Eu vou fugir, vou fugir de onde estou presa, vou sair do reino, rei Dominic e rei Dante, terão que ser mais ágeis, eu não vou ficar neste lugar nem mais um dia! Estou decidida.
- Eleanor? Ouço a voz de Arthur. Corro para abrir a porta e dou de cara com um rosto apavorado.
- Aconteceu alguma coisa? Pergunto já ficando apavorada. Isso é um mal que tenho.
- Não. Ele relaxa o corpo. - Só estou preocupado conosco, eu tenho esse direito né?
- Claro que tem meu amor. Toco seu rosto com as mãos. - Vai dar tudo certo, estamos fazendo isso juntos, e nada vai nos impedir de ter a nossa felicidade. Sorrio tranquilamente.
- Príncipe Lourenço virá daqui alguns minutos. Ele avisa. - Tem certeza que não quer fazer mais nada? Pergunta e me lembro da carta que deixei para mamãe, contando tudo sobre o plano de papai, e agradecendo por tudo que ela me fez, também mando um abraço apertado para Antonella. Ah, como sentiria saudades de ambas, por mais que papai seja ruim, na carta eu mando um abraço para ele. Mas digo que lamento ter estragado o tal plano, rainha Solange que ficará arrasada quando descobrir toda a verdade. Mas não posso fazer mais nada.
- Eleanor, Arthur, estão prontos? Lourenço bate na porta. - Vamos? Diz ainda do lado de fora.
- Vamos? Olho para Arthur que me lança um sorriso torto.
- Vamos. Ele diz determinado.
Assim que saímos do castelo, vejo que não sinto arrependimento, não sinto nada, sinto que devo ir atrás da minha felicidade, estou ciente de que todo ato tem a sua consequência, mas não quero pensar nisso agora.
- Conheço um atalho. Não noto quando Odete passa na nossa frente. - Vocês terão que ser rápidos, os cavalos já estão preparados.
- Vamos então! Arthur me ajuda a montar no cavalo.
Quando todos nós estamos prontos, iniciamos a jornada, Odete e Lourenço tomam a frente, já eu e Arthur ficamos mais atrás, hoje vim preparada, usava um vestido não tão longo, uma bota confortável, e uma capa com capuz, não estava levando tantas coisas para usar, mas o suficiente.
- Está tudo bem? Arthur pergunta me analisando.
- Sim. Respondo lhe abrindo um sorriso. - E com você, esta tudo bem?
- Do seu lado tudo fica bem. Me lança seu melhor sorriso.
Vamos conversando a viajem inteira, como sentia falta disso, desse diálogo. Como amava esse homem.
- Chegamos. Ouço a voz de Odete. - Vamos por ali. Ela anuncia.
- Estamos bem atrás de você minha princesa. Ao ouvir tais palavras me surpreendo, eu mal sabia que Lourenço o carrancudo seria capaz de amar alguém, isso é só mais uma prova, para dar um fim no meu preconceito.
- Venham, por aqui. Chegamos em uma casa confortável, pelo menos era o que parecia, não era um lugar feio e sim um lugar fantástico, as casinhas eram organizadas e delicadas.
- Que mágico né? Arthur me abraça por trás, encostando o queixo no meu ombro.
- Sim, eu amei! Me viro de frente para ele o abraçando e o beijando forte. - Vamos viver o resto de nossas vidas juntos! Sorrio.
- Eu não quero cortar o clima. Lourenço limpa a garganta. - Mas a tia de Odete quer nos conhecer.
- Tia? Eu e Arthur perguntamos juntos.
- Sim, foi ela que cuidou de Odete. Explica.
- Claro, vamos. Digo puxando Arthur comigo.
Se eu já havia achado a casa linda do lado de fora, fiquei ainda mais encantada quando entrei, tudo era simples, mas bem delicado, e era tudo a minha cara, eu amei aquele lugar, tomara que todas as casas sejam assim.
- Alteza. Vejo uma senhora aparecer, ela era nova, mas bem sofrida, usava um lenço na cabeça e roupas gastas. - Sou a tia de Odete, me chamo Flor. Se curva.
- Oh, sem cerimônias. Solto um riso fraco. - Prazer. Esse é o meu namorado e guarda real Arthur, e o princípe Lourenço. Apresento os rapazes.
- Muito prazer. A senhora faz uma reverência diante deles sorrindo.
- Bom, a minha tia veio se apresentar e deixar a casa para vocês. Odete diz e não entendo.
- Como assim? Pergunto surpresa.
- Essa é a nova casa de vocês. Flor aponta para mim e para Arthur.
- Eu e Lourenço, vamos ficar na casa ao lado, junto com minha tia, caso precisem de algo, só gritar, dá pra ouvir do outro lado. Sorri docemente.
- Muito agradecida. Digo e antes de pensar dou um abraço em Odete, logo em seguida vou até Flor e lhe dou um abraço também, elas ficam sem entender nada. - Como eu disse, sem cerimônias. Sorrio.
- Vamos deixar vocês a sós. Lourenço diz e lanço um sorriso de agradecimento a ele, que retribui.
Quando os outros saem da casa, olho para Arthur, ele olha sério para mim, mas logo em seguida cai na gargalhada.
- Do que está rindo? Pergunto sem entender. Ele continua a rir. - Do que está rindo? Ele me olha e se aproxima de mim me pegando no colo.
- Não, Arthur! Grito.
- Somos felizes meu amor. Grita alto. - Nada e nem ninguém vai nos separar! Eu te amo! E vamos viver a nossa história. Diz ainda comigo no colo.
- Agora eu sei, eu sempre deveria ter feito isso, eu te amo também meu príncipe Arthur. Ao dizer isso, sou presenteada com os lábios de Arthur. Eu sou dele e ele é meu. Iríamos fazer a nossa história, iríamos viver a nossa história.
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Obstáculos da realeza - Tudo pode acontecer
Short StoryEleanor é uma jovem princesa, de um reino distante e bem falado, tudo vai bem até um problema ser descoberto. E este caos só será solucionado com um casamento arranjado, será que Eleanor se casará e vai tentar ser feliz, ou abandonará tudo por algo...