Super Sons - Como tudo começou

Capítulo III - O medalhão, a sereia e a ladra

Gotham City - Enchanted Paradise

Ser encarado com raiva, por dois pares de olhos castanhos, não era bem o que Jon esperava naquele dia. Ainda assim, ali estava ele, esperando uma morte muito dolorosa nas mãos de Selina e Matthew Kyle, e para completar, estava sem seu precioso medalhão, que fora roubado pela estranha garota de olhos violetas.

O garoto mais novo ficou esperando que Selina ou Matt dissessem algo, mas os dois estavam calados, olhando para ele. Os três estavam sentados em uma mesa pequena de madeira, os Kyle de um lado e ele de outro, como se fosse algum tipo de interrogatório (e provavelmente era). Então Selina decide quebrar o silêncio que se instalara no pequeno cômodo

- Sabe, pode não parecer Jon, mas eu me apego muito fácil às pessoas. A partir do momento em que uma nova garota vem para cá, ela se torna minha filha, família, você compreende?

- Olha, senhora Kyle... Eu... - A mulher franziu as sobrancelhas e Matt que estava atrás dela, quase arrancou os cabelos de frustração.

- Não me interrompa pirralho, ainda não acabei. Entenda, a partir do momento em que você foi trago pelo meu filho, até esse bordel, e recebeu nossos cuidados, se tornou família! E ainda se arrisca assim? - Selina parecia verdadeiramente preocupada e magoada, Jon a entendia e sabia que tinha errado ao ir atrás da ladra, sem nem conhecer a cidade. Ainda assim... Ele pensava que talvez, se tivesse a chance, teria feito tudo de novo, e, dessa vez, pegaria a garota. Selina arrumou algumas mechas rebeldes de seu cabelo, e continuou.

- Jon, eu não sou sua mãe ou seu pai, em termos sanguíneos, sequer sou parenta sua, mas eu ainda me preocupo com você, assim como o Matt. Isso que você fez, foi muito perigoso, e tenho certeza, de que seja lá aonde estiverem seus pais, eles não gostariam de saber que o filho deles se arriscou dessa maneira!

Isso... Isso tinha sido pesado, mas Selina estava certa, se sua mãe soubesse daquilo, iria matá-lo, e seu pai iria lhe dar um daqueles sermões sobre responsabilidade. Jon mordeu o canto da bochecha, se sentindo meio culpado por ter preocupado os dois.

- Espero que entenda, e alguma coisa do que eu te disse tenha entrado na sua cabeça... Agora vem, me dá um abraço! - Jon sorriu e correu até a mulher, a abraçando, sendo prontamente correspondido. Ele sentia falta daquilo, do carinho materno... Logo sentiu putra pessoa se reunindo ao abraço, era Matt, o que aumentou a alegria de Jon.

Selina desfez o abraço e suspirou, se recompondo. Logo ela saiu da sala, mas não antes de dar um aviso aos dois.

- Olhem meninos, eu tenho que fazer uma ligação e eu posso demorar. Se forem sair, me avisem! Nada de loucuras, já tivemos preocupação o suficiente por hoje.

Os dois rapazes assentiram obedientemente, colocando suas melhores caras de santo. O que de certa forma, só aumentou a preocupação da mais velha.

- Ufa! Ela saiu... Achei que ia morrer aqui!!!

- Se dependesse de mim, você ia! - Retrucou Matt.

- Ah, não seja mau...! Eu tô bem.

- Uma sorte, considerando que você estava no Beco do Crime! - Jon estava sentindo que se Selina não o matasse, Matt o mataria com certeza.

- Aliás, você mencionou isso antes... Como assim beco? Eu tenho certeza de que era uma rua e não cheguei a entrar em nenhum beco...? - Matt suspirou paciente, e se sentou novamente, sendo acompanhado pelo mais novo.

- O Beco do Crime, é uma rua.

- Certo, isso realmente me esclareceu tudo - Ironizou Jon, sendo fulminado com o olhar de Matthew.