Quinta - Feira / 14:35 pm
Vejo aquela animação em chutar uma bola por um gramado até a mesma entrar em uma rede fazendo todos vibrarem e me pergunto o motivo de eu ser um dos poucos garotos no meu meio que não curte jogar um futebol.
Mas ao mesmo tempo, me pego reparando nas garotas, e o que elas fazem não me agradam da mesma forma.Algo em mim está errado, eu deveria me encaixar em algum lugar, mas ao invés disso, estou aqui, sentado nesse banco observando a grande movimentação desse campo enorme da escola onde estudo.
O que eu tenho Deus?
***
-- Ei, Ítalo ne? - ouço aquela voz me chamar.
-- Sim, o que posso ajudar?
-- Prazer, sou Eduarda mas todos me chamam de Duda, eu vi que você está na mesma aula de inglês que eu.
-- Hunm?! Você é a que senta ao lado da janela ne? - pergunto enquanto caminhamos junto a todos os alunos que saiam pelo portão principal.
-- Sim, isso! Então, vai rolar uma festinha amanhã (Sexta, dia típico de pessoas se embriagarem por ai e não lembrar de nada no outro) n casa de uma das lideres de torcida, vamos? Vai ser legal.
-- É... Desculpa ter que negar, mas amanhã eu não posso, tenho reunião na igreja onde congrego. - já observo um desvio da garota em direção a minha pessoa.
-- Entendi, mas Ok. Qualquer coisa aparece, tchau.
-- Até mais. - ela sai andando agora mais apressadamente indo para um carro onde tinha um grupinho de garotas e garotos.
Continuo andando tentando entender o motivo do convite."O Senhor me escuta diariamente
Deus tu és meu viver
Vem tirar o que não é bom
E fazer o dia ser melhor
Ao lhe contemplar (...)"Tiro o fone de ouvido com o susto que levo quando quase mais um vez sou atropelado na rua.
Prazer esse sou eu, sim ando distraido na rua, na maioria das vezes eu não estou perdido em outro universo e sim falando com Deus, algo que acho confortável.
Estou tão distraido que acabei não me apresentando.
Que falta de educação, desculpem-me, Sou Ítalo, teu 17 anos, estudo em uma escola particular pois minha mãe acha que as públicas não me dariam um futuro tão bom.
minha mãe meio que tenta me educar no melhor caminho, se ela souber que eu fui convidado para uma festa é capaz dela ir na direção da escola e perguntar que ensino eles estão dando aos alunos, mas enfim.
Meu pai, é um homem que frequentemente está sóbrio, acho que seu maior hobbie é beber o máximo que consegue e sair no nosso bairro envergonhando minha mãe.
Nós frequentamos a Igreja batista de São Francisco (EUA) e vivo em uma rotina bastante religiosa.Mais sobre mim:
Sou um pouco alto pra minha idade, a maioria das pessoas me dão 19 anos quando olham para minha cara, algo que acontece pouco, pois sou bastante anti-social. Meu Cabelo é castanho bem claro, meus olhos são mais escuros, sou branco e meu corpo não é lá essas coisas mas também não sou tão magrecela, o que me alegra já que nunca fiz exercícios para deixa-lo do jeito que ele é.Bem, é isso.
Agora que sabem um pouco sobre minha (não animada) vida
Bem vindos ao meu mundo.*****
Oi gente, essa é minha primeira história aqui, então espero que estejam gostando.Deixem o voto de vocês e comentem algo, isso me motiva e me dá a ideia de que vocês gostaram do livro.
É isso, obrigado se chegou até aqui e próximos capítulos logo logo.
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Perdido em mim mesmo
Ficción GeneralÍtalo, 17 anos. filho único de Cecília e Gregório. Sua mãe, bastante presa ao conservadorismo, ensina o filho a crescer no caminho certo. Já seu pai, o único "Não-cristão" da casa é um bêbado que só sabe envergonhar sua esposa. Ítalo desde crianç...