Vivências e reticências

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O bater da porta anunciava a chegada da professora de português. Ela se apresentou, contou como chegou até lá, faculdades que fez, sonhos que tem, dificuldades que enfrentou...

Passamos um tempo ouvindo calados, apreciando cada vivência e procurando tirar ao máximo conhecimento de tudo aquilo, que provavelmente passaríamos.

Como aquele era o primeiro dia, e ainda os horários estavam bagunçados, passamos quase o período todo com dinâmicas e enrolação, até que tudo estivesse organizado.

Mais uma vez aquele barulho agudo atravessava meus ouvidos, era o sinal do intervalo. Todo aquele silêncio foi quebrado, e os alunos se dispersaram. Descemos as escadas que dava direto ao pátio. Se via agitação, um amontoado de energias, pessoas diferentes, com sentimentos diferentes, vivências diferentes...

Era tudo novo, pessoas novas, colégio novo. Na verdade estava todo mundo meio quieto, isolado, tapado, afinal, ninguém se conhecia ali...

É claro que tinham aqueles que faziam amizade de cara, aquelas pessoas que só de olhar dá alegria, que traz felicidade no olhar e não tem vergonha de conversar como se conhecessem há anos...

Já eu, fiquei quieta, ora por timidez, ora por não querer fazer amizades precipitadas e acabar me dando mal no final, sempre foi assim, agora tinha que ser na calmaria...

Afinal, ainda tinha muitas reticências pela frente, não queria adiantar os pontos...

A Música Que Te FazOnde histórias criam vida. Descubra agora