A Dama e o Vagabundo

16°

I feel so good today. 👊

Chegamos na casa do Lucas e já está tudo claro. O sol saiu, uma coisa linda!

Meu rosto deve estar cheio de rímel e lápis escorrido, deve não, com certeza esta. Por causa do choro.
Essa foi a pior noite da minha vida, por que não fiquei deitada quieta?

Entramos, está tudo em um silêncio, um clima tenso.

– Vem, vamo pro meu quarto.
– Seu quarto?
– A gente só vai conversa cara.
Ele não falou um "a", o caminho inteiro. Só mandou eu me segurar e saiu em disparada.
– Ok.

O sigo até seu quarto, ele abre a porta e me da passagem.
O quarto dele é normal, quarto de adolescente. Afinal quantos anos ele tem? Nossa ! Eu não sei. Só agora me dou conta disso.

O Lucas tira o sapato, a blusa e se senta na cama. Precisava tirar a blusa? Não, está fazendo frio.

– Senta ai.
Me sento na beirada da cama.
– Porque você faz isso Chloé?
– É difícil Lucas.
– Me conta.
Abaixo a cabeça e fico calada.
Sinto o colchão seder ao meu lado, logo após suas mãos nas minhas. Essa sensação, morreria por ela.
– Porfavor.
– Tá bom.
Conto pra ele toda a história do meu irmão, do meu trauma de motos. Ele diz que vai andar bem devagar comigo agora. Que ele não sabia, realmente.

Término de contar tudo e ele me abraça.
Segura meu rosto e me dá um selinho.

– Me perdoa por ter falado daquele jeito com você ? Eu tava nervoso, porque não te encontrava e quando te encontro te vejo daquela forma, isso mexeu comigo de um jeito.
– Perdôo.
Fazer o que né, quando a gente ama é assim.

Não pergunto nada sobre a arma que ele estava segurando, ele jogou fora então está bem.

Ele pega no meu rosto e me beija.

Nos separamos.
Me levanto pra ir pro quarto da Lorrany.

– Ei dorme aqui Chloé.

Pensando bem.
Não seria nada mal, não tem nada demais em dormir aqui. E só dormir mesmo.
– Está bem.

Tiro meus sapatos e me deito.
Ele apaga a luz e se deita junto a mim, me vira de costas pra ele e põe o braço por cima da minha cintura. Sem ao menos pensar coloco minha mão encima da dele.

– Dorme bem pequena.
– Dorme bem loiro.
S

into ele dá uma risadinha, sei que ele gostou do apelido.

Dormimos de conchinha.
Me sinto tão bem, aqui, nos seus braços.

Acordo, abro meus olhos devagar.
Olho pro lado e vejo que o Lucas não está mais aqui. Esse menino levanta cedo.

Pego minhas coisas e vou até o quarto da Lorrany.

Bato umas três vezes e nada. Meu Deus! Como dorme, o oposto do irmão.

– LORRANY!
Grito.
Ouço ela levantar.
A porta se abre e eu dou um paço pra trás.
Quem é esse homem? Meu Deus do céu, essa senhor é gigante, o que ele está fazendo no quarto da Lorrany ? Nossa!
Coloco a mãos na boca, pensava que ela não fazia essas coisas ainda, ela é tão nova pra isso.
Para Chloé, você não tenho nada haver com a vida dos outros.
Mais esse homem parece ser bem mais velho.

– Eu queria a minha bolsa que está ali ao lado da mesa.
Aponto para minha bolsa no chão.
Ele vai até lá pega minha bolsa e me entrega.
– Eu so...
Bate com a porta na minha cara.
Que mal educado.
Aparenta ter uma idade bem avançada, devia ser respeitoso, mal educado.

Entro no banheiro, faço minhas higienes.
Tomo um banho, lavo meu cabelo, os seco. Me visto e saiu.

Ponho minha bolsa do lado do sofá e me sento.
Já que não tem nada pra fazer, vou assistir a televisão.

Minutos depois começa a vim sons do quarto da Lorrany, minha nossa senhora!

– Oi !

O Lucas pula em cima de mim e me beija.
Esse menino está me deixando louca.
Me sinto tão bem, tão feliz ao lado dele.

Ele me põe entre suas pernas e fica mexendo no meu cabelo. Que delícia.

Do nada me vem uma coisa na cabeça.