Capítulo 110

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Rei narrando 

Acordei com dor de cabeça do caralho, olhei pro lado e vi aquele anjo de cabelos negros dormindo, passei a mão no rosto dela sorri automaticamente.

Bagulho doido !

Rei : é morena... eu to amarrado em você cada vez mais, eu só tipo bala e tu e o calibre, minha joia rara - cochichei enquanto via ela dormi.

É bagulho sinistro, parecia quanto mais olhava pra ela, mas percebia que ela era tudo que eu queria pra mim, e um sentimento louco, gosto de acorda e apreciar cada traço do corpo dela, a forma como os seus lábios carnudos relaxam quando ela tá dormindo, na ruga dos olhos dela no sono profundo, os traços de suas curvas, ver como consegue ser tão frágil.

Eu tava enlouquecendo só podia.

Rei : como eu queria te falar cada pensamento meu, cada sentimento do caralho que tenho por ti, amo você a cada amanhecer, e, a cada beijo teu me amarro mais, tenho pena que só pode me escutar assim, por mim a gente já tava fechadão morena, você é tudo que eu sempre quis, a melhor parte de mim, mais o bagulho e louco, você toda certinha, e eu todo errado, injustiça não ? - falava a olhando.

E do cão mermo essas parada, eu aqui logo eu, falando com uma mina dormindo.

Levantei logo na maior neurose por causa de tudo.

Fui no banheiro, tomei uma ducha, e me vesti e a olhei novamente dormindo.

E meti o pé, sem fazer barulho.

Fui logo pra boca.

...

Logo cheguei lá o Jacaré tava lá fumando um baseado pensando na vida.

Rei : eae - disse seco e fazemos toque.

Jacaré : eae, onde tu tava ? 

Rei : com a Maria Luíza - ele me encarou sério.

Jacaré : pô mano, enquanto tua mulher tá la no bagulho sofrendo, tu tá com a outra ? 

Rei : na moral jacaré, não enche - falei fuzilando com raiva - não to no clima, todo mundo da quebrada sabe que ela que eu quero, tá que a catarina é da hora mano, mas fazer o que, não amo a mina, a mina tava ligada no sentimento quando se envolveu e agora todo mundo fica enchendo a linguiça falando merda pra mim, e pra ela - falei tom alto.

Jacaré : suave rei, só não acho certo - falo fumando e levantando - mas ai mano, tu e crescido tu sabe que faz. - falou e saiu.

Entrei na boca já grilado, e acendi um cigarro e sentei na cadeira.

Logo ia pro hospital.

Logo vejo a porta sendo aberta.

Vitoria : oi reizinho - disse toda saliente.

Rei : VAZA - já gritei, apontando pra porta.

Vitoria : qual foi ? não me quer mais ? vai me abandonar ? - sorriu de lado se aproximando.

Somente dele. Onde histórias criam vida. Descubra agora