33. Desculpas

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"Tenho ótimas notícias, Wendy. Prepare o seu coração. Arrumei um comprador para aquele quadro. O que você acha de vinte mil dólares por ele?"

— Ai, meu deus! — gritei sem conseguir me conter. — Zayn! — o chamei.

— O que aconteceu? Você está bem? — perguntou desesperado.

Não falei mais nada, apenas entreguei meu celular em sua mão.

— Isso não é incrível? — perguntei completamente animada.

— Wendy... — o que sua expressão me dizia não era exatamente o que eu esperava. — Eu não posso vender aquele quadro. — eu definitivamente não estava esperando por aquela reação. — Ele significa muito para mim e tem um valor sentimental enorme. — com suas palavras minha animação foi para o espaço em meio segundo.

— Eu não tinha pensado nisso. Me desculpa se eu fui insensível. — me senti realmente mal por ter agido daquela forma quando, na verdade, eu não deveria.

— Está tudo bem, Wendy. — disse me abraçando, comprovando que suas palavras haviam sido sinceras. — Eu entendo que você procurou ele só para me ajudar e eu te agradeço por isso. — se afastou de mim minimamente para conseguir olhar em meus olhos. — Você é incrível. — sorri automaticamente ao ouvir seu elogio. — E eu sou muito sortudo por ter você ao meu lado.

As batidas do meu coração ficaram descompensadas, como se eu tivesse acabado de correr uma maratona, e aquilo era a prova do efeito que ele tinha sobre mim.

Um cheiro forte de café entrou em minhas narinas e minha boca salivou em resposta. Tive certeza de que Zayn sentiu o mesmo quando seus olhos desconectaram-se dos meus para prestar mais atenção naquele aroma.

Caminhei até a cozinha para me servir e ouvi os passos de Zayn atrás de mim. Enchi uma xícara que achei em um dos armários da cozinha e vi o moreno imitar minhas ações para se servir.

Vi Zayn segurar uma risada quando aproximei a xícara da minha boca, mas resolvi ignorar, querendo apenas degustar aquele líquido escuro e quente. Assim que um gosto amargo invadiu minha boca, meu namorado explodiu em risadas ao ver minha careta.

— Está sem açúcar, e você sabia, mas não me avisou! — me mostrei chocada com sua atitude.

— Você fica tão bonitinha assim. — Zayn disse com a voz melosa e fez um biquinho se aproximando da minha boca para me beijar, mas fui mais rápida e desviei.

— Não quero que você me beije! — tentei segurar um sorriso que insistia em tentar ocupar um espaço em meu rosto, mas não tive sucesso porque Zayn já havia sacado o meu fingimento.

— Quer sim. — ele prendeu meus braços em um abraço para tentar me beijar e mesmo que eu tentasse, eu não conseguia me desvencilhar já que sua força era o dobro da minha.

— Não! — gritei, tentando fugir de seus selinhos, mas sem parar de gargalhar nem por um segundo.

Teríamos continuado a ficar assim se a campainha não tivesse tocado, chamando a nossa atenção para a porta de entrada no mesmo instante.

— Não é possível. — reclamei, revirando os olhos, irritada por terem interrompido meu momento de descontração com Zayn.

Virei a chave na fechadura para abrir a porta que revelou quem eu menos esperava. Meu amigo, Niall. Suas vestes denunciavam o motivo pelo qual ele estava ali e bufei já pensando no que seria.

— Vá se arrumar, vamos à praia. — falou animado.

— Ah, não. — recusei virando de costas e voltando para onde meu café estava, ignorando o loiro.

The First Flower • zjmOnde histórias criam vida. Descubra agora