Capítulo 8- A vida é cruel III

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Pov Lucas...

    Acordei numa cama grande, os raios do sol que passavam pelas cortinas iluminavam me os olhos, tornando difícil abri los. Tudo era me estranho e desconhecido, eu realmente não me lembrava do que me tinha acontecido, desde que tinha aberto o portão da fazenda na noite passada. A minha cabeça andava a roda e que dor, dolorosa que eu sentia na parte de traz do crânio. De repente, os meus olhos congelam no outro extremo da sala,  uma mulher idosa olhava para mim sentada numa poltrona.

Eu tentei endireitar me.

     - Quem é a senhora? E onde estão os meus amigos?

    A mulher caminhou até mim sem dizer uma palavra e veio ajoelhar-se perto da minha cama, ela agarra me suavemente no pulso e desenrolou a ligadura que tinha . Apertei os dentes quando ela puxou rapidamente a ligadura e olhou hesitante para o meu pulso. Uma ferida vermelha infectada substituiu o pequeno arranhão que estava no meu pulso desde que o zombie  empurrou me contra a parede. A mulher começou a desinfetar a minha ferida.

     - Eu sou a dona deste lugar- disse ela calmamente.

Ela continuou o que estava fazendo e depois colocou uma ligadura nova ao redor do pulso.

     - O que estou a fazer aqui?

     - Ontem à noite, tu e os amigos tentaram invadir a casa, o meu marido achou que era um zombie tentando abrir a porta, ele pegou num taco de basebol e bateu te com ele antes de ver quem era.

    A calma com que ela me contava, surpreendeu me, finalmente entendia de onde vinha a dor de cabeça.

     - Mas onde estão meus amigos?

     - Não te preocupes com eles, eles estão seguros aqui em casa, ficarás aqui até estares recuperado, depois vão ter que ir embora.

Ela levantou se silenciosamente e foi até a porta;

     - Vou dizer aos teus amigos que venham te ver, voltarei esta noite para verificar a tua ferida.

E sem eu tive tempo de dizer uma palavra, ela saiu do quarto.

    Poucos minutos depois, Lucyl entrou no quarto, ajoelhou se ao lado da minha cama e deu me um leve beijo nos meus lábios.

     - Estás bem coração?

     - Imagina estou a viver um show dentro da minha cabeça, podes me explicar o que aconteceu?

     - Bem nós fomos até a entrada e tu querias entrar primeiro, eu tentei  reter te, mas não me deste ouvidos, a porta abriu se... e de repente caíste no chão. As luzes da entrada acenderam se um homem estava na entrada, com a mão no interruptor, petrificado, ele não esperava encontrar sobreviventes. Trouxemos te até este quarto e aqui estás tu, um dia inteiro.

     - Espera, um dia? Mas deveríamos ir para o campo de sobrevivência o mais rápido possível.

     - Não estava fora de questão abandonar te Lucas, o campo pode aguardar um dia ou dois.

    Ele sorriu, de repente e abriu a porta: Emy e Morgana desabaram no chão do quarto e Bellamy, Henry e Murphy riram se. Eu não pude deixar de sorrir também.

    O dia foi calmo, conversei com os meus amigos e recuperei forças, pouco a pouco, o proprietário da fazenda também veio me ver, pedindo me desculpas e para ter certeza de que eu estava melhor. Eu estava pronto para seguir caminho novamente no dia seguinte. No final da noite, a esposa do fazendeiro veio se juntar a mim ao quarto, ela perguntou me se eu me sentia melhor e voltou a tratar da minha ferida.

    Quando ela tirou a ligadura, a mulher fez uma cara estranha, que não me tranquilizou. A minha ferida  espalhou se, estava ligeiramente inchada, ainda infectada e espalhou pelo meu antebraço.

     - Era o que eu temia- disse ela, olhando me tristemente.

     - O que se passa?

   Ela simplesmente não falou por um momento que parecia durar uma eternidade, e finalmente, começou a falar.

     - Foste mordido por um zombie?

      - Não, não, nunca, ontem, um zombie, apenas empurrou me violentamente contra uma parede, mas ele não ...

   De repente, não pude falar, veio me a memoria a cena toda... aquelas  longas unhas esverdeadas perfuraram um pouco o meu pulso.

- O meu pulso ... um deles arranhou-o levemente quando fugimos. Mas a ferida era muito pequena e eu não me doía nada ...

   A mulher se aproximou de mim e pegou na minha outra mão, ela olhou para mim por um momento, parecendo procurar as suas palavras.

     - Ah não ... a tua ferida nunca vai curar completamente, mesmo que não sintas dor, poderás atrasar a propagação desinfetando a ferida, mas não desaparecerá. Levará tempo, algumas semanas, mas vai se espalhar cada vez mais e mais, até chegar ao ponto em que a infecção contaminará o teu sangue. E acabarás por morrer, sem necessariamente perceber. Desculpa ...

    Várias lágrimas escoriam pelas minhas bochechas, por que eu? Quando eu finalmente estava seguro, com a Lucy, o pequeno Henry e os meus amigos. No momento, em que tudo estava a melhorar, dizem me que vou morrer.

     - No momento certo, terás que tomar a decisão certa, podes atrasar, mas não escapar do inevitável, que conheces.

Ela calmamente terminou o curativo e saiu do quarto. Lucy  juntou se a mim no quarto, ela  deitou se ao meu lado e agarrou me nos seus braços.

Por quanto tempo poderei lhe esconder a verdade ...

Continua...

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Novo capitulo..... Pois é parece que o Lucas vai :/...

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