** M A L E** ||Bucky Barnes|| Heaven

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E AEEEE? Então, primeiro Male!Reader que eu acho bom o suficiente para postar! Se vocês não quiserem ler, por favor, não me xinguem, apenas ignorem o capítulo. POR FAVOR!
Enfim, isso seria como um AU em que o Bucky quem perdia os pais e não o Steve. Durante a história vai explicar mais um pouco.
Espero que gostem!
xx Lucas
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Without losing a part of me how do I get to heaven?
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Era 1943. A guerra tinha acabado de começar para nós e eu passei a morar com Steve e os pais, os meus havia falecido no ano anterior.
Conheci S/N em uma noite que sai para beber com Steve. Tentava desesperadamente arranjar um encontro para meu amigo e a amiga dele era a opção perfeita. Mal sabia eu que ele era a minha opção perfeita.
A moça – acho que se chamava Angelica – acabou por não gostar de Rogers, mas S/N se tornou nosso amigo. Saíamos sempre que podíamos, especialmente eu e ele.
— Você está apaixonado. – Steve comentou certa vez quando estávamos os três em um bar e S/N tinha ido pegar mais bebida.
Encarei Steve com uma dúvida clara no olhar. Do que ele estava falando? Eu, Bucky Barnes, apaixonado?
— Você está vendo coisas, meu amigo. Nenhuma moça aqui é meu amor. – respondo e ele nega com um sorriso, vendo que S/N voltava.
— Eu não falei em moças. – sussurrou assim que S/N se sentou ao meu lado.
— Do que estão falando? – ele pergunta e eu o olho.
Ele era lindo. Intenso. Não se deixava calar. O único homem por quem havia tido tal pensamento. Sua voz me fazia perder o compasso do coração e eu só queria ver seu sorriso em seu rosto, sem nenhuma preocupação. Porém, recentemente, ele havia mudado seu jeito, estava menos alegre e um pouco mais fechado.
Naquela noite, percebi que o amava. Era bobo e clichê. Também considerado não natural! Eu estava perdido!
Como eu iria ser aquela pessoa? Aquele monstro que todos falavam, que iam para o inferno por serem o pecado em carne e osso. Não estava certo se queria ser isso.
Após uns dias – que passei pensando nisso a maior parte do tempo e acabei fazendo merda em meu trabalho – resolvi falar com Sarah.
Ela estava na cozinha. Era perto da hora do jantar e Steve estava para chegar. Como era meu dia de folga, ajudava nas tarefas.
— Uhm... tia? Posso falar com a senhora? – começo cortando uns legumes e ela me olha de lado.
— O que foi, querido? – seu tom é casual, mas me fez tremer de medo. O que ela iria pensar?
— Eu... acho que estou apaixonado... – digo em um tom baixo e ela para de fazer as coisas. Olho-a e ela sorria.
— Que bom, meu filho! Quem é? – engulo em seco e abaixo o olhar.
— S/N. – murmuro e sinto o clima pesar.
Sarah respira fundo e me segura pelos ombros.
— Filho, você sabe que isso é errado, não sabe? Totalmente errado! – subo meu olhar para sua face. Ela estava preocupada – Mas é o que você quer?
Sinto lágrimas em meus olhos. Era uma das poucas vezes que chorei.
— Eu estou apaixonado por ele, mãe. – vejo seus olhos marejarem e ela me abraça.
— Só tome cuidado, meu filho. O mundo é perigoso para vocês! – afundo o rosto em seu pescoço.
— Eu sei...
— Vá chamá-lo para jantar aqui. – se afasta um pouco e eu franzo o cenho – Tenho que conhecer a paixão de meu filho! – sorrio.
— Obrigado, mãe! – beijo seu rosto e saio correndo de casa.
S/N não morava longe. Era na mesma rua que nós, apenas uma quadra depois. Cheguei em sua casa e o achei fumando na varanda. Isso não era bom.
— Oi... – digo sorrindo e ele joga o cigarro fora rapidamente.
— Oi! O que faz aqui? – pergunta tentando disfarçar.
— Tia Sarah perguntou se você não quer ir jantar lá em casa. – me sento ao seu lado.
S/N sorri e vejo suas bochechas corarem. Eu e ele já agíamos mais do que como amigos por um tempo e só notara quando Steve falou. Apesar de tudo, nunca o beijei.
— Não sei se meu pai iria gostar... – diz olhando de relance para a casa.
Seu pai não era dos melhores, mas até que era um bom homem. Olho para a casa e vejo seu pai lendo jornal.
— Pede para ele. Te espero aqui. – seguro sua mão e ele encara nossos dedos entrelaçados com um sorriso.
— Tudo bem. – se levanta e entra em casa.
Espero ele voltar. Ouço uma pequena discussão, mas logo S/N esta de volta. Encaro-o preocupado, mas ele apenas me puxa pelo braço para o caminho de minha casa.
Seguimos em silêncio. S/N não gostava de falar da relação com seu pai, mas já havia acalentado muitos choros seus.
Chegamos em casa e Steve já estava lá. Estava tudo pronto. Tudo maravilhoso mesmo que simples.
Naquela mesma noite, beijei S/N no caminho de volta.
Começamos um namoro escondido. A margem da sociedade, como se esperava de pessoas que gostavam de outras do mesmo sexo. Sempre pelos locais mais escuros dos bares do Brooklyn ou às escuras no quarto dele quando eu invadia tarde da noite.
S/N era tão bom. Tão perfeito. Estava tudo certo entre nós, mesmo que aquilo fosse o principal pecado para a igreja.
Mas até nosso pequeno conto de fadas escondido teve que se partir. Não pelas brigas – que não era poucas, mas nunca fatais – e sim pela guerra.
Estava recrutado. 107. Sargento James Barnes. E S/N iria ficar, ele não era do tipo que ia para a guerra.
Em nossa última noite, tive um encontro duplo arranjado para Steve. Foi a razão de nossa pior briga.
Ele disse que não queria mais me ver e eu gritei de o amava. Porém, ambos perdemos a noção de onde estávamos.
Não pude sair pela janela, estava tão absorto em nossa briga que não notei os passos se aproximando. O pai de S/N abriu a porta e nos pegou.
Não estávamos fazendo nada de errado, estávamos vestidos e tudo mais. Entretanto, a mágoa em nossos rostos e as palavras que gritamos nos denunciaram.
O homem ficou louco. Expulsou-me de sua casa aos empurrões – não iria piorar tudo tentando lutar – e gritou comigo que eu era doente. Mas, assim que o vi se virar para S/N, soube que meu amado estava em condições muito piores.
Durante a guerra, escrevi cartas que nunca enviaria para S/N. Contei sobre tudo. Todas as noites que sonhei com ele, todas as noites que pensei que ia morrer. Sobre o cativeiro quando Steve me resgatou e sobre o Comando Selvagem. Detalhei nossa última missão em meu último dia naquela década. Disse que talvez não voltasse por ser arriscado demais para um simples homem. E foi...
~ * ~ * ~
Olhei para Wanda e ela tinha uma expressão triste no rosto. Ela tinha me pedido para contar quem era o rapaz da foto que estava guardado em meus pertences do exército.
— Não sabia que isso era tão... triste. Desculpe. – fala e eu nego, sorrindo de lado.
— Não é triste. Só gostaria que tivessem me permitido mais tempo com ele, mas liberdade. Amá-lo. – murmurei e funguei, não iria chorar. Não mais.
Wanda apertou minha mão.
— Você quer achá-lo? – pergunta e eu nego.
— Eu já o procurei. – respondo – Ele morreu na década de oitenta. Teve um filho e adotou outro. Um de seus filhos é líder de um grupo LGBT. – sorrio – Ele colocou meu nome nos dois filhos.
Wanda sorri também. Ela era quase uma filha para mim. Talvez sobrinha, já que Steve a via como uma filha.
— Ele te amava muito. – concordo com a cabeça.
— Eu preciso ir. Tenho que ir a um lugar. – digo após um tempo e me levanto da cama.
Wanda apenas concorda e me deixa ir. Ela provavelmente já sabia aonde eu iria.
Peguei um das motos de Steve e fui até o cemitério do Brooklyn. Era simples e algumas supliciardes já estavam desgastadas. A de S/N era uma delas.
Aproximei-me de sua lápide e me ajoelhei. Estava escrito: S/N S/S/N. Amado pai e marido. Tinha coragem para renegar o céu se fosse para perder uma parte de si mesmo. Sorri.
— Você não deixaria de alfinetar a sociedade. – comento tocando a grama.
Queria ter tocado ele uma última vez. Prometi que voltaria e acertaria as coisas, mas não pude. Não me deixaram.
— Eu senti sua falta. Você vinha em flashes antes. Quando começava a lembrar, eles me apagavam. Quando começava a desobedecer, eles me apagavam. – neguei a cabeça – Já falei disso demais para você. – suspiro – Falei com seu filho, o mais novo. Bucky. – rio – Ele me disse que você contava aos dois sobre mim, mas que só admitiu a ele sobre nós. James era apegado demais a mãe. – dou um meio sorriso – Ele falou que você tinha um pingente em que guardava uma foto minha. Disse que está com você até hoje. – olho para o céu tentando não chorar.
A Hidra não me tirou apenas minha mente, minha sanidade. Tirou minha vida também. Assim como o exército.
— Droga. – resmungo e passo a mão pelo rosto, me sentando sobre os calcanhares.
Todo ano, desde que havia fugido da Hidra, vinha aqui conversar com S/N neste mesmo dia. O dia em que nos vimos pela última vez.
— Queria você aqui. – deixo as lágrimas caírem.
Como eu chegaria ao céu tendo perdido uma parte de mim? Como eu chegaria ao céu sem S/N?

Imagines & Preferences (Marvel - DC - 1D - HARRY POTTER - SPN)Onde histórias criam vida. Descubra agora