A CHUVA

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Amanheceu e lá estávamos nós , meu pai já havia voltado para casa afim de pegar alguns pertences e bem, minha mãe estava do meu lado sentada em uma cadeira de plástico a mais ou menos umas quatro horas ou muito mais ,com um olhar de cansaço . Se eu não havia conseguido dormir imagine ela a noite foi terrível , agora estávamos esperando a médica do andar dos leitos passar e verificar a minha ficha de prontuário . Eu não me lembro muito bem o horário exato que ela passava mais consigo imaginar perfeitamente a senhora baixa ,de cabelos curtos e que aparentemente mancava um pouco da perna vir mim atender por voltas das dez da manhã .
Por alguma razão todos os pacientes já existentes naquele quarto não suportavam a médica que atendia e eu começava a me perguntar por que ? Ela passou por um bebê, atendeu uma criança e chegou em mim , leu meu prontuário e apenas disse que teria que fazer uma bateria de exames .

Naquele mesmo dia fui fazer todos e logo voltei para o leito ,depois de se passarem algumas horas minha mãe foi chamada a sala em que os médicos e enfermeiros se reuniam , me lembro de escutar os médicos perguntarem como isso tinha acontecido , eles estavam falando de mim ? Acho que sim , me lembro também deles construindo hipótesis racionais para o meu caso , até então eu não sabia o quanto meu caso era preocupante . Descobri naquele dia, naquela sala branca e gelada que me deixava mais nervosa do que a espera da médica todo dia, que eu estava com os dois pulmões manchados e a razão era um mistério .

A causa agora era, como isso havia acontecido ?

Depois da TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora