Welcome to London

Capítulo 4

Chegamos no Shopping em cerca de 15 minutos, foi super rápido. Fomos direto para a área de alimentação e fui direto para o subway. A fila não estava grande, então logo nos sentamos nas mesas e devoramos nosso lanche. Fiquei observando o movimento e notei um rapaz, estranhamente estranho me observando.

-Sophie, não olha agora. Atrás de você, blusa branca, calça preta, cabelo arrepiado. Está olhando de modo estranho pra gente, e parece estar falando sozinho. Vou disfarçar e você olha.- Fingi olhar para trás procurando algo e voltei o olhar para ela

-Não tem ninguém la, Anna- Sophie falou e eu notei que o rapaz sumiu. Como assim?

-Juro, Sophie, tinha alguém nos encarando.- Meu celular toca e vejo que é minha mãe.- Oi mãe..

-Anna, estou chegando ai, onde você está? Não esqueceu do jantar com os Dassler né?- Puts, o jantar.

-Estou na aréa de alimentação mãe, que horas é o jantar mesmo?- Perguntei pensando na roupa que iria vestir.

-É as 21h, estou te vendo, beijos.- e assim ela desligou a ligação aparecendo atrás de mim.- Oi Sophie, tudo bem querida?

-Oi Senhora Grutty, tudo sim e com a Senhora?- Sophie não sabia, mas eu ja conheço bem e sei que está super nervosa. Ela é do tipo tímida, santa que não faz nada, sabe?  Que não conversa com muitas pessoas, e nao sei, parece que tem algo que não entendi nela ainda. Sabe, ela vive sorrindo, mas hoje durante as sessões fotográficas a peguei pensando em algo com um olhar triste. Senti que tinha algo errado com ela, mas não quis chegar de cara falando sobre isso com ela. Já que nos conhecemos hoje.

-Por favor, sem a parte da 'Senhora'. Não precisamos dessa formalidade.- Minha mãe falou de uma maneira simpática, percebendo o jeito tímido de Sophie. Acho que puxei essa parte de percepção da minha mãe. O celular de Sophie tocou, ela atendeu e só assentiu e, em frações de segundos, percebi seu olhar triste de novo, mas logo voltou ao estado Sophie alegre.

-Gente, meu irmão está vindo me buscar. Tenho que ir embora. Anna, depois te mando mensagem e conversamos mais. Tudo bem?- Ela disse já saindo apressada de perto de nós. Algo me diz que tem algo estranho aí.

-Nossa, ela parece meio preocupada, não acha?- Minha mãe disse e eu apensas assenti com a cabeça a observando sumir pela multidão do shopping.- Bom, vamos indo porque já são 19h e até a senhorita se arrumar...

Mostrei a língua para ela e fomos rindo até o estacionamento. Sabe quando você sente que tem alguém te observando? Tive essa sensação e olhei para trás, mas nada e nem ninguém. Acho que fiquei paranoica depois daquele cara...

Assim que cheguei em casa, fui direto para o banho. Fiquei uns 15 minutos dentro do box, na aguá quentinha, mas aí lembrei do jantar e sai pra arrumar. Comecei secando o cabelo e passando um rímel e um batom clarinho, não gostava muito de maquiagens, então optei para o básico. E coloquei minha roupa, super confortável, super meu estilo e nada cheguei. Era 20h40min e eu já estava pronta. Desci para a sala e minha mãe me esperava, como sempre de salto uma calça jeans e uma blusa solta, bem estilo Clara Moriles Grutty.

-Queria que papai estivesse aqui, ele sempre falava dos Dassler com muito empolgação.- disse para ela no carro. Ela me olhou e logo voltou os olhos para a estrada.- Sinto falta dele, mamãe.

-Eu também sinto, Anna, e ele está aqui, dentro do seu e do meu coração. Ele está com a gente em todo lugar.- eu apenas suspirei. Era tão difícil aceitar isso. Que eu nunca mais vou vê-lo ao vivo, nunca mais vou abraçá-lo. Para mamãe deveria ser pior, ele foi o único namorado dela, eles se davam tão bem, dava para ver seu olhar de tristeza quando falava dele.