Âmago.

11.

Carta p/ Saudade.

Querida Saudade,
não sei quando chegastes e nem quando pretende ires embora,mas já que estamos aqui queria dizer-lhes algumas coisas.

Não sei o motivo de vires,e qual razão faz permanecer-te,só sei que dói,dói tê-la aqui comigo,dói por [n] motivos diferentes e indiferentes.

Queria ser durona e não sentir a tua presença,mas tu chegas de mansinho como quem não quer nada,abrindo caminho nas feridas do meu coração "velho" e "empoeirado".

Algumas vezes faz-me lembrar de amores passados,ou simplesmente de pessoas que perdi para a morte(ou vida,como queiram).

Simplesmente vem e não me diz quando ou como vai embora,oh querida eu até gosto de você,talvez não sempre,mas gosto.

Em um Sábado nublado de um mês qualquer,tu chegou e me fez sentir tudo aquilo que estava reprimindo a quase um mês,me fez ver que tu demoras mas logo chega.

Por fim querida velha amiga queria dizer que a partir de hoje es bem vinda,mesmo que chegue numa noite de festas ou em um dia de solidão,numa roda entre os amigos ou sozinha na minha cama,estarei lá esperando por ti para me lembrar das coisas boas que já foram ou das que nunca aconteceram,porque não tem problema nenhum em sentir SAUDADE.

Da sua velha amiga que te espera mesmo não esperando,saudades.

-Jacqueline Martins