CAPITULO 1 - Sophie

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Minha mãe sorri ao me ver descer as escadas ela é linda sempre parece ser muito mais nova que sua idade, seus cabelos loiros e seus olhos verdes fazem de mim totalmente diferente com meus olhos castanhos e meus cabelos pretos, a diferença é muito óbvia quando se trata de nós duas.

 Sorrio me sentando pra tomar meu café.

— Hoje temos uma mudança e muito o que fazer. — Diz se sentando ao meu lado. — Esta feliz com a viagem? — Me olha preocupada.

— Quem não gostaria de ir morar em Nova York? — Eu com certeza! — Estou muito feliz. — Minto.

— Que bom filha, Eu prometo que essa será a ultima viagem. 

— Sei que é o melhor mãe, não se preocupe. — Depois do café foi só organização. Com a mudança pronta não falta mais nada.

Conheci uma senhora no avião muito estranha que me encheu de perguntas como: se eu era adotada, como minha mãe me criou e qual era o trabalho dela. Se eu respondi? Sim. Não tinha motivos para mentir.

A noite em Nova York é magnifica com muitas luzes e prédios simplesmente um lugar perfeito para tirar uma fotografia. Minha historia de vida até aqui me ensina a não criar laços fortes  com o lugar  nem com as pessoas, aprendi que todos querem ser amados mas que poucos estão dispostos a amar. Então meus lindos se querem uma dica anote e guarde " Aprenda a amar primeiro amando a si mesmo e então transmita esse amor" desse jeito não vai machucar ninguém e vai ser capaz de se curar caso alguém tente te magoar.

— Lar doce lar — Minha mãe diz ao abrir a porta do apartamento e me dar passagem para entrar na frente.

"Lar" essa palavra é novidade para mim então esse será nosso recomeço, onde viveremos sem fugir de nada nem ninguém, Espero.

— É realmente lindo. — Digo olhando ao redor.

— Gostou mesmo? Estava pensando em redecorar os quartos e a sala já que na cozinha eu nem chego perto — Sorrio.

— Realmente a senhora cozinha muito mau.

— Me lembre de contratar uma cozinheira o mais rápido possível se bem que a senhorita nessa idade tinha que no mínimo saber cozinhar.

— Me deixe longe da cozinha que tudo vai dar certo — Digo  me sentando no safá logo ela faz o mesmo ficando do meu lado.

— Amei o lugar só espero não ter que me mudar dele também.

— Não se preocupe com isso agora, ainda temos muitas coisas pra arrumar inclusive sua matrícula viu mocinha, não pense que esqueci que você tem que terminar os estudos.

— Sim senhora.

...

Tudo ocorreu muito rápido logo após a mudança conseguimos resolver tudo que era necessário.

Olho nas prateleiras o preço dos produtos para o novo apartamento, olhando para o alto me atrapalho e escorrego em uma poça de água. 

— É agora que vou bater a cabeça e morrer certeza. — Penso. Tudo acontece em segundos e quando acho que vou bater no chão sinto mãos me segurarem.

Abro os olhos que havia fechado com o susto e vejo o dono das mãos que me salvaram, seus olhos são azuis e  seu sorriso cínico me faz lembrar que ainda estou em seus braços e o olhando feito louca.

Levanto o mais rápido possível sacudindo minha roupa e olho pro garoto que me olha como se eu fosse uma retardada.

— Que foi? Não me olhe como se eu fosse maluca. — suspiro e o olho com raiva.

— De nada, foi um prazer te ajudar — fala irônico.

— Obrigada.

Pego minha bolsa do chão e saio dali o mais rápido que posso. o que tem de bonito tem de chato, ninguém é perfeito! Chego no apartamento e encontro minha mãe dançando e rodopiando pela cozinha.

Ela é realmente de se invejar, às vezes penso como pode uma mulher tão jovem ser mãe de uma menina de 17 anos, não é preconceito mas minha mãe tem uma juventude de se impressionar, ela nunca me falou sua idade sempre diz que idade é algo que não deveria importar quando se esta vivo.

— SOPHIE, onde esta o produto que foi comprar?

— Sabia que havia me esquecido de alguma coisa. — digo me sentando na mesa( literalmente).

— Desça da mesa Sophie, não acredito que esqueceu a única coisa que pedi pra você fazer. - ela diz se sentando e me olhando erguendo uma sobrancelha em sinal de interrogação.

— OK mãe, eu me distrai com uma coisa e acabei esquecendo do produto de limpeza. — Falei abrindo meu melhor sorriso.

— Ele é bonito?

— Pode ir tirando esse sorrisinho do rosto dona Elisa. — Falo indo em direção ao meu quarto.

— Eu te conheço querida, esse seu esquecimento sera muito bem preenchido.

Fecho a porta e me jogo na cama com o maior sorriso, como pode uma coisa dessas? Minha mãe não tem jeito mesmo. Me deito pensando no belo rosto daquele garoto, seu sorriso sínico no rosto me chamou atenção. Oh Pai! Que sorriso era aquele? suspiro, não sei o que será de mim nessa cidade só me resta esperar pra ver.

SONHO:

A brisa da primavera que sopra em meu rosto me traz a força e a delicadeza das flores nesse jardim, como em um labirinto ando sem entrada e sem saída, o que me da tranquilidade é o som de uma linda canção tocada por arpas de forma delicada e triste, sem pensar duas vezes ando em direção ao som que me chama de forma hipnotizante e que me leva por além dos corredores repletos de flores em sua grandeza.

Meu belo vestido azul me faz pensar flutuar por entre as flores, quanto mais adentro o longo labirinto mais perdida me sinto em relação ao fim que a entre o som da bela canção e as paredes de flores desse grande jardim. Ao andar por longas horas em meus pensamentos, vejo alguns metros adiante uma mesa no centro de um círculo repleto de jasmins, sinto-me exausta ao perceber que minha única opção é me sentar a mesa e esperar, pois, não existe em nenhum dos lados uma saída nem mesmo uma porta por onde possa me refugiar, o som da arpa me intriga já que não vejo nada nem ninguém ao meu redor apenas flores e mais flores. Não tenho como voltar para casa e muito menos ideia de como cheguei aqui, Me concentro em uma forma de retornar para meu quarto e um grande estrondo me assusta me fazendo levantar rapidamente dando um passo para trás, em minha frente vejo uma porta branca. Minha curiosidade me leva a me aproximar e abri-la me revelando meu quarto e minha cama vazia, deito-me na cama cansada de tanto percorrer aquele labirinto, logo ao me deitar fecho meus olhos e...

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