Capítulo 2

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💙 Noah 💙

- Eeei. Psiu, acorda. Por favor, acorda - uma voz rouca soa bem distante - Menino, acorda por favor!

Minha cabeça está doendo fortemente como se tivesse sido passada por um trator.

Eu estava com a visão embaçada, enxergava muito pouco. Mas ela ia voltando aos poucos, minha audição também ia captando os ruídos naturais que vinham do lado de fora de onde eu estava.

Demorei um pouco a me dar conta de onde eu estava. Fui tomado pelo desespero, pois eu estava com grades ao meu redor, ou seja, numa cela. Estava preso.

Mas não em um presídio ou coisa parecida, era apenas uma sala grande que tinha grades presas do chão ao teto em determinados locais.

Na mesma cela que eu, tinha um menino de aparência bem meiga. Cabelos loiros, pele clara e o rosto u tanto corado e formado por uma pele lisa.

- Eu não sei quem você é, nem mesmo onde a gente está, mas a gente precisa sair daqui - ele diz com a mesma voz rouca e fofa que soou distante na minha cabeça antes.

-Primeiramente, onde é "aqui"? - faço uma pergunta super retórica, pois já imaginava que ele também não soubesse.

- Logicamente eu não sei aonde estamos - ele confirma - Acordei já aqui nesta cela. Quando vi que tinha mais alguém, que no caso é você, eu tentei te acordar - ele conclui.

- Você sabe pelo menos o porquê de estarmos aqui? - pergunto.

- Antes de me jogarem dentro do carro e me injetarem alguma coisa na veia, um cara me disse que queria a minha Celestium, o que eu nem sei o que é, mas eles sabiam o meu nome, onde eu morava e tudo - ele explica - Shhhhh! Eles estão vindo por aí, melhor fingirmos que ainda estamos desacordados.

Eu deitei no chão novamente, porém fiquei de olhos entreabertos. O garoto estava com uma expressão de medo bem notável, pode se dizer que beirava até mesmo o desespero.

- Ainda estão desacordados John. Podemos continuar com a reunião - a voz grossa que não me era estranha disse em tom claro. Lembrei que a voz pertencia ao cara que me fez desmaiar no banheiro e provavelmente quem me trouxe para cá. Os passos foram se afastando, logo o garoto levantou de novo.

Ele veio até mim de novo.

- Voltando ao assunto, você sabe o que é essa tal de Celestium? - ele pergunta.

- Sim, sei. A minha é uma lápis-lazúli. Ela me permite absorver memórias, habilidades e energia vital de quem eu tocar. Por isso uso essas luvas - eu explico - Qual é seu poder?

- Que poder? Você é louco que nem aquele cara? - ele pergunta espantado.

- Só tem uma maneira de descobrir - eu digo e toco a mão na bochecha do menino que em seguida cai desacordado.

Ocorria isso quando eu usava meus poderes em alguém - Preciso aprimorar isso, pois não dá pra carregar ninguém desacordado - todos desmaiavam. E eu já tive problemas piores quando ainda não tinha controle.

Respire fundo, para me conectar com minha pedra e tentar descobrir qual era o poder que eu tinha acabado de " roubar". Fechei os olhos. Senti um ar frio tomar o interior do meu peito e pus as mãos nas grades, quando eu me dei conta tinha congelado as barras de ferro.

Chutei as grades congeladas com toda a minha força e elas, ou melhor, o gelo se quebrou. Eu estava de certa forma livre, mas ainda tinha o corpo daquele menino ali pelo chão. Ele é magro e parece leve.

E eu não o deixaria aqui de jeito algum. Não se eu não tivesse sentido que ele é uma boa pessoa. E para priorizar, foi o poder dele que nos tirou daqui.


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⏰ Última atualização: May 07, 2018 ⏰

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