Capítulo 03.

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>How do you sleep?<

~~~~~~>Ícaro<~~~~~~

Cheguei em casa com a cabeça rodando, como assim me vestir de mulher? Por quatrocentos mil? O que eu faço? Não quero virar veado, mas por quatrocentos mil... Não que eu vá virar uma bicha, porque isso nunca aconteceria, óbvio!, mas se Eric visse ele iria surtar, ia me chamar de um monte de coisa e ia cortar a amizade, não quero quero que isso aconteça, afinal de contas ele é um amigão, sempre me ajuda tanto financeiramente quanto emocionalmente, uma vez uma namorada minha me deixou, fiquei muito triste, e Eric me vendo naquela situação foi lá e ficou com ela só pra depois deixá-la, ele me vingou, como ele é meu amigo, pensei alto e fui diretamente me deitar no sofá, tentaria dormir um pouco essa história não me deixou nem um pouco confortável.

~~~~~~>Marilyn/Bruno<~~~~~~

Atravessei correndo a avenida, óbvio, se eu fosse desfilando ia acabar morrendo ali é muito movimentado assim como o resto da cidade.

Entrei cumprimentando os guardas que sacudiram a cabeça, um daqueles guardas eu curei da homofobia com a ajuda de outras pessoas, a cura pra homofobia existe diferente da cura para a homossexualidade que foi uma coisa inventada por gente que quer sair do armário mas não tem coragem, e inventa que é uma doença pra no final do "tratamento" tem a idéia de cura, esses ridículos são tão burros.
Entrei no elevador e ri abaixando a cabeça, como era engraçado essa empresa, e necessária, precisava ter em todo o mundo. Apertei o botão dourado e o elevador zarpou para seu destino.

Eu nunca imaginei que eu fosse me apaixonar por uma mulher, mas ela não é qualquer mulher, ela é a mulher, minha mulher, admito que sou um pouco possessivo, mas não sou sufocante, ela até gosta.

Andei com dificuldade até a sala da presidência, estava com medo do que Elisabeth estava aprontando dessa vez, e sempre que me chama de Baby é porquê algo difícil ela tá querendo.

Bato na porta, mas não há resposta, então bato mais forte e a porta se abre, espio pra ver se ela tá com alguém na sala, espero que não seja homem algum, logo entro de supetão na sala assustando-a.

- Bruno!... Que susto, droga! - Ela pega no coração e finge desespero e logo ri.

- O que foi que aconteceu? - Vou até ela puxo pra perto de mim e a aperto em um abraço apertado, nossa como ela é pequena, penso, mas ao mesmo tempo vem a mulher forte na minha cabeça, a que cuida de mim como um bebê desde que nos conhecemos quando eu tinha 17 anos, sei que parece que ela é pedófila, já que tem 44 anos, mas não, nossa paixão foi recíproca, mas logo depois se tornou amor.

Ela puxa meu rosto pra baixo e me dar um beijo na boca, um beijo quente, aconchegante e de molhar a calcinha.

- As vezes acho que você é o homem da relação - Falo desgrudando dela e indo até a janela.

- Também acho - Ela aperta minha bunda - Adoro beijo com batom.

- Como você é lésbica! - Dou uma risada e ela me segue com seu sorriso perfeito que já me tirou da tristeza muitas vezes.

- Indo direto ao ponto... - Ela estava séria agora - Tenho um novo cara pra você - Ela diz.

- Nossa!, você tá me arrumando um marido - Falo soltando um risinho baixo.

- Bruno seu filho da puta...

- Sua sorte é que eu não conheci minha mãe, porque ela era puta mesmo - Falei cínico.

- Não abusa da sorte, certo? - Ela arqueou as sobrancelhas e fez seu sorriso diabólico e eu me calei, pois depois dali rolaria porrada.

- Ele é homofóbico demais, eu quero que você trabalhe com ele, você sabe melhor do que ninguém fazer isso - Ela disse.

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⏰ Última atualização: Sep 13, 2019 ⏰

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