"Olá..comprei para você esse sorvete, cuidado vai derreter, vim correndo"- digo estendendo o sorvete a ele que o pega com os olhos brilhando- "e também vim aqui para esclarecer algumas coisas.."-digo me aproximando dele. Era agora ou nunca."Achei que viestes ver o Paul"-diz George a provocar-me
"Não vim ver um tal de George Harrison, conhece? Tenho que conversar com ele- digo fazendo graça me aproximando e ele ri mas logo fica sério
"Acho que eu também tenho que esclarecer coisas, fui idiota em tratar mal você e Paul"-ele diz parando de comer e pensando- "você não teve culpa, nem Paul para falar a verdade, eu fui infantil, é que, eu não quero perder a minha garota"-falou se aproximando de mim e colocando o sorvete na minha boca me fazendo comer também.
"Sua garota?"-minha voz estava falha, junto da minha respiração que parou nesse momento, sinto meu sangue nas veias fluindo mais rapidamente e as malditas borboletas no estômago.
"Sim minha garota, você sempre foi, desde a primeira vez em que te vi"- ele diz terminando o sorvete-" você me dando esse sorvete só foi uma confirmação para ser minha"- gargalhei e ele também. Não pensem que George não estás vermelho, porque ele estava e muito. E eu tava nervosa, muito nervosa, um nervoso bom
"Ah George"-suspirei-"Eu não consigo parar de pensar em você"-digo olhando em seus olhos-"nem por um segundo, tudo que eu boto meus olhos, me lembram de você, acredita que até um milkshake me lembrou de você? Não importa o que eu faço, você sempre veem em mente, e eu desisto de lutar contra isso"-digo tentando não parecer louca e ele ri
"Eu não não consigo parar de pensar em você Ana"-diz George se aproximando cada vez mais
"George, o que vai ser de nós agora?"- falo olhando para baixo com receio
Ele levanta meu queixo, me fazendo olhar nos seus olhos castanhos que eu tanto gosto, são escuros e profundos. me lembram chocolate, coisa que ambos amamos com certeza. Seus olhos estavam brilhando, e George estava soando frio e tremendo, eu também estava assim, droga do amor.
Ele coloca suas mãos em meu rosto e se aproxima lentamente, logo sinto seus lábios fazendo uma leve pressão sob os meus. George acabará de me dar um selinho. O encaro sorrindo boba e supresa, e entrelaço nossas mãos, ele está tão sorridente, tão bonito.
"Nós"- ele diz apontando para ele e para mim com a mão livre-" podemos ser tudo o que quisermos no mundo nesse momento, o importante é o agora, então agora, o que você quer ser"?- George diz apertando minhas mãos de leve. George e suas palavras sábias.
"Sinceramente, agora eu não sei"- digo o olhando- "muita coisa confusa está acontecendo, minha mente está bagunçada, milhões de sentimentos passando por aqui"-coloco a mão em meu coração
"Também estou me sentindo assim, e com fome também, insegurança, ansiedade, essas coisas"-diz George olhando para o céu- "medo"-ele me olha.
"Medo? Porque medo?"-o encaro de volta
"Eu tenho medo de muitas coisas Banana, medo de não conseguir o futuro que eu tanto quero, alcançar o que eu desejo, não ser bom o suficiente"-ele diz abaixando cada vez mais o tom, como se estivesse ficando triste-"mas o meu medo de agora, é não ter você aqui comigo, tenho muitos concorrentes"- Ah garoto, eu já sou sua a muito tempo
"Eu também tenho muitos medos George, milhares de medos, mas temos que mostrar que somos maiores que eles"-por mais que eu diga esse conselho, sei que é bastante difícil segui-lo
"Dane-se os concorrentes, você já me tem"-digo para George, saiu mais em exclamação, por ser a mais pura verdade. Eu já era de George, e eu nem tinha percebido nisso, olha como a vida é engraçada.
George ao ouvir minhas palavras me abraça forte, sinto seu cheiro, muito bom para falar a verdade, bem perfumado, devia ter pegado algum perfume do pai, ou dos irmãos, um cheiro amadeirado. Um cheiro maravilhoso, que faria qualquer uma cair aos pés. O olho em seus olhos, e ele está sorrindo, pelos olhos, o mais sincero sorriso, o verdadeiro.
"Tenho que ir para casa fominha"-digo saindo do melhor abraço do mundo-"mamãe não sabe que estou aqui, ela deve achar que já estou nanando"- ele ri pela minha fala mas assente com a cabeça.
"Nos vemos amanhã de manhã na escola, tchau Banana"- ele me da um beijo na bochecha e me olha seguir meu caminho pela rua
Aperto meu passo e logo avisto minha casa, já está tarde, é perigoso andar nessas horas, realmente, eu tenho noção disso, mas hoje foi uma loucura que tive que fazer, primeira das muitas, com certeza, esse meu amor, por George, por meus novos amigos, por tudinho, está me fazendo recomeçar, a mudar, para melhor lógico, mas, principalmente, ser mais eu. Gosto disso. Ainda me pergunto, moramos na mesma cidade, localização diferente, mas mesmo assim mesma cidade, como nunca os vi antes? O mundo é realmente estranho e surpreendente.
Quando chego em casa as luzes já estão todas apagadas, acho que não perceberam que estou chegando agora, espero que não, abro a porta lentamente e subo de fininho para meu quarto, chegando lá, me jogo na cama e logo me machuco e quase fico surda
"Aí sua gorda"-Anthony exclama gritando
Tony sai de baixo das cobertas e senta me encarando
"Aí Tony!"-falo o empurrando-" oque está fazendo aqui? Por que não está no seu quarto?"- digo retirando os sapatos e me sentando na cama ao seu lado
"Mal agradecida"- o olhei com cara de interrogação-" falei para mamãe que iria dormir no seu quarto com você hoje, e que você já estava no quarto dormindo quando cheguei do cinema com a Cynthia, ela não desconfiou"- o abracei e o ouvi murmurando um de nada enquanto eu falava obrigada milhares de vezes.
E é por isso que eu amo o Anthony, sempre me ajudando com tudo, mas sei que irá querer algo em troca.
"Você é o melhor irmão do mundo, sabe disso não é?"- aperto suas bochechas recendendo um reclamo da parte do bochechudo de olhos verdes que tanto invejo-" mas o que você vai querer em troca?" O encaro irônica sabendo que não sairia barato, mas valeria o risco.
"Por enquanto nada, mas.."-acentuou o mas-" ainda me ajudara bastante, ainda mais sobre Cynthia, convide ela para dormir em casa qualquer dia"- ele diz malicioso, Tony não presta.
"Pode deixar maninho"- me levanto arrumando minha cama para dormir, e vou ao banheiro me trocar, colocando meu pijama. Saio do banheiro e me deito na cama com Tony
"E vai me contar o que aconteceu hoje para você voltar tarde e toda sorridente?"- disse Tony me puxando para mais perto dele-" encontro com Paul McCartney rendeu?"- ri
"Infelizmente não rendeu, achei que meu dia iria de ruim a pior, mas acabou sendo um dia maravilhoso, melhor estava guardado para o final" digo fechando meus olhos e bocejando- "amanhã te conto tudinho"
"Boa Noite Banana"-diz Anthony entrelaçando nossas mãos, logo caindo no sono
"Boa Noite Tony"-aperto sua mão e logo caio em um sono profundo.
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Our Love
FanfictionEra 1957, mais precisamente, 6 de Julho, sábado. Em um festival no jardim da St.Peters Church, onde varias bandas tocavam, eram boas até que para iniciantes, mas foi nesse dia, que, ele roubou meu coração, coisa que eu, Ana Mitchell, não consigo esq...