Com amor, para o meu amor
Carlos estava admirando a gigantesca lua prateada da noite de ano novo, de mãos dadas com sua futura esposa. Sim, futura esposa; ele era um homem à moda antiga. O tempo estava aberto e o céu estrelado, os drones da rede de revitalização atmosférica fizeram um ótimo trabalho naquele final de ano, e os fogos holográficos estouravam no horizonte, mostrando um espetáculo tão incrível que chegava a emociona-lo.
As Inteligências Artificiais de controle estavam cada vez mais sofisticadas, fazendo os fogos holográficos projetarem imagens das elevadas expectativas para o Sistema Solar. A conquista de uma cadeira no Conselho de Segurança da Organização dos Sistemas Unidos fora a mais significativa conquista e os testes bem sucedidos de navegação no subespaço e do novo sistema de dobra espacial encheram o povo de esperança de dias melhores em todo o Sistema.
Enquanto Carlos olhava para aquele luar incrível, levando aos lábios a taça de cristal amarelo de Netuno, cheia de champanhe picante de Mercúrio, feliz por morar na Cidade de São Paulo, no Planeta Capital do Sistema, ele presenciou boquiaberto, um magnífico espetáculo de fogos no espaço. Qual nave estaria saudando a chegada de 3.018 com uma ousada apresentação como aquela? Seria a Nautilus? A Apollo Revival? A Voyager Courage? Ah, com certeza era uma daquelas maravilhosas naves estelares de longo alcance!
YOU ARE READING
FELIZ 3.018, TERRÁQUEO
Science FictionUma space opera de ano novo, onde sonhos são destruídos e desejos por poder saciados. Sem respeito algum por um Sistema habitado, desenvolvido e soberano, duas potências bélicas hostis travam uma batalha isolada em busca de poder. Sonhos acabam e a...