Eu sou uma casa sem janelas. Preso por medo do claro do dia.
E você, você é as flores que ficam na varanda. As vezes, no meio da chuva, desejam saber quando irá fazer sol de novo.
E eu não posso parar de procurar razões, para fazer você aceitar que, essa tempestuosa tarde, não é nem metade do que eu sou por dentro.
Eu vou esperar por ti, como quem espera que uma cidade pare de ter luzes.
Eu vou construir novas janelas para poder, quem sabe, um dia, ver o seu vaso refletindo o nosso sol de fim de tempestade.
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poetry for someone
PoetryNosso inferno palavras vem, coisas ditas somem. tudo cai no esquecimento nada é sempre igual, nem sempre é inverno, bem, sempre tudo é um inferno? ...