Prólogo - Parte 2

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15/03/2008, Boston – Estado de Massachusetts, EUA.

Claire estava chegando em casa com sua avó, tinha acabado de sair da escola. Sua avó sempre a trazia da escola, pois seu pai a levava todas as manhãs. Sua mãe trabalhava, seu pai também, mas seu emprego nem exigia tanto trabalho, marcava tudo de mais importante e demorado para segunda e terça, para que nos finais de semana tivessem tempo em família. Chegando na rua em que ela morava, naquela época, se deparou com uma cena que nem naquela época Claire gostava. Seu pai sempre a contara que haviam pessoas que protegiam outras, como anjos, ela sempre acreditou. Seu pai também dizia que esses anjos andavam em carros pretos estilosos e que esses carros tinham luzes vermelhas e azuis e um som que não significava boa coisa: Ou alguém estava desaparecido, ou alguma pessoa do mal estava solta fazendo o mal pelas ruas de uma cidade qualquer, ou alguma pessoa do mal que já tinha feito o mal pelas ruas de uma cidade qualquer estava desaparecido.

A rua de Claire estava cheia daqueles carros estilosos com luzes azuis e vermelhas piscando pela rua, e várias pessoas uniformizadas com um nome escrito por trás de seus uniformes, que parecia ser "FBI". Seriam esses os anjos que seu pai contara? Bem, deviam ser, pois dois deles estavam conversando com sua mãe, quando sua avó estacionou o carro em frente à sua casa, Claire saiu correndo do carro de sua avó, bateu a porta dele como se fosse o que sua mãe e sua avó chamavam de "porteira", mas dessa vez ela nem falou nada, pois fez o mesmo logo que estacionou o carro na nossa garagem, como sempre fazia. E saiu do carro com a boca aberta, como se tivesse acabado de ver um fantasma. Claire, quando saiu do carro, foi correndo direto em direção à mãe agarrou-a fortemente, e ela retribuiu o abraço. Sua avó chegou logo depois dela, e disse:

- Madelaine – disse ela com cara de quem não estava esperando boa coisa, mesmo vindo de sua mãe, que era alegre e sempre cheia de boas notícias – O que aconteceu? – ela fez uma pausa para respirar fundo – Onde está George?

- George? – disse Madeleine, com olhar estranho, lágrimas escorrendo dos olhos – Era sobre ele que os policiais da cidade vieram conversar. – disse ela com cara de preocupada – Não sei o que aconteceu com George, mas não tenho bom pressentimento.

- Também não tenho, meu coração está doendo, e, Madelaine, seja o que isso for, não parece boa coisa. – disse – Vamos então ver o que eles querem com a nossa família.

Sua avó e sua mãe foram para perto dos anjos uniformizados, e lá ficaram alguns minutos conversando. Madeleine a havia mandado entrar, guardar o material e pedir a Sra. Krivtzz, a governanta da casa, para pegar um café para ela. Depois do tempo que sua avó e sua mãe conversaram com os Sres. Anjos sua mãe veio pra ela com muitas lágrimas no rosto, e disse:

- Claire, não tenho uma boa notícia. – chorou muito mais ao contar isso – Claire, preste bem atenção ao que eu vou falar! – começou a chorar mais ainda – Encontraram seu pai, morto, em um rio próximo a ponte da cidade. – Começou a gritar e a Sra Fargötten, também chorando veio socorrê-la – Filha, a suspeita, é de que seu pai foi...

- ...Assassinado. – Claire, para sua idade, era uma garotinha muito esperta. Não eram muitos meninos ou meninas com 8 anos que saberiam sobre o que Claire sabia aquela época, com aquela idade.

- Filha... – ela estava assustada com tamanha veracidade e consistência na resposta de Claire – Como você sabe?

- Segui a lógica, mamãe. – disse ela soando tranquilidade.

- Sim filha, eu sempre me esquecendo como você sempre trabalha com a lógica. – disse ela, ao mesmo tempo espantada e triste – É claro. – disse ela tão baixo que Claire achou que fosse um sussurro sem importância.

Assassinato na Ponte LongfellowWhere stories live. Discover now