INVASÃO

Capitão

Aliens... Até os dias de hoje somos questionados se eles existem ou não. Tem aqueles que acreditam, e os que não. A realidade é que ninguém sabe a verdade, e se sabe, não quer tornar isso público. Mesmo com as viagens espaciais frequentes, (possíveis graças ao alto avanço tecnológico) nunca soubemos de nenhum contato com alienígenas. Porém, este contato pode já ter acontecido. Há 16 anos atrás, no ano de 2501, uma missão espacial que visava coletar recursos em Marte estava acontecendo. Era para aquela missão durar 1 mês, mas acabou por durar menos. No sexto dia, a base de controle perdeu por completo o contato com todos os 30 tripulantes. Após várias tentativas de comunicações fracassadas, foi decidido pela S.E.N.A. (Sistema Espacial Norte-Americano), que uma nova nave com 15 tripulantes seria enviada com o intuito de procurar pelos até então, desaparecidos. E incrivelmente, eles conseguiram encontrar a nave. Foi dito que ela estava completamente destruída. E no último contato feito com a tripulação, ouviu-se de um dos astronautas: "Estão todos mortos!". Dava pra perceber seu desespero, era um desespero que amedrontou toda a SENA. Eles ainda procuraram por anos por vestígios da, ou das naves via satélite, mas nada nunca foi encontrado. Eles conseguiram explicar como a primeira nave foi destruída. Ela havia sido atingida por um meteorito que não havia sido previsto, o que fez o caso ser classificado como "acidente". Onde as pessoas foram parar? O que aconteceu com elas? Esse é o tipo de coisa que você se pergunta quando está desocupado. Jamais tivemos respostas. 

Apesar de tudo, nada foi exposto ao público. Os únicos a serem noticiados foram os familiares dos desaparecidos. Por isso sei dessas coisas, meu irmão estava lá. A mídia foi forçada a mentir, afirmando que todos os 30 astronautas chegaram seguros em suas casas. Sequer citaram uma segunda viagem. Os poucos que sabiam disso ainda falam que não sabem o que fez tal estrago. Mas pra mim, não é tão difícil pensar num culpado. Alien's. Eu aceitei esta missão porquê queria saber se eles são reais, mas me arrependo agora. Eu acredito em Alien's, e agora eu desejo que eles sejam apenas frutos de nossas mentes criativas. Parti para uma missão de extração e conserto de tecnologia agora a pouco com mais sete tripulantes, meu nome é Charlles, sou o capitão desta missão... e nosso destino é marte, palco desse mistério. Todos eles também ouviram a história de alguns comandantes da viagem, e não contaram isto em vão. Mas, nem todos acreditaram. Só que cada vez mais, tudo indica que aceitei uma missão suicida, pois em meio aos mantimentos, haviam coisas além de tanques de ar e equipamentos de extração, algo que me aterrorizava, que me queria fazer abrir um compartimento e pular rumo ao grande nada do espaço: armas e armaduras. Eles nos mandaram com essas coisas sob o risco de sermos atacados por qualquer criatura viva. Eles nunca deixaram de cogitar algum ataque, mesmo sem terem 100% de certeza, aquela seria a melhor forma de protegermos nossas vidas.

Em meio a pensamentos acompanhados de uma respiração pesada, o capitão olha em volta, observa tudo que há para ser observado naquele pequeno compartimento onde se encontrava. Ele olha para as laterais da nave, para o piso, para o teto, para um pequeno recipiente onde haviam alguns lápis e outros materiais de pintura. Logo ao lado havia um porta-retratos com uma foto de sua filha e sua esposa, que pareciam observar o olhar cabisbaixo de Charlles.

- Ah, o que estou pensando?

Ele coloca em vista suas mãos, deparando-se com o anel de casamento. Então suas mãos vão a cabeça, que mastigam seu cabelo. Ele estava com um profundo arrependimento por estar naquele lugar.

O silêncio naquele ambiente é quebrado quando suaves batidas são desferidas contra a porta. Sem nenhuma preocupação quanto a identidade do outro lado da porta, ele simplesmente digita sua senha na trava da porta, "1234", e a porta abre.

E então lá estava Jame com um sorriso no rosto.

- Ah, é você Jame. - Charlles dá sinal para que Jame sente ao seu lado na cama, batendo duas vezes à sua esquerda. - Sente-se.