Nascida do Fogo : Khakhua

Capítulo 2

Coloquei todas as ovelhas dentro do celeiro que esta cheio de feno. E começo a contar quantas delas estão ali..

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Está faltando uma!

- Mãe! - grito fechando a porta do celeiro e saio correndo para de casa e falo na porta. - mãe, esta faltando uma ovelha!

Logo depois que falo, olho para traz e vejo meu pai sujo de sangue com uma ovelha em seus braços vindo do caminho que leva ao pasto.

No momento em que vi o sangue meu coração acelerou, e pensei no pior. - Meu deus!! O que aconteceu pai? - pergunto desesperada correndo em sua direção. - Você está bem? - pergunto tentando achar algum ferimento.

- Tá tudo bem, eu não estou ferido. - respondeu ele sorrindo, tentando passar confiança.

- E esse sangue todo?

- E desse fujão, aqui.

Olho para a ovelha e percebo que ela está com um machucado na perna traseira, um ferimento que parecia um corte, mais o ferimento está limpo, não parecia que ele tinha se cortado em um galho ou algum animal tenha o feito.

- O que aconteceu?

- Quando eu cheguei no pasto fiz a contagem só que estava faltando uma, então fui atrás dela, encontrei esse carinha aqui já ferido debaixo de uma árvore.

A ovelha apesar do ferimento parecia bem calma.

- EI!! VOCÊS DOIS AI, ENTREM LOGO!! - gritou minha mãe da porta de casa. - vamos, vão acabar pegando um resfriado.

- Vamos! Lá dentro conversamos. Disse meu pai ando e me deixando para trás.

- Tá bom. - falei andando e o acompanhando.

Olha para traz e vejo um raio caindo seguido por uma barulho distante do trovão.

Minha mãe abraça meu pai, que ainda está com a ovelha no braço. -Vocês dois, vão trocar de roupa logo! - disse ela fechando a porta e tirando meu casaco. - vai querida, troca essa roupa e desce para comer alguma coisa.

A escada range enquanto piso nela, olho para traz e vejo meus pais conversando, mas não consigo ouvir nada, e continuo o meu percurso até meu quarto.

No meu do pequeno corredor, meu coração arder como se estivesse dentro de uma fornalha, e pouco a pouco esse ardor vai ser espalhando pelo meu corpo. Entro no meu quarto fechando a porta e me apoio na cama. E o medo me toma mais uma vez - " vai acontecer de novo" - penso. Começo a ouvir vozes que pronunciam palavras estranhas, e  tudo vai ficando escuro conforme o arde do meu coração se espalha pelo meu corpo, não consigo enchergar nada, e tento me levantar mas não consigo me manter em pé e cabaleio para traz caindo no chão frio.