Capítulo 47

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Rei narrando

Quando vi ela na cama toda cheia de sangue e desacordada senti uma coisa estranha atravessando meu corpo.

Eu não queria fazer absolutamente nada só deixa-la ali sofrendo por ter ficado com outro, mas maluco, foi como se eu não dominasse meu corpo.

Eu não queria que ela morresse, por mais que eu quisesse que ela sofresse por ter beijado aquele playba filha da puta, eu não queria que ela morresse, queria ali comigo.

Eu não sei o que tá acontecendo comigo, ela era apenas uma vadia como qualquer uma, mas de fato ela era importante.

São um bom tempo juntos, foi a que mais fiquei junto de todas, ela foi única que ficou ao meu lado quanto mais ninguém ficou, quando nem eu mesmo queria está.

Nem eu me suporto, mas a Malu tava ali passando por tudo, mas permanecia.

Olhei a Malu e passei a mão levemente no seu rosto, olhei no relógio e era três da manhã, ela era tão linda, me incomodava admitir isso, mas ela era a mulher mais linda que já vi, com aqueles cabelos pretos lisos e grandes, aqueles olhos claros da cor do mar, aquela boca com aqueles lábios grandes, aquele corpo estrutural.

Que porra é esta, eu não posso gostar de ninguém, isso é uma tortura pra mim, ela era só uma vadia como qualquer outra, não tinha importância pra mim, só não queria que ela morresse ainda, eu gostaria de fazer isso eu mesmo de outras maneiras.

Rei : não acredito que tô fazendo isso - passei a mão na cabeça - puta que pariu - soquei o volante.

Estava pronto pra deixá-la na porta da casa dela ou da amiguinha dela Julia, quando ela gemeu de dor.

Rei : não posso deixar ela assim - lutava contra eu mesmo - porra Rei não seja viado.

Quer saber que se foda, sai arrastado pro posto.

Quando estacionei o carro em frente o posto, percebi que não havia ninguém ali pra ver minha cena de viadinho.

Rei : pelo menos isso - falei suspirando.

Sai do carro e carreguei ela nos meus braços, até a recepção do posto que havia ali no morro, entrei e tinha uma enfermeira.

Enfermeira : senhor - me olhou assustado - o que houve ?

Esta mulher não era estranha, mas deixa pra lá.

Rei : PORRA AJUDA ELA, ELA PRECISA DE AJUDA - gritei e todos se assustaram.

Enfermeira : traga ela por favor - revirei os olhos porém a seguir.

Depois de um curto tempo com a Malu no colo, entrei em um quarto e coloquei na cama.

Rei : ela vai vive ? - olhei a encarando a enfermeira.

Enfermeira : ela está muito machucada - disse me olhando - pode haver que ela fique com alguns problema, ou sofrer com bastante dor.

Maria Luiza sofrer ...

Eu deveria ficar alegre com aquilo, mas pelo contrário nao fiquei, e por uma vacilação meus olhos se encheram de lágrimas.

QUE PORRA E ESTA ?

Tratei de ganhar postura novamente.

Rei : se liga coroa - chamei a enfermeira e ela se assustou - a ordem e fazer de tudo, tudo pra ela fica novinha em folha, vou deixar uns números aqui assim que ela acorda vocês se viram - deixei meu número é do Jacaré e a olhei firme - espero que ela fique bem, pro bem de vocês também - gesticulei com as mãos - entendeu senhora ?

Ela assentiu rapidamente e dei as costas saindo do quarto.

Sai de lá arrastado pra casa, algo me dizia que isso ia acabar dando merda, eu não poderia vacilar, tinha que continuar as regras do jeito que eram, sem cambalear, um passo em falso eu ia me foder de novo.

Eu não poderia deixar a Malu me dominar, porque ela tinha este poder, de me deixar extremamente fora de mim, extremamente possessivo, eu não entendia e nem poderia explicar pra mim mesmo, o que está mina causa em mim, nunca poderei explicar.

E a cada dia isso me causava ódio.

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