Capítulo 1

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   Acordo com despertador do celular urrando ao meu lado.
   Levanto, tomo um banho, coloco uma calça jeans e uma regata.
   Acabo de fazer minhas higienes e vou para cozinha procurar algo para comer, e não tinha nada, que novidade!
  Pego minha mochila e vou em direção a porta, chego na sala e minha mãe e um de seus ficantes dormem no chão.

-af que fedô, credo.- Estava um cheiro horrível de droga, álcool e mijo.
   A caminho da escola encontro Jota, o braço direito de Perigo.

Jota: comé que tá Sereia?
Sereia: suave e tu?
Jota: na paz. Então é que hoje é dia de cobrança sabe? -vish, lá vem.
Sereia: quanto ela deve?
 Jota: 539$.    -o que??? Ô louco viu.
Sereia: Depois da aula eu dou um jeito.
Jota: Pô Sereia você não devia aceitar isso.
Sereia: eu sei. Eu falo com ela mais tarde.
Jota: pode crer então, tu é uma mina mó firmeza tá ligado, ela ta acabando com o teu futuro.   -novidade.
Sereia: isso vai acabar.
Jota: espero que sim, e aí quer uma carona até o fim do morro?
Sereia: que que você acha?
Jota: bora. - rimos. Montei na sua garupa e descemos o morro.
Jota: até mais.
Sereia: até.

- peguei um moto-táxi e fui para escola. Cheguei e as meninas já me esperavam na porta.

- e aí maluca. -diz as duas juntas. Suriane e Maria Alessandra, são loucas é sério.
Sereia: fala calangas.  -digo abraçando as duas.
Suriane: e aí tudo bem? - elas sabem tudo da minha vida.
- tudo sim, a de hoje foi 539$.
Maria: caramba tá aumentando em amiga.
- pois é. Vou falar com ela hoje.
S/M: boa sorte.
Sereia: valeu. - entramos para a classe e a aula logo começou.

Maria: só temos aula chata hoje.
- e todos os outros dias.
Suriane: né.

...até que o tempo passa depressa, saímos mais cedo hoje devido a reunião de pais, que por acaso eu nem preocupo já que minha mãe nunca vem.

Suriane: finalmente paz e sossego kk. - gritou.
Sereia: credo escandalosa.
Maria: então né.

***

Estou chegando ao pé do morro as meninas me acompanharam até um pedaço. Agora caminho só com meus pensamentos.

Chego em casa e minha mãe não está, deve estar em algum boteco por aí, só o que ela faz é beber, fumar e me encher o saco.
Almoço tomo um banho (coloco essa roupa) e vou trabalhar.

Almoço tomo um banho (coloco essa roupa) e vou trabalhar

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Eu trabalho na casa do Perigo, ele é o dono do Morro. Confesso que tenho um pouco de medo dele mas ele quase não tá em casa e quando está é super de boa comigo. Ele é muito gato, se desse a louca em mim na casa dele eu pegava.
Pegava mesmo e daí? Eu eim, tô morta não minhas querida.

  Como hoje tá calor e talvez ele não vá pra casa, optei por uma roupa mais leve.
  Chego e vou entrando já que tenho a chave. Dou uma organizada na cozinha e preparo o almoço, às vezes ele chega com fome, então já deixo pronto. Acabo de lavar a louça e escuto alguém abrir a porta, ele chegou com Jota e Filé e vieram os três para cozinha.

J: e ai Sereia o rango sai ou não sai?
- uai se ele sair não tem como vocês comer não. -todos riram até mesmo Perigo.

"meu Deus Socorro, ele riu de uma piada minha aaah"

J: há há engraçadinha.
-
Sereia: tá pronto já podem atacar.
Perigo: pelo menos o cheiro tá bom.
Filé: e o gosto melhor ainda.  -fala enchendo a boca.
Perigo: se educa rapaz. Falando de boa cheia na frente da moça.  -apenas sorri e saí da cozinha e fui organizar o resto da casa, ja estava incomodada com três homens no mesmo cômodo que eu.
Terminei de arrumar a casa e eles ainda estavam lá, lavei a louça e me despedi.

Perigo: calma aí dona. Chega aqui.
Sereia: que foi?      -ele tirou um bolo de notas de 100 no bolso.
Perigo: toma aí. Teu rango é da hora.
Sereia: eu já recebo para fazer isso obrigado.
Perigo: pega pô. Vai contrariar é?
Sereia: Ok obrigado.    -peguei o dinheiro e sai.
Cheguei em casa já era 18:00, por sorte encontrei com minha mãe lá com um carinha, que já estavam saindo.

Sereia: onde vocês vão? -pergunto já sabendo a resposta.
Alice: vamos andar por aí.
Sereia: a gente tem que conversar mãe. Isso está acabando com nossas vidas.
Alice: vou fumar só um hoje filha. Prometo.
Sereia: mãe a senhora sabe o quanto você estava devendo hoje?
Alice: só um pouquinho filha, eu dou um jeito.  -diz, com cara de deboche ainda acredita?
Sereia: eu já paguei. 539$... 539$ mãe em uma semana. Eu não sei mais o que faço com você.
-você não tem que fazer nada a vida é dela.  -que cara intrometido, eu em.
Sereia: eu em, quem é você mesmo meu querido?  -agora eu sou a debochada da história, com muito orgulho.
Sereia: não te interessa Amora. Ele tem razão a vida é minha.  -a é meu bem? Ta legal.
Sereia: ok, quando vier alguém cobrando a dívida de vocês se vira e pague, nem adianta me procurar. Já que a vida é sua a dívida também é. - entrei para o meu quarto e bati a porta.

Alice: Amora abre essa porta agora... sei que está me ouvindo... - berra feito doida.
Sereia: o que você quer?
Alice: cadê a educação que eu te dei menina? - comi ela, desculpa.
Sereia: que educação é essa que você tá falando? você nunca me deu nada.
Alice: olha como fala, eu sou sua mãe.
Sereia: mãe é quem cuida e não quem bota no mundo e da as costas em seguida. Eu odeio ser sua filha.
Alice: isso continue assim. Por isso o seu pai não te quis e te abandonou, ele previa que isso ia acontecer.   
Sereia: mentira! Ele nem sabe que eu existo.
Alice: você que pensa minha menina, você que pensa.   -não disse nada apenas chorei em meu canto por muito tempo tentando esquecer essas palavras. É duro saber que seu pai te abandonou, prefiro acreditar que ele não sabe de mim, por isso não me procura. É menos dolorido e melhor assim.

No momento só consigo chorar...






Espero que gostem. E estou aberta a idéias, críticas e tals.
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*Pode conter erros ortográficos*

Mulher de bandido (Pausa Para Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora