azul cobalto

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Uma vez, sonhei que era lançada ao mar de um enorme pássaro voando no céu. Eu tinha correntes nos pulsos e bolas de canhão amarradas aos pés.

Enquanto meu corpo perfurava a atmosfera, um sorriso sutil crescia em meus lábios. Desfrutei da sensação de liberdade o máximo que pude antes que meu corpo encontrasse a água. Pensei na possibilidade de sangrar, rasgar o comprido vestido azul, dissolvendo-me junto à escuridão da água.

Meu corpo atingiu a água e, ao invés de me reconhecer como intrusa, acolheu-me como parte sua. Logo, eu era um oceano vasto. Sem medo, soltei o ar, afundando no denso da água.

A escuridão oceânica não parece perigosa quando te puxa. É como um sinal.

Lá estava eu, enrolada em um azul cobalto, dissolvendo e espalhando.

Acordei de repente.

Fechei os olhos.

ㅡ coelhinha. loona | jinsoulOnde histórias criam vida. Descubra agora