Continuação - Degustação

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—Tudo bem, não se preocupe, em uma hora estarei aqui.

Ela abre um sorriso discreto, vai para mesa, enquanto eu dou meia volta para procurar o que fazer e se der muita sorte, encontrar algo para comer pois minha barriga já protesta quase que em todas as línguas.

Enquanto caminho, passo pela sala onde a música impera, bebidas alcoólicas, daquelas que provavelmente nunca conseguirei comprar são servidas, um rapaz vem me servir, mas acabo negando, pois não posso correr o risco de ficar bêbada.

Como já estou perto da entrada e não posso sair para voltar ao meu lar, decido virar à esquerda, o fluxo de pessoas diminui conforme vou caminhando e eu acabo chegando em um jardim de inverno bem moderno e para minha surpresa, vejo uma piscina interna provavelmente aquecida, com algumas espreguiçadeiras ao redor.

Com fome e completamente esgotada, tentando contar com a sorte de que não serei encontrada, resolvo me sentar em uma espreguiçadeira, me acomodo e fico quase que deitada olhando para o céu estrelado que posso ver por causa do teto de vidro.

O conforto do móvel praticamente me abraça, tiro os saltos altos, no meu celular, programo para ser alertada em cinquenta minutos e permito-me relaxar, até que meus olhos começam a ficar pesados.

Ao invés de acordar com o despertador, ouço nitidamente uma discussão entre um homem e uma mulher, a vergonha toma conta de todas minhas terminações nervosas, me encolho para não ser vista, mas infelizmente continuo ouvindo.

— Por que não me quer? Estou louca para que você me tenha por completo, se seus dedos já fizeram maravilhas, imagina o resto?

Minha pele aquece de tanta vergonha, eu nunca que me arrastaria para um homem assim.

— O momento passou, eu avisei que só seria naquele dia, você é adulta, eu nunca te enganei.

Ouço passos que aos poucos vão se distanciando e volto a respirar normal, finalmente ficarei sozinha novamente.

— Adriano, não é possível que você vai retornar para sala e me deixar aqui neste estado, completamente desolada.

Adriano? Desde quando conheci o lindo advogato que esse nome aparece em todos os lugares.

Mesmo estando completamente tensa, divago por alguns instantes lembrando-me dele, é impossível não recordar da sua enorme mão em minha cintura e daquele olhar que me queimou todinha. Que sorte deve ser tê-lo.

Com o celular em mãos, por perceber que o silêncio já impera no ambiente, viro-me um pouco para direita no intuito de espionar se realmente estou livre e neste exato momento, deparo-me com dois olhos enormes da mesma mulher do escritório e para piorar minha situação, ele é o mesmo Adriano.

—O que você faz aqui?

Ela vem ao meu encontro como se fosse uma leoa e Adriano a segue enquanto de forma um pouco desajeitada, tento colocar os saltos.

—Carla? – Ele parece não acreditar que está me vendo e omelhor, ele lembrou meu nome? 

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   Procurando pela continuação? s2 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

O Advogado - Degustação - Livro na AmazonOnde histórias criam vida. Descubra agora