cinco

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Dakota
Estava correndo contra o tempo, o motivo? Bom mal começou às aulas e eu já estou atrasada com o conteúdo, isso é loucura.
- Eitaa. - Esbarro em alguém e olho a menina em minha frente, ela tinha lindos olhos azuis e um sorriso maravilhoso, sorrio sem graça ao ouvi-la.
- Ei foi mal.
- Que isso, to correndo também... Estou meio perdida.
- Que curso é o seu?
- Faço fisioterapia.
- Nossa legal, está perdida quer ajuda?
- Queria saber onde fica o refeitório.
- Estou indo pra lá quer ir comigo?
- Por mim ótimo, qual seu nome?
- Dakota e o seu?
- Alexandra.
- Prazer. - Falo e ela sorri, vamos até o refeitório eu vejo Sofia que fazia faculdade comigo e por enquanto era a única menina que eu tinha uma intimidade, ela da um tchauzinho e eu chamo Alexandra pra sentar com a gente já que ela era caloura e não conhecia ninguém.
- Fisioterapia é incrível seria meu plano B. - Sofia fala animada e ela sorri.
- Eu sempre quis, tive que estudar muito em casa pra passar.
- Legal, admiro muito quem estuda em casa. - Falo e ela sorri.
- Foi difícil, eu colocava plaquinhas na porta ameaçando qualquer um que pudesse me atrapalhar.
- Em casa mesmo eu nunca conseguiria, minha mãe entra no quarto toda hora falando. - Falo e elas começam a rir.
- Mal vejo a minha mãe. - Sofia diz.
- Meus pais são de boa, meu pai mesmo só trabalha... difícil era meu irmão quando estava em casa, entrava a cada cinco minutos pra perguntar onde tinha sei lá, açúcar. Mas isso foi antes dele começar a trabalhar agora ele só tem olhos para o trabalho. - Alexandra diz.
O nosso horário de almoço acabou, descobri que ela morava perto da minha casa então combinei de dar carona pra ela já que meu pai me buscava ela super amou a ideia.
O dia foi corrido, de vez em quando pegava meu celular pra ver alguma rede social nas logo guardava novamente, meu caderno já estava lotado de anotações, eu estava estudando muito e faria de tudo pra ser uma boa médica no futuros, fazer a minha diferença no futuro.
- Aí que bom pegar uma carona, muito obrigada. - Alexandra fala pro meu pai assim que entramos no carro e meu pai sorri pra ela.
- Que isso, pode vir conosco todo dia... você mora a 5 minutos de casa.
- Aí eu quero sim, os ônibus essa hora são muito cheios, além disso é muito perigoso. - Ela fala e meu pai concorda.
Começamos a conversar sobre a faculdade, sobre umas meninas que se achava muito e sobre o futuro, ela disse que quer ser fisioterapeuta pediátrica, achei incrível eu estava admirada que em poucas horas parecia que se conhecíamos a anos.
O celular dela toca, cerca de 6 mensagens seguidas nós olhamos na mesma hora pra ele que estava em cima do banco, e eu tomo um susto ao ver o papel de parede, era ela e o cara bonito que trabalhava com meu pai.
- Eu conheço ele, ele trabalha com meu pai. - Aponto para a tela e meu pai olha para o retrovisor, eles namoravam? Poxa ela namorava o cara que eu tinha um abismo? Não era nem queda mais.
- Voce conhece ele? Calma você é o Sr Johnson? - Ela pergunta e meu pai confirma.
- É o Jamie? - Meu pai pergunta e ela confirma.
- Ele é um menino maravilhoso, vocês namoram? - Meu pai pergunta e eu o agradeço por isso.
- Que? Eu e Jamie? Não! Ele é meu irmão. - Ela fala e eu não consigo conter o sorriso, eu ainda tenho chances.m
- Ele é muito legal. - Falo e ela sorri.
Em algum tempo chegamos na casa, mandei uma mensagem contando pra Sofia ela era uma das únicas que sabia da minha quedinha idiota pelo Jamie
(...)
Nunca pensei que ia me arrumar tão bonitinha pra ir pegar o cartão do meu pai emprestado no escritório, quando a porta do elevador abriu no andar eu não pude deixar de sentir aquele frio na barriga, meu Deus.
- Coisa cafona bom dia, cadê meu paizinho? - Pergunto pra Amelia que sorri sinica.
- Bom dia coisa montada de prada, seu paizinho está em reunião e sairá daqui meia hora.
- Obrigada.
Falo e me viro indo para a lanchonete, peço um pão de queijo com um suco de maracujá e me sento, estava distraída mexendo no celular quando vejo Jamie em minha frente pegando um salgado, assim que ele vira e me vê ele sorri.
- Ei Srta Johnson
- Dakota por favor. - Falo e ele ri.
- Como vai?
- Bem, quer me acompanhar? - Pergunto apontando pra mesa ele sorri e concorda sentando em minha frente.
- Sabia que eu estudo com a sua irmã? - Falo e ele arregala os olhos.
- É sério? Alexandra?
- Sim, estudamos na mesma faculdade e acabamos nos tombando por aí na correria da vida. - Falo e ele ri.
- Que legal, nossa...
- Meu pai está dando carona pra ela todo dia agora.
- Que bom eu ficava super preocupado dela voltar de tão longe sozinha.
- Fica tranquilo agora.
- Ficarei. - Ele fala dando uma mordida no seu Salgado.
- É... Aquele dia que eu te falei que fazia trabalho voluntário eu vi que você se interessou, queria saber se você não gostaria de ir comigo qualquer dia.
- O que? Mas é claro que sim.
- Sério? Eu vou amanhã ler história pra algumas crianças com câncer, você quer ir? - Pergunto e não sei da onde saiu a coragem, ele sorri.
- Claro, amanhã seu pai me deu folha. Que horas você vai?
- Eu vou umas 9 da manhã, eu te passo pra te pegar na sua casa o que você acha?
- Acho ótimo. - Ele fala e eu sorrio concordando, termino de tomar o suco e levanto.
- Tenho que correr, até amanhã. - Falo lhe dando um beijo no rosto e saindo.

(...)

Eu me toquei que não tinha pego o telefone de Jamie, então mandei uma mensagem pra Alex pedindo o telefone dele, ela me passou, eu até a chamei pra ir conosco mas ela disse que rincha compromisso.
Mandei uma mensagem pra ele perguntando se ele estava pronto e ele respondeu que sim, e então eu avisei minha mãe que iria sair e fui até sua casa, mandei uma mensagem que tinha chego enquanto retocava o batom e passava mais um pouco de perfume, parecia um encontro mas nós só íamos no hospital ler histórias para crianças com câncer.
- Ei, bom dia. - Ele fala abrindo a porta do carro e me dando um beijo no rosto.
- Bom dia Jamie, pronto?
- Prontíssimos.
Ele sorri e eu sorrio de volta começando a dirigir em direção ao hospital, conversávamos sobre varias coisas ele contou sobre o drama da sua família e como meu pai estava o ajudando, e eu falei bastante da faculdade e o quanto estava sendo cansativo, e algum tempo tempo depois chegamos.
Demos nosso nome da recepção e eles nos deram o crachá de intensificação.
- Tem um porém, vamos se vestir de palhacinho. - Falo e Jamie ri.
- É sério?
- Sim, eu vou fazer a maquiagem no seu rosto e você coloca esse jaleco branco.
Eu falo e ele concorda colocando o jaleco , faço uma maquiagem de palhaço nele e percebo o quanto ele tinha ficado lindo, meu Deus ele não tinha um defeito, era quase perfeito.
- Então, vamos? - Falo e ele concorda sorrindo.
Entro no primeiro quarto que era de Marie uma menina super fofa que tinha sido diagnosticada com leucemia quando tinha apenas 4 anos, estava dois anos lutando contra a doença e felizmente a luta tinha chegado ao fim, assim que ela terminasse essas ultimas quimioterapias ela estaria livre e não precisaria mais.
- Oi lindona. - Falo e ela abre o sorriso assim que me vê me abraçando, ela olha pra Jamie um pouco tímida mas sorri falando um oi baixinho.
A história de hoje que ela escolheu era a Rapunzel, Jamie se ofereceu pra ler e eu rapidamente dei o livro pra ele, Marie olhava encantada e eu olhava mais encantada ainda, como ele podia ser assim tão encantador?
Assim que ele terminou de ler a história nós duas batemos palmas e ele riu todo corado, peguei da minha bolsa alguns pirulitos pra ela que agradeceu sorrindo.
Fomos para outra sala, essa vez foi de Gabriel.
Ele ainda estava lutando pra vencer a doença mas eu tinha certeza que ele iria conseguir.
- Você sabe contar piada? - Ele pergunta pra Jamie.
- Não, na verdade eu nem tento.
- Você está vestido de palhaço e não sabe contar piada?
- Ah, eu vou tentar! O que é um ponto de jeans no meio do mato?
- Que? Eu conheço essa piada e ela não é assim... cara você é muito ruim. - Gabriel fala rindo ganhando boas gargalhadas de Jamie e eu.
Depois de Gabriel visitamos duas novas pacientes e fomos embora, dei um lencinho pra Jamie tirar a maquiagem mas ainda ficou um pouco de vermelho em seu nariz ele estava engraçado.
- É encantador esse trabalho que você faz, parabéns.
- Você gostou? Pode vir comigo outras vezes.
- Claro que eu venho, vai ser uma honra pra mim. - Ele fala e eu sorrio.
Assim que parei na porta da sua casa me deu uma tristeza, não queria que ele fosse embora foi tão bom esses momentos.
- Bom, então nos vemos por aí.
- Provavelmente só no escritório do meu pai agora.
- Bom, você tem meu número pode conversar comigo eu não mordo.
Ele fala e eu sorrio com toda sinceridade.
- Vou encher seu saco lá então.
- Você nunca irá encher meu saco, até mais. - Ele fala vindo até mim e me dando um beijo no rosto fazendo eu sorrir toda envergonhada, ele sorriu de volta e desceu do carro.
Droga eu estava caidinha por ele.

Nem demorei né?
Mereço bastante comentário né não?
7 comentários eu posto outro ❤️

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