Capítulo 8

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Anabela

Faço força na minha mão para me segurar, eu não posso cair, eu não posso deixar que eles me apanhem. A minha respiração esta alterada e o meu pânico aumenta á medida que os homens do Afonso se aproximavam, eu tinha de fazer alguma coisa. Fiz toda a força que consegui com os pés contra a parede, e estiquei o outro braço na direção da pedra da janela onde já estava a outra mão, e quando a alcancei, agarrei-a com toda a minha força e saltei para dentro de casa.

Respirei de alivio, mas o meu corpo ainda tremia desesperadamente, eu estou aterrorizada, nunca pensei estar em tal situacão. Os guardas andavam de um lado para o outro a procura de qualquer coisa que pudesse ter originado o barulho, e por fim chegaram a conclusão que deveria ter sido só um gato. Caminhei lentamente em direção ao meu quarto ainda a tremer, abri a porta devagar para não fazer barulho e encontrei o meu quarto todo remexido, a cama desfeita, livros pelo chão, roupa, todas as gavetas abertas, era obvio que eles tinham estado a procura de algo.

Peguei numa mochila e comecei a apanhar alguma roupa do chão para levar comigo. Depois de ter tudo que precisava, corri até a sala, que estava igualmente destruída e fiquei feliz por não terem descoberto o pedaço do soalho deslocado onde guardo o dinheiro. Não sabia o que fazer, estava desorientada, aquela casa não era mais um lugar seguro, nem para mim, nem para a minha Mãe, eu tenho de fugir, mas nem sei para onde, se ao menos o Filipe estivesse aqui, ele teria com certeza um plano! Olhei uma ultima vez para o que me rodeava, numa espécie de despedida, e corri para a porta da frente, olhei pela janela do meu quarto e os três homens continuavam nas traseiras, apressei-me a correr ate a minha bicicleta, que estava encostada ao portão há vários dias, e comecei a pedalar com a mochila ás costas, e com medo de ser apanhada, sai da minha rua por outro caminho.

O vento batia com força no meu rosto, os meus cabelos despenteados tapavam o rosto, e não consegui evitar uma lágrima que deixou a sua marca no meu rosto. E agora? O que é que eu faço? Embora não tivesse planos, o meu subconsciente arrastava-me sempre para o mesmo sítio, a floresta. Eu e o Filipe, a cerca de um ano tínhamos construído uma casa da árvore só nossa, não era o melhor sitio para ficar, mas na realidade não me ocorria qualquer outro neste momento. Escondi a bicicleta nos arbustos e deixei-me cair sobre terra.

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⏰ Última atualização: Jan 11, 2018 ⏰

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