Dating My Idol | h.s

Bye bye home

Oi gente!! Começando a nossa história e conhecendo um pouco da nossa protagonista. Espero de coração que vocês gostem. Não esqueçam de votar, criticar e comentar :)

(Espero que vocês consigam ler agora, tô tentando postar há um tempão).

Eram seis da manhã e Alexia já estava atrasada. A mala pronta estava caída no meio da sala e ela corria de um lado para o outro do apartamento enquanto escovava os dentes. O telefone não parava de tocar e ela não conseguia encontrar o maldito aparelho no meio daquela bagunça. A questão é: essa era a oportunidade da vida dela; e mais uma vez ela estava a ponto de deixar escorregar pelos dedos.

Maquiagem feita. Escova de viagem guardada. Celular, carregador... Com a lista cumprida ela se empenha em vestir o tênis e achar uma blusa de frio. Finalmente pronta, vestida e minimamente apresentável, ela encontra o telefone embaixo de uma almofada do sofá e descobre que Sophia é quem tinha ligado. Surpresa, ela retira o celular da bagagem de mão e encontra sete mensagens da amiga. Ela não sabia que Soph conseguia acordar tão cedo. A surpresa, porém, não demora nada para se transformar em decepção. Ela resolve lidar com aquilo no caminho.

O táxi chegaria em cinco minutos e ela usa aquele tempo pra olhar pela última vez para o seu quarto. A cama arrumada (ou os lençóis tortos que ela considera arrumado), a mesa de estudo repleta de papéis e livros, o guarda-roupa que ela conseguiu fechar sem que as roupas despencassem... Tudo aquilo fora o começo do sonho que hoje ela vai concretizar. Ela é apaixonada por cada pedacinho daquele cantinho que ela adora chamar de seu, e sentiria falta no tempo que precisará ficar fora.

Após trancar o quarto, ela libera o taxista para entrar no prédio e o espera do lado de fora do apartamento. A mala pesada está caída no corredor já que o peso não equilibra e a bagagem de mão está sendo revirada num ato de puro nervosismo camuflado de preocupação de estar esquecendo alguma coisa. Ela escuta os passos na escada e presume ser o motorista.

"Bom dia senhorita... Alexia, certo?" o homem de meia idade pergunta depois de checar no celular.

"Bom dia. Isso mesmo. Muito obrigada por subir pra me ajudar... Eu não sei o que aconteceu com essa maldita mala" ela responde enquanto o homem levanta a mala sem esforço. Ele nem responde à reclamação, apenas faz um sinal para que ela o acompanhe.

Ela fica grata por isso. Eles passam pela portaria e logo ela já está acomodada no carro e escuta o homem sintonizar numa rádio popular. Assim fica claro que o taxista não quer conversa. Apesar de achar uma falta de educação, é tudo que ela precisa hoje, de silêncio. Quando o carro começa a percorrer a avenida, ela resolve lidar com o problema Sophia. As sete mensagens eram reclamações sobre o mais novo namorado da amiga, e Alexia não pode deixar de suspirar tristemente ao ver a foto de perfil da amiga. Era uma foto dela com Caio, o novo namorado e uma parte do coração partido de Alexia.

Sophia sempre esteve presente na vida de Alexia. Elas foram vizinhas de prédio desde que a memória de Alexia consegue alcançar e a amizade foi uma consequência da convivência. Sophia sempre foi a mais bonita, engraçada e chamativa dentre todas as amigas, e a garota sabia disso. Alexia é quem nunca soube lidar com esse fato. Sophia sempre fora o sol, e a Alexia era a sombra que ninguém percebia. Durante a época de escola, os garotos só falavam com Alex para conseguir o telefone de Sophia, saber onde a Sophia mora, "Alexia, será que você pode fingir que me conhece pra ela falar comigo?". Três anos assistindo Sophia conquistar a escola. Três anos escutando Sophia chorar, rir e viver na vida de Alexia enquanto ela só existia. "Você não tem boca para terminar essa amizade tóxica filha, essa menina nem se importa com você". A frase da mãe ecoava na sua memória todas as vezes que ela se sentia triste pelas atitudes de Soph. Os fatos contados assim parecem totalmente irrelevantes, mas ao ler as mensagens da amiga, Alex sentiu tudo voltando de uma vez só.