**AU** ||Tony Stark|| True Love Way

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CHEGUEI! Olha aqui a continuação do AU com o Anthony Stark!
xx Lucas
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Era uma da madrugada e alguém — próximo da morte por me acordar — batia desesperadamente em minha porta. Levantei, mal humorado, e abro a porta carrancudo, mas não consegui esconder minha surpresa ao ver o rosto do outro lado.
— S/N? - sussurrei e ela pulou em meu pescoço.
— So-socorro! - soluçou.
Peguei-a no colo e a coloquei na cama, me ajoelhando a sua frente.
— O que houve, S/N?
Ela suspirou e pegou um papel no bolso do sobretudo. Sem uma palavra, ela me entregou o papel.
Comecei a ler, mas a frase em letras maiúsculas me chamou atenção. Engoli em seco.
— Você... você está... grávida? - gaguejei e ela apenas assentiu.
— Quatro meses... o bebê... - suspira - O bebê é seu. - dispara.
Depois desta frase, só poderia se ouvir o choro de S/N. Fiquei paralisado com a notícia. S/N... Estava grávida... e eu era o pai do bebê!
S/N me olha e posso ver claramente a preocupação e o medo em seus olhos. Ela estava desesperada por socorro e só eu poderia ajudá-la.
— Por que você veio me pedir socorro? - sussurro e ela permanece calada - Fala, S/N! Por quê? - aumentei o tom de voz.
— Eles... eles querem... eles querem me matar. - responde com um sussurro amedrontado.
— Eles quem? - me sentei ao seu lado.
— Os... os meus donos! - falou e se jogou na cama.
Deitei ao seu lado, a puxando para meu peito.
— Donos?
— Sim. Eles me criar desde criança como escrava e, se eu não fizer como eles querem, eles entregam todas as minhas informações para a polícia. Não é à toa que só cometo assassinatos em famílias ricas. - choraminga escondendo o rosto em meu peito.
— Eles são seus pais adotivos desde quando? Eles... eles já abusaram... de você?
— Eu tinha cinco anos quando fui para a casa deles. O senhor Callaway tentou, mas a senhora não deixou, disse que eu iria acabar me sentindo importante, desejada, com isso. - ela diz com o nojo transbordando na voz.
Apertei-a contra mim e comecei a fazer carinho em sua costa. S/N nunca me contara o "porquê" de ser uma assassina e, agora que me explicava minimamente, não conseguia culpá-la por muita coisa. Vinte anos sob o domínio de pessoas más não deixaria ninguém com um juízo perfeito.
— Você precisa partir. Deixar tudo isso para trás. - digo e ela suspira.
— Eles vão ir atrás de mim. Para todo o lugar que eu vou, eles sabem. Todos menos aqui... - respondeu e me olhou com os olhos brilhando de loucura.
Aquilo que me deixava louco, no passado, hoje, me assustou. Ela estava em seu limite e ninguém sobrevivia as explosões de S/N.
— E o que você vai fazer? - fiquei por cima dela, me apoiando sobre meus braços para ficar suspenso.
— Preciso ir. Matar mais pessoas e dar um sinal errado para eles. - diz passando os braços pelo meu pescoço e fechando os olhos - Mas preciso de você, Tony.
Seus olhos se abriram e haviam uma máscara de ferro sobre eles que não me deixava identificar um único sentimento.
— Eu também preciso de você, porém, não posso ir com você, S/N. - digo e me deito ao seu lado novamente.
— Não quero que você vá... só quero sua ajuda para fugir. - seu tom era frio.
Ficamos em silêncio. Não queria deixá-la ir. Droga! Ela tinha uma parte de mim crescendo dentro dela! Poderíamos ser uma família. Poderíamos tentar ultrapassar nossos demônios.
— Eu descobri o que é loucura, Anthony. - S/N falou de repente.
Apoiei-me nos cotovelos e a olhei confuso.
— Como assim?
— Loucura, Tony. Eu sei o que é. - disse me olhando.
— E o que é loucura?
— É isso. - colocou as mãos sobre a barriga - Loucura é matar tantas pessoas apenas por prazer alheio e, praticamente no final, ganhar algo como isso... eu sou louca, Tony. E tenho medo de machucar essa vida. - completou.
Aproximei-me devagar de seu rosto, querendo ter certeza que ela não ia me impedir. S/N continuou parada e não fez um movimento quando seus lábios de juntaram delicadamente aos meus.
— Quanto tempo temos? - pergunto sem quebrar o contato.
— Apenas até o sol nascer. - responde.
Acariciei seu rosto e aprofundei o beijo.
Seus lábios estavam salgados por causa das lágrimas de mais cedo e tremelicavam, como se ela estivesse, outra vez, à beira das lágrimas. Ela se grudou em mim e fez um pedido silencioso para não soltá-la.
Nos separamos devagar quando o ar se fez necessário.
— Canta para mim? Pela última vez. - sussurrou se aconchegando a mim.
— All this bad blood here, won't you let it dry? It's been cold for years, won't you let it lay? - cantarolei e ela me apertou.
— I don't wanna hear about the bad blood anymore. - completou.
— I don't wanna hear you talk about it anymore. - terminei.
Pouco depois, cai no sono.
Acordei com o barulho da porta batendo. O sol começava a nascer e eu sabia que ela estava indo para sempre. Não quis segui-la dessa vez, ela já tinha muitos problemas para se preocupar comigo seguindo-a.
Suspirei e fui até a janela. A neblina da manhã era densa, mas consegui facilmente enxergar o ponto vermelho, ao longe, que era o sobretudo de S/N.
Olhei o relógio e ainda faltavam dez para as seis, mais de uma hora para ir trabalhar.
Deitei-me novamente. Pouco mais de trinta segundos depois, o telefone toca.
— Tony, você precisa vir para cá agora! - Bruce falou assim que a atendi.
— O que?! Por que? O que houve? - disparei.
— Apenas vem, merda! - responde e desliga.
Bufei e fui me arrumar. Corri os quatro quarteirões que me separavam da delegacia. Banner me esperava na porta quando cheguei.
— Você a viu hoje? - questiona.
— Por que?
— Tem um casal lá com o Rogers entregando todas as provas e localizações de S/N! - assim que as palavras saem de sua boca, um arrepio gelado corre por minha espinha.
— Ela está em perigo! - murmurei fazendo menção de correr, mas Bruce me impediu.
— Steve quer falar com você, é melhor você ir logo, assim tem tempo de ir atrás dela. - falou e me empurrou para dentro do prédio.
Concordei relutante e me direcionei para a sala de Steve.
Assim que entrei, me deparei com um casal bem vestido e com arrogância exalando de si. A senhora carregava um arquivo e o senhor brincava com uma foto — percebi ser de S/N criança depois — como se fosse uma carta de baralho.
— Ah! Tony! Conheça o senhor e a senhora Callaway, os pais da assassina S/N. - Rogers falou e se virou para o casal, completando: - Ele foi o detetive que descobriu o que sua filha fazia.
— Espero, apenas, que ele não tenha se deslumbrado com ela também. - comentou a mulher comum sorriso ácido.
— Apenas em admiração ao modo de agir e de cometer crimes. - respondi retribuindo o sorriso do mesmo modo e me virei para Steve - Queria falar comigo?
— Ah, sim. Acabamos de ganhar um presente dos Callaway! Um arquivo completo sobre S/N e preciso que você e Banner comecem a trabalhar nisso. - diz e a senhora Callaway coloca o arquivo que segurava sobre a mesa.
Steve me entrega os papéis. Retirei-me e corri para a mesa de Bruce,folheando o arquivo. Haviam várias partes de mapas marcadas de cores diferentes, além de várias fotos de S/N com os caras que matou e várias outras dela em fase de crescimento.
— O que é isso? - Bruce perguntou assim que parei ao seu lado.
— O tal arquivo sobre S/N. - respondi sem emoção - Rogers quer que trabalhemos nele.
— Está pronto para isso?
— Preciso disso. É a única forma de protegê-la. - falo e ele suspira.
— Mãos a obra, 007, sua Electra King o espera! - ele tenta brincar.
Revirei os olhos e me sentei ao seu lado. Abri o arquivo e separei em duas partes, não queria mexer naquilo. Todas aquelas coisas horríveis que S/n fizera não havia sido por ser apenas uma sociopata, ela fizera porque era obrigada. Não teve escolha!
Pouco mais de três horas depois, encontrei uma foto de S/N com a filha de uma de suas vítimas. Apesar de seus olhos estarem foscos, um lindo sorriso cruzava seu rosto, assim como o da menina. Elas pareciam estar num parque de diversões e a menina agarrava S/N.
Suspirei. Ela seria uma mãe perfeita.
— Já sei onde ela está. - Bruce me despertou.
— Onde? - me virei, cansado, para ele.
— Na cidade do pecado! - falou me entregando um mapa com Vegas marcado em azul.
— Vai falar com Rogers, preciso pegar o próximo trem para Vegas. - digo e saio correndo.
Não sabia como iria encontrá-la naquela cidade enorme, mas não importava.
Voltei para casa e fiz uma mala pequena. Quando estava saindo, percebi um pedaço de papel na cômoda. Era um bilhete de S/N. Nele, ela explicava que não fosse atrás dela, apesar de estar me dando sua localização completa. No final, ela dizia que o bebê era uma menina e que ela iria fazer de tudo para mantê-la segura. Que iria entregar nossa filha para adoção.
Assim que terminei de ler, amassei o bilhete e joguei para longe. Atender aos desejos de S/N era sempre difícil, atender a esse desejo era praticamente impossível! Não poderia deixá-la agora, não quando sei onde ela está e com uma parte de mim dentro de si. Nossa filha em seu ventre!
Repentinamente, meu celular começa a tocar. Era Steve e Bruce, dizendo que os Callaway iriam conosco para Vegas.
Assim que desliguei, soquei a parede. Mas que droga! Por que toda vez que uma fuga de S/N começa a dar certo, algo a estraga? É quase uma sina!
Corri para a estação e comprei o ticket para o próximo trem, dali a duas horas. Meu celular tocou.
— O que está fazendo? Mandei você ficar longe! - a voz seca de S/N soou e eu fiquei tenso.
— Como você sabe que estou indo atrás de você?
— Mantenho você sobre vigilância. Por que está vindo atrás de mim?
— Seus donos, a polícia e, provavelmente, o FBI estão indo atrás de você, preciso que venha comigo para um lugar seguro. - respondi.
— Onde você vai me levar?
— A um lugar seguro. Me encontre daqui a quatro horas na plataforma 7 da estação. Por favor, confie em mim! - supliquei e a ouvi suspirar.
— Te dou cinco minutos a mais para me achar, depois, vou embora. - desligou.
Sorri de leve. Precisava que aquelas duas horas passassem logo. Faltando uma hora e meia, anunciaram que o trem que eu pegaria estava adiantado, partiria naquele exato momento. Cheguei a Vegas com mais de uma hora para encontrar S/N.
Parei em frente a uma coluna onde se lia: entrada para a plataforma número 5. Com sorte, ela iria para aquele ponto, S/N preferia se esconder a vista e em locais óbvios, dizia que era mais difícil cogitarem um local óbvio do que criarem teorias da conspiração para achar o local do seu esconderijo.
— Detetive? - a voz doce me chamou e eu me virei.
Ela, pela primeira vez, estava como qualquer garota de 25 anos que estava terminando a faculdade e ainda possuía sonhos dentro de si. Estava a verdadeira S/N. Minha S/N.
— Senhorita. - disse me aproximando dela.
— Onde vai me levar? - sussurrou envolvendo meu pescoço com os braços.
— Já disse, um lugar seguro. - lhe roubei um selinho e a apertei em um abraço.
Ficamos um segundo daquele jeito, até eu nos separar e a puxar para a saída. Sabia que logo, logo o rosto de S/N estaria estampado em todos os lugares, então precisávamos sair dali o mais rápido possível.
Pegamos um táxi até os limites da cidade. Pegamos um caminho por um túnel pequeno que se abria em uma casa grande no meio do nada, onde uma senhora brincava com uma Pastor Alemão.
— Onde estamos, Anthony? - pergunta se agarrando ao meu braço.
— Estamos na casa em que passei meus verões. - respondo e ela me olhou exasperada.
Sorri sem graça e a puxei para falar com minha mãe. Fazia algum tempo que não ia ali e tudo ainda era igual. Assim que Ash me farejou, veio correndo em nossa direção, fazendo minha mãe nos notar.
— Filho! - gritou e correu até nós também.
Abracei-a rápido e logo ela olhou, docemente, para S/N, fazendo-a ficar sem graça.
— Olá, querida. Qual seu nome?
— Meu nome é S/N. Prazer em conhecê-la, senhora Stark. - diz estendendo a mão, mas minha mãe logo a puxou para um abraço.
Gargalhei ao ver a cara de S/N e as duas me olharam feio.
— Mãe, S/N é o amor da minha vida, ela está grávida e precisa de um lugar para ficar até o bebê nascer. - falei e pude ver os olhos de minha mãe brilharem.
— Eu... eu vou ser avó? - gaguejou e eu assenti, abraçando S/N.
Os olhos de mamãe marejaram e ela abraçou nós dois. Senti o corpo de S/N ficar tenso. Sabia o que ela estava pensando e também temia o dia que mamãe descobrisse quem ela era realmente...

Imagines & Preferences (Marvel - DC - 1D - HARRY POTTER - SPN)Onde histórias criam vida. Descubra agora