Capítulo III - Luckas

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Capitulo III- Luckas

O que estou fazendo? Me despindo perto de alguém que eu nunca vi. Isso não é algo que um hospede merece saber ou olhar, mas creio que ele gostou bastante, o seu rosto corou mostrando uma fase muito fofa e carinhosa. Acho que é uma coisa muito boa, ou ruim.

— Acho que já está bom? — Disse para mim mesmo pegando a toalha e me secando. Lembrando que ela estava com ele, encostei a toalha em meu nariz; o cheiro doce dele ainda estava nela. Era quase como uma tortura passá-la no meu corpo, com aquele aroma que não deveria sair dali. Respirei fundo novamente com a toalha em minhas mãos. Mentalizando o corpo dele nu sendo secado pela a toalha, isso fez com que meu corpo respondesse de uma forma já esperada, meu pênis mostrou uma espécie de empolgação.

Quando ainda estava pensando nele, de repente a maçaneta girou, lá estava ele na porta olhando para mim, com um cara envergonhada, olhando parado para meu corpo, um pouco m choque.

— Desculpe, não sei o que houve com o meu corpo, ele simplesmente entrou aqui. — disse ele com um olhar imensamente constrangido e se segurando para não olhar novamente para mim e para os meus órgãos genitais.

Vendo sua vermelhidão, utilizei a toalha para me tampar. Os olhos verdes água quase azulados me cercavam.

— Algum problema, deseja alguma coisa? — olhei para ele.

— Sim, quero, não, está tudo bem. — respondeu um pouco confuso.

Mesmo falando palavras aleatórias, eu sabia o que ele queria. Minha mente dizia que ele estava quase cedendo, então creio que não iria demorar muito para acontecer alguma coisa.

— Acho que vou usar o banheiro— ele disse para mim com clareza novamente, agora olhando para o chão. Não para mim e nem para nenhuma parte do meu corpo.

Enquanto seguia para o banheiro com a cabeça baixa, foi o momento que achei para colocar minhas roupas e ver como as coisas ficariam. Terminei de me vestir, fui para a cozinha fazer alguma coisa para podermos comer. Ele estava demorando um pouco, então fui para a porta do banheiro. A porta estava aberta e o chuveiro estava ligado. Ele estava agachado com as roupas debaixo do chuveiro. Deixando suas partes visíveis por causa da transparência que sua roupa molhada. Quando olhei, ele virou para mim com um olhar de culpa e menosprezo, como se estivesse vivendo um pecado; como se tivesse matado alguém e a culpa sobre caiu sobre seus ombros.

— O que houve? — perguntei, enquanto ia me aproximando de ele, para tentar tira-lo de lá. Sabia que se ele continuasse ali, iria ficar com uma pneumonia ou algo pior. — Está se sentindo bem? —

Tirei ele dali o mais depressa que pude, assim que desliguei o chuveiro.

— Você está louco?! Quer morrer?!— exclamei com raiva, vendo que ele estava todo molhado e tremendo.

— Desculpa — ele disse baixinho.

— O que? — perguntei com um pouco de secura em minhas palavras.

— Desculpa, desculpa por gostar de você, desculpa por pensar besteiras, desculpa por te amar, sem ao menos saber quem você é de fato. — Ele disse ao gritos, enquanto as lágrimas se fundiam com as gotas de água.

— Não precisa se desculpar.

O abracei, mesmo ele estando gelado por causa da água, foi o abraço mais quente que eu já tinha sentido na minha vida.

E com um piscar de olhos a água havia secado. E o quanto estava tudo claro, a minha reação foi de espanto ao ver o meu banheiro com uma luz tão forte. E me impressionava por poder enxergar mesmo com as luzes claras. Meus olhos não se incomodavam com a claridade repentina.

— Luckas, eu sou um anjo! — falou ele olhando para mim, dando para ver com clareza seus olhos, cada um de uma cor diferente, mas mesmo assim tão semelhantes.

— Desculpa, eu não estou entendendo. Você está fazendo isso? No trem foi você que nos trouxe para casa?

Tudo estava confuso para mim, ao mesmo tempo que estava claro.

A Armadilha do Anjo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora