Capítulo 2 - Natalie Beaumont

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Natalie, nascida e criada na cidade de Pertuis, filha única do casal, Neville Beaumont e sua esposa Camille Dufour, tia de Oliver, donos de um centro de jardinagem próximo de sua casa; Nat, apesar de ser prima de Oliver, pouco manteve contato durante sua infância e adolescência, sua timidez exagerada atenuava-se quando o rapaz franzino porém muito bonito, se aproximava

---Oh, Oliver, como eu queria te ver de novo. Falava a menina olhando para o espelho

Algo macio e gelado encosta em seu calcanhar, Camélia havia acordado e queria brincar, mesmo sendo tão tarde.

---Au!

---O que foi?

---Au!

---Eu não quero brincar agora, estou cansada

---Au! Au!

---Shiii, para! Quer acordar todo mundo?

A pug gira, pula, tentando comunicar-se com sua dona

---Não me olha assim, eu não vou sair nesse frio

A cadelinha a fica encarando com um olhar triste

---.....Hmmm....

Camélia continua encarando

---Hmmm...ahh...tudo bem, você venceu, vamos sair, mas é rapidinho

Natalie tira o camisão, o corpo é esbelto, com uma tatuagem no meio das costas, uma rosa desabrochada próxima a nuca, com o talo escorrendo por suas vértebras.

---Meus seios são tão pequenos. Reclamava a garota

---O que você acha?

A cadelinha move a cabeça, não entendendo o que Natalie quis dizer

---Pensando bem, acho que deve ser bem mais difícil pra vocês, imagine só, seis tetas? Eu mal do conta das minhas duas, se pudessem ser ao menos um pouco maiores, talvez por isso eu nunca tenha ficado com ninguém, os garotos só queriam as peitudas gostosonas e eu nerd nunca nem se quer fi....

---AU!

---....Ok, falei demais não foi?

Nat coloca o sutiã e uma camisa de algodão bastante grossa, veste uma calça de veludo, pega a cadela no colo e sai para a rua.

---Aiai, que frio em fofuxa!. Falava a garota enquanto descia pela rua Merceau

Enquanto isso, Oliver se aproximava da praça, nem parecia a mesma por onde andou horas atrás, agora regada com muito vinho, dança, música, comida e pessoas, curioso, o rapaz entra no meio da festa, muitas barracas iluminadas e coloridas, vendedores dos mais variados produtos, churros, hambúrgueres, queijos, vinhos e sucos, simplicidade e fartura, do jeitinho que fazia Oliver se encantar. Enquanto isso, Natalie e a sua pug aproximavam-se do final da rua quando perceberam, de longe, o som do violão e da sanfona, típica francesa e a cantoria dos homens que já embriagados rodavam e rodavam e rodavam.

---Olha! Camélia, eu nem lembrava mais dessa festa, vamos! Natalie anda mais depressa. Enquanto a garota cruzava o quarteirão pra chegar na praça, Oliver ensaiava alguns passos de dança com uma anfitriã da festa, Nicole era seu nome, não perdeu tempo e se aproximou do jovem.

---Au!Au!

---O que foi? Quer descer?

Nat coloca a cadela no chão que corre em disparada até a praça, atraída pelo cheiro da comida

---Mas que vaca! resmungou

A garota continuou andando até chegar na entrada da praça, os balões, o cheiro de pão, carne, vinho, churros e chocolate atiçavam o apetite de Natalie que esgueirava-se entre as pessoas, fascinada com tanta luz e cor, tantas famílias, casais apaixonados, filhos e filhas, irmãos e irmãs, o tempo parecia mover-se em câmera lenta em alguns momentos, impossível não esbanjar um sorriso enquanto caminha pela festa.

O amor que o tempo me trouxeWhere stories live. Discover now