Um vírus: várias mutações

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  Josh: -Pelo que tô vendo esse lugar não tem nada demais. Não me parece ter Letaris por aqui. O Doutor Shieff errou feio dessa vez.
Daya:- Acabamos de chegar Josh não tire conclusões delimitadas. Vamos conversar com os fazendeiros para iniciar as investigações.
- Como quiser Doutora...
Jason era o fazendeiro mais rico da região. Suas terras eram gigantes e muito produtivas. Dava pra abastecer Nova York inteira só com suas plantações de cereais. Também produzia leite e carne para açougues de todo o país.Era o típico magnata do campo. Que não estava nenhum pouco contente com a matança de seu rebanho:
- No começo achei que era mais uma dessas doenças que surgem do nada nos animais.Contratei uma equipe para averiguar, fizeram exames nos animais e não encontraram nada, minha fazenda sempre foi certa com relação a vacinas e remédios. Daí descobriram que os animais estavam sendo atacados. Me desesperei e pedi ajuda para o governo. Cinco fazendeiros já foram mortos por essas criaturas aqui na região. Um acabou virando um deles também. É o que dizem, não vi nada. Quem viu diz que eles não atacam pessoas, preferem os animais, mais não se pode confiar neles. Espero que vocês consigam dar um fim a essa praga por que não quero que isso prejudique minha produção. É ruim para mim e para o país.- disse o autoritário fazendeiro.

-Fomos convocados pelo governo justamente para resolver essa situação senhor Jason, fique tranquilo. O que quer que seja essas criaturas minha equipe vai extermina-las igual fazemos com as baratas. Te dou minha palavra.- afirmou Josh.

- Não é bem assim desse jeito Josh. Mais fique tranquilo Sr, vamos resolver essa situação o mais rápido possível.- interveio Daya.

-Assim espero.-terminou o fazendeiro.

E lá começaram as investigações. Investigaram os animais, investigaram as pessoas e logo obteve-se a primeira informação realmente importante que foi muito comemorada por Daya. Era a respeito do vírus da doença. Foram encontrados traços do vírus Letal no organismo dos animais mortos levando a crer que de fato quem os estavam matando eram os próprios. Mais a descoberta mais importante: os vírus encontrados nos animais eram diferentes dos vírus encontrados nos Letaris da cidade grande. Apresentavam uma mutação entre eles, de fato uma grande descoberta. Obervaram uma diferença nos cromossomos do DNA das duas espécies de vírus. Eles tinham a mesma linhagem de cromossomos porém a espécie encontrada nos animais apresentava o último cromossomo diferente em tamanho comparada a outra espécie. O primeiro segredo foi comemorado pela comunidade científica: existiam dois tipos de vírus da mesma doença. Essa mutação com certeza era explicação para tamanha diferença de atitudes das duas gangues de Letaris. Daya já idealizava isso só precisava confirmar, e isso era bem difícil já que os anônimos simplesmente não eram encontrados.

-Fomos enviados no lugar certo e na hora certa. Aqui está talvez a resposta para a cura desse novo mal.-pensava ela em voz alta.

Robert era mulherengo. Estava na equipe mais ficava de olho nas poucas meninas da região. Mais nenhuma delas dava bola para ele. Estavam interessadas era nos fazendeiro milionários da região. Tinha dois filhos com 25 anos e cada um de uma noitada diferente. Era um típico galinha de Nova York. Isso acabaria lhe atrapalhando no trabalho, era o que sempre ouvia de sua mãe. Já havia dado em cima de Daya que era bem sensata e o alertou ameaçando denuncia-lo por assédio se ele fizesse isso novamente. Ele nunca mais se atreveu. Mais tirando isso, no mais ele era um bom soldado. Sempre sensato e prestativo.

Parecia que a gangue anônima tinha se tocado que o exército estava na região. E espertos que só eles, simplesmente pararam de atacar na região. Voltaram a caçar nas matas, a comida era mais escassa mais eles não podiam correr tal risco. Mais ainda assim a situação começara a ficar difícil. O inverno vinha se aproximando e tudo iria piorar:

- Já chega não aguento mais. Preciso me nutrir mais do que nunca. Estou a dois dias sem sangue, sem morder, estou fraca e creio que não sou a única aqui. Escuta Josh, só por que você foi vítima de uma emboscada por parte desses soldados não quer dizer que vamos ter o mesmo destino. Somos espertos e unidos eles não tem chance de nos pegar.- era Kevini morta de fome e desesperada.

- Calma Kevini não podemos brincar com a sorte. Eles são muitos e estão equipados, se quisermos continuar vivos aqui nesse mundo sugiro que o melhor a se fazer é ficar por aqui e explorar mais as matas. Vocês não tem ideia de como eles fazem com nossa espécie. Não importa para eles se você tem culpa ou não, se você é típico ou anônimo a ordem deles é a matança. Não temos a menor chance se avançarmos.- tentou explicar Josh.

- Pois eu prefiro morrer tentando sobreviver do que ficar aqui esperando a morte se aproximar. Não temos culpa Thompson ninguém aqui pediu para ser infectado. Se o nosso destino for a morte que seja uma morte mais corajosa e não uma morte por covardia. Está decidido eu vou quebrar as regras e convido quem quiser vir comigo agora. Não queria dividir o grupo pois agora somos muitos e acabamos de formar uma espécie de família em prol da sobrevivência. Mais nem tudo é perfeito. Boa sorte pra quem fica, eu vou no que acredito e se for preciso matar eles para eu sobreviver eu mato sem a menor culpa. É eles ou nós todos temos que entender isso.
 
Nesse instante uma parte do grupo se levantou e acompanhou Kevini e a outra parte frágil e com muita fome ficou do lado de Thompson. Os anônimos estavam se dividindo e nesse instante tudo era incerto:

- Você é livre Kevini, pode fazer o que quiser. Mais você não sabe no que​ vocês vão encontrar indo pra lá.-comentou Thompson com seus colegas de grupo.

- Daya eu e Robert como líderes da equipe assim como você estivemos conversando e já faz duas semanas que já estamos aqui e nada de avançarmos na investigação. Creio que está na hora de agirmos de modo diferente.- disse Josh.

- Alto lá agente Josh, você mesmo menospreza seu trabalho dizendo isso. Nessas​ duas semanas isolamos os vírus e descobrimos algo muito importante. Então não admito que você fale assim da nossa equipe.

- Você não entendeu Daya, o que eu quis dizer é que se avançamos neste quesito perdemos em outro. Não capturamos nenhum Letari desde que chegamos aqui, parece que eles estão mais inteligentes​ que nós. Eles​ perceberam nossa chegada e se afastaram. Estão na floresta com certeza, precisamos ir até eles se eles não vem até nós entendeu?
- Entendi agente mais a questão é que não estamos aqui para mata-los e sim para captura-los sem fazer mal. Eles não são como os Letaris de Nova York eles não atacam pessoas por um motivo cabe a nós descobrir o por que disso.
- Então diga isso ao Doutor Shieff por que ele nos deu a maior advertência quando viu que não capturamos nem dez deles nesses dias.- disse Robert intrometendo.
- Ele disse isso? Não combina muito com ele...-Falou a agente.
- Mais foi exatamente isso que ouvimos. O governo está pressionando precisamos capturar um montante para que nossa equipe possa continuar na região. Resumindo: se você quer continuar aqui com suas pesquisas agente você deve concordar conosco e dar o aval para atacarmos eles se não acabou tudo isso aqui.-concluiu Josh.

Daya ficou bem pensativa. Na verdade ficou com nojo por que ela finalmente entendeu do que aquilo se tratava. No meio de uma lástima como aquela, os homens ainda pensam mais no dinheiro no que nas pessoas. Nunca pensou que iria passar por aquela situação. A culpa não era de Josh ou Robert afinal só estavam seguindo ordens. E agora que​ ela finalmente tinha conseguido algo relevante teria que matar se quisesse continuar com um projeto que visava o bem de todos. Ficou revoltada e sem reação. Mais tomou uma decisão:
- Eu não queria que isso tivesse acontecendo. Na verdade se as pessoas fossem mais humanas isso não estaria acontecendo. Se a infância de Mathew tivesse sido comum igual a de todas ele não teria se tornado um jovem revoltado a procura de vingança. Mais isso não importa agora. O que posso dizer é que se isso continuar nossa espécie corre perigo. Então contra minha vontade eu estou com vocês. Vamos capturar eles, mais sem os fazer mal. Só vamos fazer-lhes mal se eles também nos fizermos mal. Eu acredito muito que os anônimos sejam a esperança para a cura dessa doença então vamos lá se o bem de todos é o que queremos.- finalizou ela desolada.
  E assim aconteceu. Na manhã seguinte uma parte da equipe partiria para a área de floresta com o objetivo de capturar um número grande de Letaris. Só não estavam esperando que os próprios Letaris apressariam esse encontro de maneira tão rápida.

Obrigado pela leitura, fique atento aos próximos capítulos de Letal, e não esqueçam de votar no capítulo mais uma vez, Renato Abramovick 😉😉
 

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⏰ Última atualização: Jun 04, 2021 ⏰

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