Artemis Fowl: uma avaliação psicológica

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Extraído de Os anos de adolescênciaAos treze anos, o objeto de nosso estudo, Artemis Fowl, mostrava sinais de um intelecto muito superior ao de qualquer ser humano desde Wolfgang Amadeus Mozart. Artemis tinha derrotado o campeão europeu de xadrez Evan Kashoggi num torneiro pela Internet, patenteado mais de vinte e sete invenções e vencido o concurso de arquitetura para projetar o novo teatro de ópera de Dublin. Também havia escrito um programa de computador que desviou milhões de dólares de contas em bancos suíços para suas próprias contas, falsificou mais de uma dúzia de quadros impressionistas e conseguiu arrancar uma quantia substancial de ouro do Povo das Fadas.A questão é: Por quê? O que levou Artemis a se envolver em empreendimentos criminosos? A resposta está com seu pai.Artemis Fowl I era chefe de um império criminoso que ia das docas de Dublin aos becos de Tóquio, mas tinha ambições de se estabelecer como empresário legítimo. Comprou um navio cargueiro, encheu-o com 250.000 latas de refrigerante e rumou para Murmansk, no norte da Rússia, onde havia montado um negócio que se provaria lucrativo nas décadas seguintes.Infelizmente a máfia russa decidiu que não queria um magnata irlandês pegando uma fatia dos seus negócios, e afundou o Fowl Star na baía de Kola. Artemis Fowl I foi declarado desaparecido, supostamente morto.Agora Artemis Júnior era a cabeça de um império com verbas limitadas. Para restaurar a fortuna da família, embarcou numa carreira criminosa que lhe garantiria mais de quinze milhões de libras em apenas dois anos.Essa vasta fortuna foi gasta principalmente financiando expedições de resgate na Rússia. Artemis se recusava a acreditar que seu pai estava morto, mas cada dia que passava fazia isso parecer mais provável.Artemis evitava outros adolescentes e se ressentia de ser mandado à escola, preferindo passar o tempo tramando o próximo crime.Assim, ainda que o envolvimento com o levante dos goblins durante o décimo quarto ano de sua vida viesse a ser traumático, aterrorizante e perigoso, foi provavelmente a melhor coisa que poderia ter acontecido. Pelo menos ele passou algum tempo ao ar livre e conheceu gente nova.É uma pena que a maioria delas estivesse tentando matá-lo.Relatório compilado por: Doutor J. Argônio, psicólogo comportamental, para os arquivos da Academia da LEP.

ARTEMIS FOWL (2° temporada)Where stories live. Discover now