Capítulo 4

6 2 0
                                    

Amy

— Rose...— falei assim que ela atendeu. Fazia tempo que tentava falar com ela, mas sempre caia na caixa postal, o que só aumentava minhas suspeitas de que ela estava me escondendo algo.

— Lou, como você esta? — perguntou ela.

— Eu estou bem e você? Rose... me diz o que ta acontecendo?

— Porque você acha que ta acontecendo algo? — percebi que ela estava nervosa

— Você esta estranha e não atendeu mais minhas ligações.

— Ah... me desculpa, ando um pouco ocupada — falou e eu sabia que não era só isso, mas não insistiria muito. 

Ficamos conversando mais alguns minutos, até ela desligar. Fazia alguns dias desde o beijo com o Dylan e desde então o tenho ignorado. Julia e eu estavamos mais próximas, ela veio me pedir desculpas pelo ocorrido no jantar, mas eu sabia que ela não tinha culpa. Ela só estava querendo me ajudar. Mas o que ela faria ? Eu não podia simplesmente falar sobre quem eu era. Isso era perigoso.

Ignorar Dylan estava sendo uma missão muito difícil, mas era preciso. Ele tinha que entender que não haveria nada entre nos. Eu não podia simplesmente deixar ele entrar em minha vida desse jeito - não com tudo isso acontecendo - e Oliver não descansará até acabar de vez comigo. 

— Bom dia, posso ajudar? — pergunto do homem a minha frente.

— Eu quero presentear minha esposa com flores, mas eu não sei qual da a ela...  — confessou. 

Comecei a mostrar algumas flores a ele, que logo se interessou pelas Orquídeas. Julia havia conseguido um trabalho para mim na floricultura que ela trabalhava e estava até gostando, e o salario era muito bom. Ela estava me ajudando bastante e eu me sentia muito agradecida por encontrar pessoas como ela e a família dela. Daqui dois meses seria o casamento dela e ela estava mais alegre do que o costume.

Ri com esse pensamento.

— Deu para ficar rindo sozinha? — dei um pulo me assustando e ele deu risada — Me desculpa, não queria assusta - la — disse.

— O que faz aqui?

— Bom te ver também, Amy — falou sendo sarcástico

— Eu não to brincando Dylan, estou no meu local de trabalho — Dylan havia me ligado algumas vezes e até foi no meu apartamento, e eu fingi que não tinha ninguém.

— E quem disse que vim ver você? — falou e eu fiquei pensando, o que ele estaria fazendo la então? devia ter ido vê  a Julia.

— Hoje é o dia de folga da Julia — Falei e ele sorriu.

— Também não vim vê ela — O que? Então o que ele estava fazendo ali?

— Dylan, que bom que chegou — falou a Rebeca — estou morrendo de fome — disse tentando fazer uma voz sexy. Que mulher oferecida. 

— Então vamos, não queremos nos atrasar não é mesmo? 

— Certo, vou só pegar minha bolsa.

Respirei fundo e contei até três ao vê os dois saindo juntos. Como assim ele iria almoçar com aquela oferecida? 

Respira.

Respira.

Respira.

— Mas que droga — falei e pude notar alguns olhares para mim, sorri meio sem graça e sai correndo dali.

****

Cheguei bem cansada em casa, o dia tinha sido puxado. O pior foi vê o Dylan com aquela cobra. Mas você queria o que Amy? que ele fosse se declarar para você? Como sou idiota. Era bom que ele arrumasse alguém, assim eu não teria distrações. 

Quem eu estava querendo enganar? Eu sabia bem o que era esse sentimento.

Ciúmes!

Droga...

Tomei um banho bem demorado - precisava relaxar - não parava de pensar em Dylan saindo com aquela lambisgóia. Eu já a odiava, agora mais ainda. Ela se oferecia para todos os clientes e agora estava saindo com o Dylan. 

Sai do banheiro e coloquei uma regata e um shortinho, e fui para cozinha comer alguma coisa. Estava morrendo de fome, mas tive que parar no meio do caminho porque alguém estava tocando a campainha. 

Que droga!

Logo agora que eu iria comer.

Eu poderia fingir que não estava em casa, ne? 

— Quem será agora? — fui até a porta esperando que fosse alguém importante, já que havia atrapalhado minha hora de comer. Quem vê pensa que sou uma morta de fome, mas não havia comido nada o dia inteiro e com comida não se brinca. Abri a porta e ele estava ali parado me encarando. — Dylan? 

— Amy... — disse 

— O que faz aqui?

— Eu tentei achar uma desculpa para vim até aqui... — suspirou e continuou — Mas a verdade é que não consegui pensar em nada — deu uma risada nervosa — Vai me deixar entrar, ou tenho que ficar aqui?

— Oh, claro... entre — disse e ele entrou sentando no sofá.

— Me desculpe vim assim sem avisar.

— Não se preocupe com isso, mas ainda não entendi o que veio fazer aqui... — disse.

— É bom... Nós precisamos conversar, Amy — Conversar? — E de hoje não passa.

Essa conversa não vai prestar.

Encontrando o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora