3. Sentimentos

823 38 11
                                    


Na manhã seguinte, Dinah comprou café e rosquinhas e foi visitar Camila no hospital em outro intervalo dela. As duas mantinham o hábito de se encontrar pelo menos uma vez por semana.

"Chee Chee!"

"Chancho!"

Elas sorriram e se abraçaram, como sempre faziam toda vez que se encontravam. Depois de se separarem, Dinah entregou para Camila um copo de café e uma rosquinha e as duas sentaram à mesa.

"O jantar estava bom ontem? Vou chutar a bunda branca da Lauren se ela não levou sua marmita!"

"Ela trouxe sim," Camila sorriu toda cínica, lembrando de Lauren naquele traje social cinza maravilhoso e de como ela quicava em seus dedos.

"Ainda bem," Dinah suspirou aliviada, "Não gosto de usar violência para alcançar meus objetivos."

"Ah tá," Camila revirou os olhos. Violência era um dos milhares de sobrenome que Dinah tinha.

E então os olhos de Dinah se focam no pescoço de Camila. Puta merda, ela havia esquecido de esconder o chupão que Lauren havia lhe deixado ontem!

"Walz, o que é esse chupão do tamanho da Rússia no seu pescoço?!"

Camila corou e jogou o cabelo por cima da marca, "E-Eu bati na porta. Você sabe como eu sou atrapalhada, Chee!"

"Karla Camila Cabello Estrabao, eu já transei o suficiente pra saber que isso daí é um belo de um chupão!" Dinah partiu para cima de Camila e puxou a orelha dela.

"Ai, Chee! Não precisa me machucar!"

"Me conta com quem você tá transando, sua puta!"

"Ninguém!" Camila tentou resistir à força bruta de Dinah.

"Isso daí no teu pescoço não surgiu do nada!" A chef insistiu, "É uma médica? Uma enfermeira? Pelo amor de deus, me diz que não foi com uma paciente!"

"Não, não foi! Dinah, que droga!"

"Qual é o nome da doutora gostosa? Me diz, como é transar no hospital?"

Camila foi salva pelo bipe de seu pager, informando que precisavam da ajuda dela.

"Foi ótimo conversar com você, mas tenho vidas a salvar," Camila tentou empurrar Dinah para longe dela e só conseguiu porque a polinésia cedeu.

"Você não vai fugir dessa conversa, Mila."

"Eu sei," Camila jogou seu jaleco por cima de suas roupas e saiu correndo.



Mais tarde naquela noite, Lauren tremeu antes de bater na porta do apartamento de Camila. Ela não sabia por que, mas estava nervosa. Talvez fosse a lingerie verde-água que vestia por baixo do seu moletom cinza e seus jeans rasgados. Queria fazer uma surpresa agradável para Camila ao mesmo tempo em que não queria forçar a barra já que elas eram só amigas.

Ela bateu na porta e Camila demorou mil anos para atender, fazendo a ansiedade de Lauren bater lá no teto. A latina abriu a porta com uma cara não muito agradável e Lauren não soube como reagir. Afinal, elas não haviam combinado esse encontro e Camila podia estar muito bem ocupada fazendo qualquer outra coisa.

(Lauren não queria atrapalhar)

"Lo?"

"D-Desculpa, eu p-posso voltar outro dia."

"Hã?" Camila franziu o cenho, "Por que você veio aqui então?"

Lauren ficou toda vermelha, "Eu... É, deixa pra lá," Ela se virou para ir embora, mas Camila segurou seu braço e a impediu.

Amizade ColoridaOnde histórias criam vida. Descubra agora