Prólogo

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    A fachada do prédio dizia: AbracomPrada, uma referência à abracadabra, uma palavra mágica, e mágica era uma coisa que não faltava aqui. O prédio era comandado por Elizabeth Guimarães, uma consultora de moda e estilista de meia idade que com uma super jogada de sorte conseguiu abrir o prédio a uns anos atrás, ela sabe que é difícil ser alguém de sucesso ultimamente, pois, anos atrás foi difícil pra ela, e Elizabeth quer que todos os recém-formados consigam alcançar o sucesso, porém ela não quer que seja tão fácil, ela gosta de homofobicos em geral, tanto mulheres, quanto homens. Antes deles entrarem na empresa, ela manda investigar a vida, se a pessoa não for homofobica, bom, ela entra na empresa, mas se ela for... Melhor ainda, pois ela irá ter que se comportar como o sexo oposto, deixando de lado todo e qualquer tipo preconceito.
    Ela ama gays e lésbicas, e odeia quem os trata mal, e foi por isso que ela criou a empresa.
    Ela desce do seu carro e coloca seu sapato social, ajeita sua calça social e seu blazer feito sob medida para ela. Não é porque ela é a dona da empresa que ela vai ter que se comportar diferente. As únicas pessoas que se comportam "normal" são os seguranças na empresa, fora eles ninguém se comporta "normal", com roupas "normais".
    Ninguém sabe porque ela faz isso, mas ela faz porque ela quer que entendam que homens não são diferentes de mulheres e vice-versa, aqui ela ajuda eles a encontrar emprego em outros lugares por meio de seus contatos, se ela ver que a pessoa merece de verdade, e que aprendeu a tratar o sexo oposto de uma forma melhor, ela ajuda a encontrar emprego, se não, aí vai ter que aprender mais para poder sair da empresa, pois antes de ingressar na empresa a pessoa assina um contrato, que não pode falar nada pra ninguém e ficará na empresa até aprender.
    Ela atravessa os seguranças, que cumprimentam-a com um leve abaixar de cabeça, ela vai até o elevador e o toma ele.

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