1°Para Sempre

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Juliana*

Eu tinha apenas 7 anos quando tudo aconteceu, eu sempre gostava quando dava a hora de ir embora do colégio, porque meu pai sempre me esperava no quintal de casa para brincar, mais aquele dia foi diferente, eu não estava com vontade de ir pra casa, eu estava com um mal pressentimento, eu queria ficar no colégio apesar de todas as humilhações que eu passava lá, eu sempre ia de perua escolar para casa, mas aquele dia eu resolvi ir à pé, enquanto andava eu podia sentir o calor do chão através do furo que tinha na sola do meu sapato, eu não tive sorte de nascer em uma família rica, moramos em um barraquinho de madeira mais ali existia amor, minha mãe desapareceu quando eu tinha 5 anos, até hoje não apareceu mais , então morava só eu e meu pai, ainda lembro que naquele dia eu vi um cachorrinho jogado na rua, eu fiquei com muita dó, apesar de não termos condições peguei ele para mim, naquele eu demorei mais do que o normal para chegar em casa, e quando eu abri o portaozinho da frente percebi que meu pai não estava me esperando e que a porta do barraquinho estava aberta, coisa que nunca acontecia, lembro como se fosse hoje que quando eu entrei na sala vi nossos pequenos móveis quebrado e jogados no chão,a casa tinha apenas 3 cômodos, e quando eu cheguei na cozinha estava tudo fora do lugar,percebi um papel verde em cima da mesa e quando eu peguei estava escrito bem grande com letras pretas:

"O DESTINO É IMPLACÁVEL
                                              M.S"

Não entendi aquela frase mais quando eu entrei no quarto deparei com a pior cena que eu já vi em toda minha vida,minhas pernas banbearam,e eu deixei escapar um grito,cai no chão eu não suportava tanta dor, meu pai estava caído no chão todo esfaqueado e com dois tiros na cabeça, o vi o meu chão se abrir e eu me vi em uma escuridão, olhei para o meu novo cachorrinho e ele me olhava com um olhar de pena, fui até ele é peguei-o no colo ele era a única coisa que tinha restado pra mim, fiquei abraçada ao corpo do meu pai até a polícia chegar, até hoje não sei quem chamou eu só sei que enquanto levavam o corpo do meu pai pra ambulância eu apenas observava em silêncio, eu não tinha forças nem para chorar, o corpo dele foi levado direto pro necrotério e eu fui para o orfanato da cidade, o pior lugar de StreetCity mas o meu pai sempre continuou no meu coração

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Olá amores ? Esse é o meu novo livro e então gostaram? Comentem e deixe seus votos pra me incentivar a continuar escrevendo

Baseado em fatos reais

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