Capítulo 4 [EDITADO]

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    Allan e eu entramos no carro, estava com meu enorme buquê no colo, ele começou a dirigir e eu nem fiz questão de perguntar para onde. Pela primeira vez não estragaria seu tão desejado elemento surpresa. Não passamos muito tempo no carro e chegamos ao local planejado, o moreno abriu a porta do carro para mim e me ajudou a descer, era um parque.

-Depois de tanto tempo trancada imaginei que gostaria de ficar ao ar livre por um tempo.

   Ele disse segurando minha mão e olhando para o céu limpo de nunvens, azul. Era um parque muito bonito, no centro tinha uma lagoa com pequenas fontes, muitas crianças brincavam e vários animais corriam de um lado para o outro com seus donos. Tão confortável. Sentamos a beira do lago na grama, estavamos sem sapatos, era tão bom sentir a grama húmida e gelada nos meus dedos. Peguei um pouco de água com as mãos e joguei nas minhas flores.
   Allan e eu deitamos na grama, estava abraçada com ele, o clima estava tão bom, aquele era de longe o melhor dia do meu ano. Passamos a tarde conversando sobre coisas bobas como como o time da May ganhou a última partida amistosa e ele aprendeu várias outras músicas no violino, planejou todos os nossos próximos aniversários do ano, quais raças de cachorro nós mais gostávamos... Mais no fim da tarde o Sol ja estava se pondo. Sentamos e assistindo ele se despidir até ficar de fato escuro e voltamos para o carro.
   Fomos até a faculdade onde recebi vários cumprimentos e respondi várias perguntas, Allan sempre tentava afasta-los dizendo que eu estava cansada e precisava dormir. Não sabia se ele achava aquilo mesmo ou se só sabia que eu não queria falar com ninguém, talvez um pouco dos dois. Chegamos no quarto e Cat não estava. Tomei banho e troquei de roupa ficando confortável, o moreno só saiu tirando tudo até ficar so de short já que ele não tinha roupas ali para trocar. Ligamos a tv e ficamos deitados abraçados vendo filmes até tarde.

-Maia?

   Olhei para ele. Allan não sorria para mim como sempre mas também não parecia bravo, só... sério.

-Você acredita no que eu falei no hospital?

   Desviei o olhar para a televisão mesmo não estando prestando a minima atenção no filme. Eu não sabia o que responder. Ele virou meu rosto para o dele delicadamente e fez carinho na minha bochecha.

-Eu te amo, Maia. Eu quero verdadeiramente passar a minha vida com você, ajudar nas suas dificuldades e estar lá para ver suas separações e conquistas. Eu quero acordar de manhã sabendo que mais tarde vou ouvir você tocando e cantando na sala de música, quero tocar para você todos os meus sentimentos e enxugar suas lágrimas.

   "Não quero que você seja essa caixinha de preocupações sozinha e se você voltasse para aquele hospital denovo eu passaria todos os meus dias indo te vistar novamente sem pensar duas vezes. Simplesmente porque eu te amo."
   Eu olhei para ele com lágrimas nos olhos e Allan não esperou nenhuma resposta minha, só pegou seu violino, sentou na cama e começou a tocar para mim.
   "I got all I need when I got you and I
I look around me, and see a sweet life
I'm stuck in the dark but you're my flashlight
You're getting me, getting me through the night
Can't stop my heart when you're shining in my eyes
Can't lie, it's a sweet life
Stuck in the dark but you're my flashlight
You're getting me, getting me through the night
'Cause you're my flashlight"
   Enquanto ele tocava e eu chorava em silêncio, observava as flores que se abriam e empestiavam o quarto com o aroma doce e suave das pétalas brancas.
   Naquele momento eu lembrei de quando eu e minha irmã estávamos no jardim botânico, passávamos pelas flores cheirando todas, escolhendo as mais bonitas, apreciando as cores, os desenhos das pétalas, os formatos, os aromas, saímos de lá tentando decorar todos os nomes de todas as plantas, suas utilidades e famas. Naquele dia Natália resolveu que faria botânica, os olhos delas brilharam quando ela falou isso, nós éramos pequenas, naquela semana Natália catou todos os livros sobre plantas que conseguiu e aquilo virou seu hobbie.
   Eu ficava apaixonada quando ela me contava todas as curiosidades que aprendia, e ela aprendia muitas muito rápido. Eu nunca tive esse dom. Então foi decidido que ela faria botânica. Depois de uns anos, nós crescemos obviamente e percebemos que nossa paixão e curiosidade não eram o suficente para nos sustentar no futuro, nossos pais prescisavam de dinheiro e nós queríamos ajudar. Mas nunca passamos necessidade. Natália se formou em medicina mesmo não gostando muito. 1 anos depois ela morreu em um incêndio, um acidente dentro de um laboratório do hospital. E eu vim fazer botânica por ela.
   Depois de tudo que nós passamos, ela era meu amor verdadeiro, minha amiga, minha irmã. Nunca ia me julgar, criticar por más intenções, me sabotar... fazer nada simplesmente humano contra mim por mais sutil que fosse. Será que depois desse ano eu encontrei meu novo amor verdadeiro, alguém que eu possa amar tanto quanto minha irmã? Alguém que não vai me ajudar a esquece-la mas a supera-la e guarda-la apenas como uma boa lembrança e não como peso de luto?
   Quando todas as flores desabrocharam eu fechei os olhos e perguntei para minha estrela no céu se era ele, se poderia ser ele... Allan parou de tocar e eu abri os olhos. Ele se sentou do meu lado e segurou minha mão, o moreno ia me puxar para um abraço mas eu o beijei. Não foi um beijo bruto, não foi um beijo possessivo, nem exasperado. Foi um beijo lento e calmo, conforto, que me fez parar de chorar e olha-lo nos olhos. Eu sorri para ele e ele me devolveu um sorriso lindo e feliz.
   Aquele era meu final feliz.
   Ele me beijou mais forte quando eu disse pela primeira e não última vez...

-Eu te amo, Allan.

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Ahhhh depois de mais de um ano finalmente terminada
Agr so vou corrigir ne pq eu reli p fzr esse último cao e tem um erro pior q outro
Dscp a demora infinita bjs♡

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Porque você ficou? [CORRIGIDA-COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora