Capítulo 8

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A reunião transcorreu normalmente após o incidente na copiadora. Meu pai e o senhor Namikaze fizeram o acordo de associação das empresas, e Naruto reforçou sobre a colaboração no recuperamento da H Arquitetura e Construtora.

Antes de irem embora, meu pai aproveitou para trocar algumas palavras com Naruto, dessa vez como genro, e eu ri baixinho quando percebi um leve nervosismo tomar conta do loiro.

O velho senhor meu pai causava esse efeito nas pessoas. Sua feição sempre fechada e dura, não passava de uma encenação. Eu sabia o quanto o senhor Hiashi se derretia quando estava a sós comigo e Hanabi.

Acompanhei os dois loiros até a saída, juntamente com meu pai, que mais uma vez agradecia-os, logo em seguida se despedindo.

Fitei Naruto, e percebi que ele também me olhava. Como um bom casal deveríamos nos despedir de uma forma que os casais se despedem, certo?

Olhando de lado percebi olhos tão azuis quanto os do meu atual marido nos observarem atentos, à procura de uma brecha que provasse o seu pensamento já desconfiado desde o início. O Sr.Namikaze seria uma peça difícil nesse quebra-cabeça.

Me aproximei de Naruto e depositei um beijo casto em cima de suas marquinhas na bochecha.

- Até mais, amor. – disse um pouco mais alto que o normal para que fosse audível aos presentes ali perto.

Naruto fez uma careta engraçada para mim com o tratamento e eu revirei os olhos, sorrindo disfarçadamente. Dei um tapa de leve em seu peito repreendendo-o e enlacei seu pescoço em um abraço rápido, que foi prontamente retribuído.

- Até mais, bonitinha. – disse desfazendo o contato de nossos corpos, e se despedindo.

~~~*~~~*~~~~

A semana passou voando, e com ela bastante progresso na H Arquitetura e Construtora. Tudo estava entrando nos conformes, e até alguns clientes começamos a receber novamente.

Parecia que nossas vidas estavam voltando ao normal finalmente, bom, exceto pelo fato de que hoje eu me mudaria para o apartamento de Naruto. Não que isso seja tão ruim, ou absurdo, pelo contrário, conversamos todos os dias por mensagens nos tempos livres a fim de nos conhecermos mais, o que acabou nos rendendo uma melhor convivência, mas eu ainda continuava um pouco incomodada, afinal, iria sair do meu belo cafofo, para ir morar com outro homem, e ainda de fachada.

Suspirei mais uma vez naquela manhã de sábado enquanto comia minha torrada. Sakura me olhava confusa do outro lado da mesa.

- Parece até que tá indo pra forca. – falou concentrada no seu pão integral.

- Ah. – sorri sem graça. – Só não estou tão ansiosa como você. – a vi abrir um sorriso de canto.

- Eu não tô ansiosa. Só estou um pouco feliz porque é um grande passo pra mim e pro Sasá.

- Um pouco? – ri – Devia se olhar no espelho. – ela me mostrou a língua e se levantou terminando sua refeição.

- Levanta essa bunda daí e vamos terminar de arrumar nossas coisas. Nossos homens chegam no final da tarde, e temos que deixar tudo limpo pro síndico até às 19h.

- Eu já te falei que ele não é o meu homem. – revirei os olhos me levantando para lavar a pouca louça na pia.

- Ué, e você tá casada com o quê? Um poste? – debochou e subiu as escadas me deixando para trás. – E anda logo.

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Eu e Sakura já havíamos desocupado boa parte das coisas do apartamento, no mais faltavam só as malas de roupas e utensílios de uso diário.

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