Capítulo 5- A Vida Continua... II

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Foto (Murphy)

Pov Lucas...

Descemos alguns minutos depois para o salão para comer os restos que encontramos na geladeira. Todas as janelas de fácil acesso tinham sido barricadas, o que tornou a sala principal escura  tivemos que usar velas para  iluminar. A refeição foi curta, mas permitiu recuperar forças para a próxima viagem. Mas o moral já se encontrava esgotado após os eventos passados.

Eu tinha perdido o meu irmão a algumas horas e certamente o resto da minha família, e a minha namorada também. Emy, ela não tinha notícias dos seus pais que haviam deixado a casa vazia, o que não era um bom sinal de todo. E a Morgana estava na mesma situação. Apenas Murphy ainda tinha o direito de manter alguma esperança. No momento, as nossas várias expedições permitiram nos recuperar algumas roupas, equipamentos de primeiros socorros e alimentos para sobrevivermos durante mais alguns dias, mas depois de passar mos por todas as casas, qual será o nosso destino, o nosso próximo objetivo. Certamente faltava nos informações essenciais para saber para onde ir....

...

No dia seguinte, retomamos a estrada, a minha casa encontra se no décimo primeiro distrito e, como era impossível usar o metro, teríamos que andar.   Caminhávamos a mais de uma hora pelas ruas, alguns raios de sol escapavam se entre as nuvens  aquecendo o meu rosto. Estranhamente, quanto mais me aproximava da minha casa, mais relaxado eu ficava, pois finalmente eu iria ficar a saber o aconteceu.    

- Ainda falta muito Lucas?  perguntou Morgana de repente.

Paramos abruptamente, sem querer ela tinha falado alto demais, alto o suficiente para os zombies a ouvir. Sua voz ecoou por alguns momentos até ao outro lado da rua. Murphy fez um gesto e, de repente, todos nos encostamos à parede de um velho prédio, bloqueando a respiração e observando qualquer som ou movimento suspeito.   Uma pedra foi ouvida rolando suavemente no pavimento. E de repente eu vi, caminhando lentamente, irregularmente, e cambaleando na rua, o cabelo justo, antes impecável, manchado com sangue seco.    

- Vitória... - murmurei, incapaz de imaginar que ela agora um zombie já foi uma das minhas amigas.

    - Eu cuido dela- disse Murphy, que apercebeu se  que eu a conhecia.  

Ele tirou a faca de cozinha do seu cinto e aproximou-se dela. Quando ela o viu, atirou se sobre ele, soltando um grito afiado, com os braços abertos para comer a sua presa. Mas Murphy não lhe deu tempo de ela o tocar, com um golpe rápido ele plantou a lâmina da sua faca em cheio na cabeça e o zombie, caiu, inerte, no chão.

A cena nos desconcentrou, pelo menos o tempo suficiente para que não víssemos um outro zumbi que avançava em direção de Murphy. Foi Henry quem gritou primeiro:    

- Murphyyyyy!!!

Continua...

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Um mini capitulo :). Será que Murphy vai sobreviver?

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