar a eles o que tinha acontecido?
Não.
Era muito arriscado.
Chegamos em casa e ele foi me levar até a porta e ao chegarmos em frente ao meu apartamento, eu o olhei e ele parecia preocupado.
— Obrigada pela carona Dylan, e me desculpa não ter ficado.
— Não precisa se desculpar... Você tem certeza que está bem?
— Estou sim — falei sorrindo.
Ele sorriu e estava se virando para ir embora, quando olhou para mim e disse — Amy, me desculpa — fiquei sem entender.
— Pelo que ? — perguntei
— Por isso — disse se aproximando de mim, me pegando de surpresa e beijando meus lábios.
Meu Deus.
Ele me beijou.
Dylan Casper me beijou.
E que beijo.
Ele se afastou de mim e sorriu. E eu fiquei sem saber o que falar.
— Até amanhã Amy — disse sorrindo.
— É... Até amanhã — falei sem graça e ele deu risada.
Depois desse episódio, entrei rápido em casa e sem acreditar que ele havia me beijado. Como pude deixar isso acontecer? Isso não poderia ter acontecido.... Eu nem deveria ter aceitado esse jantar. O que eu mais temia, estava acontecendo.
Eu estava me apaixonando por Dylan Casper.
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Encontrando o amor
RomantikDepois de perder a pessoa que mais amava, Louise resolve fugir para bem longe de seu ex marido. Agora ela precisava recomeçar, e foi tentar seguir sua vida no Texas, tentar esquecer o passado. Mas como esquecer aquele que tirou a vida de quem mais a...