Capítulo 11 - 26 de Setembro de 2017

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Món Chéri!
   Sinto-me cada vez mais perto do céu.

Hoje terça-feira, quero te contar da minha maravilhosa segunda.

   Na escola, foi espetacular! Tirei nota 8 no exame do Sr. Laicroix, pra quem não gosta de matemática e estudou forçada, fui muito bem! Não suportaria que meus pais fossem chamados por algo tão bobo de alguém no 9°ano.
   Alya estáva louca pra saber porque eu estava tão feliz nessa segunda feira chuvosa.

   - O que te aconteceu Amiga? Que chá é esse que eu quero também? Alya me perguntou num tom bem irônico.

Despistei e não falei nada. Prefiro omitir do que mentir, assim sou eu.

    Não sei nada do Adrien! parece que se tornou invisível aos meus olhos. Nem reparo mais.

    A noite chegou! Liguei para o meu Gatinho manhoso.
   Combinamos no mesmo lugar, só que um pouco mais tarde, não é que o cemitério de Père-Lachaise é um bom lugar mesmo??? O Gatinho, tinha razão!

Cheguei caminhando pelos corredores, ouvido as pequenas gotas de chuva nas folhas das árvores, o piado dos corvos e um ventinho gelado de arrepiar.O quer era pra ser sombrio e aterrorizante se tornou bem romântico.

Chat veio de mansinho, e me abraçou pelas costas.

- Surpresaaaa!!! - Gemeu no meu ouvido.

Tive a sensação que todos os corvos daquele local entraram no meu estômago e saíram de revoada.

- Você é surpreendente Gatinho! - falei acariciando seu rosto.
- Chat não sei como iremos fazer hoje, está chovendo, não poderemos ficar aqui por muito tempo. - questionei preocupada

- Não se preocupe My Lady, conheço esse local como a palma de minha mão, aliás, eu vim pra cá pensando em tudo. - me respondeu num jeitinho dengoso.

Chat que continuava grudado nas minhas costas, cobriu os meu olhos com uma das mãos e foi me conduzindo para um lugar desconhecido.

- Seja bem Vinda ao lar Madame!!! - falou tirando a mão de meu rosto e empurrando uma pesada porta.

Pude ver uma cripta gigantesca de cimento envelhecido toda suja de limo, com portas de ferro enferrujado e em cima uma placa onde guardava um brasão e a data de 1897.

- Gatinho! Isso é uma cripta, é um breu aí dentro! - falei com medo e a incerteza daquilo.

- Você veio cheia dedos hoje My Lady, calma!!! Eu trouxe um celular, não se preocupe, era um celular velho que eu tinha numa gaveta de casa, então coloquei um chip e um novo ID, ninguém tem esse número e tão pouco tem gravado o meu nome verdadeiro nele. Achei melhor trazer porque podemos usar a lanterna e termos uma trilha sonora que fiz especial pra- vo-cê!- Chat falou muito seguro de si e tocando o meu nariz.

Adentramos e algo muito lindo pude ver, os olhos de Chat são iluminados no escuro. Fiquei encantada, pensei, o que mais esse homem esconde?

Chat se encostou na parede, ligou o celular " antigo", que era mais moderno que o meu atual, foi no playlist, colocou " I Can Change" de Brandon Flowers. Direcionou a lanterna para o teto empoeirado e teioso. Me puxou bruscamente contra seu peito, posicionou as duas mãos no meu rosto e num jesto provocante e cheio de vontade, ali, aquela boca fria me devorou.

        A playlist continuou tocando, 1,2,3,...20 músicas! Que susto nosso Miraculous começaram a nos avisar que nosso tempo tinha acabado. Eu e Chat nos olhamos com ar de tristeza de que aquele momento mágico tinha acabado.

      - Bugboo! se você aceitar minha proposta podemos ficar um pouco mais. - suspirou fundo e continuou - Podemos nos destransfomar, ficaremos aqui no escuro enquanto Plagg e seu Kwami se alimentam, assim que eles terminarem, novamente nos transformamos e iremos embora, o que acha? - me perguntou esperando uma resposta negativa.

Mas aceitei!

Foi lindo! Chat virou a lanterna do celular para baixo, a escuridão enegreceu o ambiente, fechamos os olhos e falamos as frases de comando.
Pude ver pela transparência de minhas pálpebras os raios verde de Chat. 
No lugar do cheiro de queijo adocicado o ambiente se contaminou com um delicioso perfume de essências que me lembravam baunilha, canela e madeira. 

   Me aproximei, toquei seu rosto e cabelo, tudo tinha mudado, sua pele era quente e sedosa. Entrelacei meus dedos naquela mão descalçadas das luvas, me senti mais protegida.

    - Eu prefiro vc assim! Mais humano . - falei sem exitar.

     - Eu também My Lady.- falou com um tom mais manso.

Agora uma beijo quente, molhado com sabor de menta, tinha virado o meu preferido.

Tikki e Plagg, terminaram a suas minis refeições e  nós obedecemos o combinado.

Voltamos pra casa felizes de baixo de uma chuva que nos abençoou.

      Aiaiaiaia!!! Cherí! Escrevi abessa! 

Hoje Terça-feira, eu estava nas nuvens!
Alya já me enviou 2 mensagens agora à noite, implorando que eu conte o que está acontecendo.

Voilá
Mari hiperFeliz❤️

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Mon Chéri (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora