31 de outubro de 2016

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Era tarde da noite e estava mais frio do que de costume. O ponteiro do perturbante relógio velho grudado na parede da sala ecoava por parte da casa com seu passar de cada minuto mergulhado no vazio onde todos já haviam ido dormir. Tic-tac ...   tic-tac...   TIC-TAC...

Era normal , lá estava eu, mais uma noite sem conseguir dormir, aflito, esperando  como tantas outras noites, chegasse a visita inoportuna de todas as noites.

Deitado e olhando para o teto eu permaneci me perguntando se aquela noite pelo menos aquela noite eu iria conseguir dormir, mesmo que só por algumas horas. Cada gota de barulho despertava um calafrio onde todos meus sensores mandavam um sinal de alerta que causava um forte aperto em meu peito. Repetidas vezes tentei ligar a televisão ou me distrair com redes sociais por dispositivos de bolso, mas o sono nunca me abraçava, o medo sempre vencia a guerra em minha mente. Será que eu estou ficando louco ?

02:55 AM ... Marcava o relógio, senti uma forte vontade de urinar, tive mais uma guerra em minha mente sobre ir ou não até o banheiro, meu desespero fez parecer que o velho banheiro da casa estivesse tão longe do que somente dois cômodos da casa porém a dor passou a ser mais forte me obrigando a levantar e procurar alívio imediato. Abri a porta do quarto me deparando com o corredor que me levava tanto para sala como para a cozinha e o banheiro, dei leves passos me afastando do meu quarto. Um barulho de repente me congela de medo, a ome virar vejo que era somente o vento  abrir parte da janela que ficava na parte final do corredor logo após a entrada do meu quarto o vento fazia as cortinas se mexerem deixando minha imaginação tomar conta totalmente dando forma bizarras que causavam gotas de suor frio escorrer pelo meu rosto, eu voltei até a janela e a fechei seguido de um suspiro e de alívio. Me virei para agora sim ir ao banheiro e novamente me paraliso com uma figura de fisionomia humana, aparentemente, porém como uma sombra, não era somente na parede porém parecia estar de pé logo a frente e ficou lá como se estivesse me encarando, minha respiração aumentou meu coração parecia estar saindo a força por minha garganta, todo o local parecia estar congelando, o frio era o dobro, olhei para disjuntor eu queria acionar mas parte de mim estava em choque até que conseguir tomar coragem de tentar,  mas a luz não tomou conta, tentei mais de uma vez e nada de luz, voltei a olhar em frente e aquela forma havia desaparecido, cocei meus olhos olhando novamente em direção onde estava e realmente não tinha mais nada lá.  Aliviado parei novamente olhando para o chão tentando restabelecer minha mente tentando me convencer de que era mais uma alucinação apenas como estava ocorrendo na maioria das noites, eu precisava de ajuda ! Fui ao banheiro e voltei correndo para o quarto, foi somente passar pela porta do quarto e ouvi ela fazer um barulho como se estivesse se mexendo sozinha um leve barulho dos parafusos enferrujados, eu não queria olhar não queria passar por mais nada naquela mesma noite porém uma respiração gélida passei a sentir em meu pescoço, como se algo bem em minhas costas estivesse ali parado, desta vez não fui corajoso em olhar caminhei em frente me deitei de frente para o lado  da parede da cama,  e cobri todo o meu corpo com o cobertor, fiquei ali na mesma posição por horas com incômodos. Me deparei com um calor sobre meu rosto, e uma forte luz em meus olhos que me diziam que já era de dia. 

A SombraWhere stories live. Discover now