vigésimo quarto *

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__Lílian, acorda _ eu escuto a voz de alguém. __ acorda, sou eu, Leonardo, acorda. _ eu sinto ele passando a mão na minha bochecha e me abraçando.

É o Leonardo, o Ricardo nunca me abraçaria.

Abro os olhos e encontro o Leonardo, Gabriel e a manu me olhando.

__ eu vi ele... Léo..eu vi ele... acredita em mim? Eu vi ele...eu vi o Ricardo.. ele me bateu.. Léo.. eu não sou uma..vadia ...Léo, eu não sou...ele quer me pegar, não deixa, ele vai me pegar. __ eu choro soluçando, eu tenho medo que tudo aconteça novamente.

__ eu não vou deixar isso acontecer, eu estou com você Lili, eu prometo que eu pegar ele, eu prometo. _ Léo diz me abraçando e olha para o Gabriel.

__ não, você não pode lutar com ele Léo, o Ricardo pode te machucar, eu não quero que ele te machuque. _ eu falo chorando, o Léo vai passar por o que eu passei, eu não quero isso.

__ eu vou falar com o Gabriel, é rápido, tenta dormir_ Léo Beijo minha testa __ eu vou estar aqui, fica com a manu tá? _ ele fala e eu concordo com a cabeça.

LEONARDO

__ vamos para delegacia? _ Gabriel pergunta sentado na poltrona.

__ o que adianta? o que aconteceu com a Lílian faz muitos anos, que prova vamos acusa-lo? _ eu coloco a camisa e o terno.

__ vamos para onde? _ Gabriel pergunta se levantando.

__ você vai ficar aqui, vai ficar acordado para abrir a porta para mim. _ eu falo pegando a chave do carro e saindo da casa da Lílian.

Tudo bem, no meu tempo de "rebeldia" eu meio que entrei em uma grupo não muito legal, fazíamos justiça com as próprias mãos. Eu sai desse grupo a anos, mas o líder do grupo está me devendo um favor por eu ter passado a liderança para ele quando eu sai, chegou a hora dele pagar o favor.

Depois de meia hora eu estaciono o carro em frente a um galpão, esse galpão fica aberto até o amanhecer e é o lugar onde acontece tudo e a polícia não se atreve a entrar.

Eu desço do carro e entro no galpão, continua o mesmo de anos atrás, um bar, ringue para lutas que só acabam com a morte e prostituição, que nojento.

__ Eu preciso do seu favor _ eu falo olhando para o Vitor, ele para de beijar uma das mulheres nuas ao seu redor e sorri.

__ quanto tempo, sente-se, quer uma? _ Vitor oferece uma das mulheres como se fossem mercadoria, inacreditável mas, eu já fui como ele.

__ não, eu só quero que me pague o favor _ eu nego me sentando no sofá de frente para ele.

__ você se esqueceu quais são as regras? _ Vitor pergunta referindo-se ao fato de ter que lutar contra um dos ganhadores para falar com o líder, caso se nege a lutar será morto, eu que criei a merda dessa regra idiota e sem sentido.

__ esse é o novo melhor lutador daqui, você vai lutar contra ele. _ Vitor aponta para um homem grande, aparentemente com 30 anos, tem uma mulher fazendo um boquete nele, sexo agora é permitido aqui, ele bate na cara da mulher quando ela termina e segura o cabelo de outra para continuar.

__ não sabia que sexo explícito e agressão contra mulheres é permitido agora. _ eu falo frio.

__ algumas coisas mudaram, mas as mulheres são bem pagas por isso, nenhuma delas estão sendo forçadas a nada _ Vitor fala __ você já sabe, ganhou viveu, perdeu morreu, você pode desistir, se quiser _ não eu não vou desistir, eu prometi a Lílian que iria proteger ela, a única forma é pegar o Ricardo, eu preciso da ajuda do Vitor, ele sabe de tudo e todos nesse estado, ele encontra o Ricardo e o resto é comigo.

Tiro o meu terno, a camisa e subo no ringue, todos os modos de luta valem, tudo vale. Se a pessoa se negar a matar a outra, a pessoa coloca a vida de qualquer pessoa que conhece em risco, a merda dessa regra também fui eu que inventei, sério, minha cabeça só poderia estar no cu.

o outro cara também sobe no ringue e começa a se movimentar, eu presto bastante atenção nos movimentos dele, eu preciso mata-lo, pessoas que entram nisso não tem família, entram nisso porque querem poder ou por dinheiro, só.

O cara tenta avançar mas eu dou um chute na barriga dele, ele tenta novamente, eu me distraio com os gritos e ele me dá socos, eu pego ele pelo pescoço e olho para o Vitor, eu não quero matar, o homem se solta começa a me dar chutes, em um movimento rápido eu quebro o pescoço dele, sim, eu acabei de matar um homem.

Desço do ringue e vou até o Vitor que está batendo palmas e sorrindo.

__ Eu quero que você encontre Ricardo Tâmaras Sultivos o mais rápido possível, o resto é comigo. _ eu falo, pego minhas coisas e saio do galpão, chega de voltar a merda do meu passado por hoje.

Entro no carro e depois de meia hora chego na casa da Lílian e bato na porta, Gabriel atende com cara de sono.

__ cara isso é sangue no canto da sua boca, sua barriga está roxa. Você foi naquele galpão, naquele que você me falou não foi? _ Gabriel pergunta assim que abre a porta.

Gabriel é o meu irmão, sempre conto tudo a ele, mas eu não vou contar que matei um homem.

__você foi ao galpão, você poderia contratar um deteve, sei lá, não precisava ir até lá. _ Gabriel fala se sentando no sofá.

__ eles são mais rápidos que qualquer detetive. Eu vou acabar com esse Ricardo, Gabriel, escreve o que eu estou te dizendo. _ eu falo me sentando na poltrona. __ a Lílian conseguiu dormir?

__ sim, esta dormindo com a manu, e o bebê está dormindo com a gabi no quarto dela. _ Gabriel responde.

__que hora é? _Eu pergunto passando a mão no cabelo.

__ quatro da manhã. _ ele responde e se deita no sofá __ eu vou aproveitar que estou no sofá e dormir aqui, você se vira.

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Oi gente!

Relaxem que vai ter outro capítulo hoje.

Eu estou com medo dos capítulos bônus chamarem mais "atenção" do que o próprio livro, o que vocês acham que eu devo fazer, parar de postar os bônus ou continuar?

Um beijo se alguém está lendo, Tchau ♡

Amor Sem Tamanho (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora